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*Zayn Malik*

Internamente eu ria do que havia acontecido, o garoto estava se machucando por conta própria e me culpando por isso. Era ridículo.

—Você se machuca e ainda me culpa pelos teus erros?

Solto uma gargalhada humorada, era óbvio que ele mesmo havia derrubado o copo, na verdade no momento foi tão óbvio que ele mesmo largou o copo que caiu diretamente contra o chão.

Me levanto, pegando o pano de prato ao meu lado, assim indo limpar o chão por perto do garoto.

—Tome mais cuidado, e se der não grite, sua voz quando você grita faz meus ouvidos doerem.

Digo depois de limpar o chão, assim indo até a máquina de lavar e colocando o pano de prato lá dentro. Foda-se, depois eu lavava, estava com muita preguiça para clicar no botão de ligar a máquina. Além de que eu não havia comido toda a minha pizza.

'''Niall'''

Começo a ter uma ataques internos de raiva por ele tá rindo de mim naquele estado, que muito provavelmente, ou nem tanto, real. Cerro meu punho e meus dentes na forma de segurar meus rosnados de fúria.

(QUAL O PROBLEMA DELE??)

Mordo meu lábio inferior com força fazendo ficar vermelho, meus olhos inquietos entre ele e tudo em volta tentando achar um outro jeito de buscar sua vingança de volta. MAS NÃO VINHA NADA. Parece que meus planos tinham sumido e só vinha: fome, fome, fome, e eu NÃO POSSO COMER até estar em casa de novo.

— Grr..!! – enquanto ele foi lá pra... Sei lá onde com o pano, eu bagunço meus cabelos pelo raiva, no momento da raiva chuto de novo a geladeira e caminho furiosamente em direção ao quarto dele batendo com tudo no chão fazendo assim ter um barulho claro de ser ouvir.

(AAAAAAAAAAHHHHHHHH QUAL O PROBLEMA DELE? EU QUEBRO UM COPO DE VIDRO NO CHÃO DA COZINHA DELE. E ele ri. Acha legal tudo aquilo.)

— GRRR!

Chuto, de novo, a porta do seu quarto e a bato com tudo pra fechar quando já estou dentro dela. Eu o amaldiçoava por ter me adotado mentalmente, que mais um pouco de força, essa crença tornava-se real no mundo cristão.

Até que paro um pouco com as ambas mãos no cabelo; os colocando para trás e respirando fundo com os olhos fechados e a cabeça virada pra cima. Presto atenção no que ele disse: "E se der não grite, sua voz quando você grita faz meus ouvidos doerem." Abro meus olhos e um sorriso malicioso nos lábios. Olho em direção pra porta com os punhos cerrados retomando todo o ar que conseguia.

E com a voz pronta para sair, as pernas esperando para correr e a barrinha de cereal entre minha pele e a cueca. Berro tão alto que eu acho que os vizinhos ouviram. Estava pronto pra vê-lo entrando por aquela porta e acusa-lo de agressão doméstica. Por ter hematomas nos meus pés, por causa dos chutes mais cedo, isso seria o suficiente pra voltar pro orfanato.

*Zayn Malik*

O garoto estava gritando igual a um idiota. E isso me fez arregalar os olhos imediatamente. Por que ele estava fazendo tudo isso? Que porra?

Entro dentro do quarto bruscamente, vejo o menor de olhos fechados, com os punhos ao lado de seu próprio corpo, ele gritava tão alto que meus ouvidos pareciam sangrar, e Zayn não duvidava que a qualquer momento eles poderiam começar a realmente sangrar.

Ah, ótimo, birra adolescente. Eu odeio adolescentes e estou realmente me arrependendo de ter adotado uma aberração achando que seria bom ter companhia. Sinto saudade do tempo que eu ficava tranquilo ouvindo os gritos de uma deusa como Adele do que os de uma pirralho chato.

—Cale sua maldita boca, meu deus!– grito enquanto ele grita, assim coloco minhas mãos contra meus próprios ouvidos.

Jesus, depois que ele parar de gritar eu irei ficar surdo. Dói como o inferno.

Eu não iria toca-lo, não mesmo. Se não ele iria gritar ainda mais e eu provavelmente iria dar um soco em sua bela face. Por deus, que estressante.

Depois de gritar de volta, o menino para, e eu sinto meu rosto queimar de raiva, com um suspiro fundo eu me controlo.

Os dois se encaram, minha mandíbula tensionada enquanto eu o encaro, tentando o máximo possível não levar meu punho que ainda segurava o pano de prato contra sua face.

Nojenta.

—Pare com essa merda e vá comer.

'''Niall'''

Com bastante prazer o vejo vir pra dentro do quarto e, ainda gritando, vejo tapar os ouvidos. Sorriso e paro. Cruzo meus braços e faço cara de "vitória". Depois de uns segundos fico sério novamente e franzo o cenho enquanto o encaro. Ele está com raiva. Isso é ótimo.

(Filha da puta.)

Descruzo meus braços e cerro meu punho com força. Iria gritar com ele, mas decidir melhor que não, pois a garganta já estava doendo. Apenas nego com a cabeça enquanto solto um sorriso.

— Me o-bri-gue.

Falo com as pausas e com tom de voz de vitória. Se eu passasse mal nesse tempo de validade, muito provavelmente eles me tiraram desse muquifo.

E também, em segredo, eu roubei mais cedo uma barrinha de cereal que agora está no meio das minhas pernas. Sim, na minha cueca. Qualquer coisa eu a como por segurança.

— Seus vizinhos são fofoqueiros? – Sorrio. Com o meu grito, certeza que amanhã haverá alguém falando sobre isso.

My Babby/Daddy is The Devil!! Onde histórias criam vida. Descubra agora