Limites

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Pov Lauren

"O amor real, aquele sentimento que vem mesmo pra ficar não é aquele feito somente de loucura, paixão insana e aquele desejo que nunca se esgota. Acredito que o amor que fica, é aquele onde existe o cuidado, que se preocupa com o bem estar do outro, esse tipo de amor sim, permanece e trás paz ao nosso mundo."

Dias depois...

_ Posso entrar? - pergunto abrindo um pouco da porta do quarto da Sofia. Ela saiu hoje cedo toda feliz e voltou depois de uns quarenta e cinco minutos toda chorosa.

_ Pode! - ela diz entre soluços. Em seguida me sento em sua cama e ela deita a cabeça em minhas pernas.

_ O que foi que aconteceu, meu amor? Brigou com o seu namorado? - pergunto fazendo carinho e em seu cabelo.

_ Antes fosse isso.

_ Não quer falar sobre?

_ Eu tô gostando de outra pessoa. - ela confessa e solta um suspiro.

_ Mas isso é meio que normal minha filha...

_ Não mãe. Me escuta! - Sofia diz e se senta de frente para mim.

_ Tá bom! Continua.

_ Essa pessoa que eu tô gostando também disse que gosta de mim. Só que eu também gosto do Shawn. E eu estava confusa. Pedi um tempo para pensar em tudo. Hoje eu tomei a decisão é resolvi ir falar com ela. Só que quando eu estava chegando no local que a gente tinha combinado, ela estava beijando outra. - ela diz enquanto lágrimas caiam de seus olhos.

_ Ela te viu?

_ Não.

_ Sua decisão seria ficar com ela? - pergunto e ela balança a cabeça positivamente fechando os olhos.

_ Meu amor, não fica assim. Talvez não era pra ser. Não agora.

_ Só que isso machuca.

_ Se ela gosta de você, ela também se sente machucada ao te ver com o namorado.

_ Eu pedi um tempo, mãe. Ela não respeitou.

_ Pode ter sido um mal entendido.

_ Duvido.

_ Você ainda quer ela?

_ Não sei. Agora eu acho que estarei fazendo a maior besteira da minha vida trocar o Shawn por ela. Gosto do Shawn e ele também gosta de mim. - ela diz dando de ombros.

_ Quer um conselho?

_ Pode falar.

_ Tira um tempo só pra você. Aproveita o final das férias e vai para um lugar longe do Shawn, da Bea. Ou simplesmente não encontre com eles por enquanto. Resolva a confusão em seu coração primeiro. Para depois tomar qualquer atitude.

_ Tá tão na cara que é a Bea?

_ Você não imagina o quanto.

_ Obrigada! - ela diz e me abraça.

_ Não tem que agradecer, filha. Eu te amo!

_ Licença... - Camila diz abrindo a porta e entrando no quarto.

_ Pensei que você não estava mais aqui! - Sofia diz e Camila se faz de ofendida.

_ Tá me mandando embora? É assim que você trata as visitas?

_ Aonde você é visita, Camila? Você é praticamente moradora desta casa.

_ Eu só sou maltratada nessa residência! - ela diz cruzando os braços.

_ Menos, Camila! Bem menos! E eu dou nota sete pela atuação. Faltou chorar! - Sofia diz e Camila faz uma careta, nos fazendo rir.

_ Tá indo para o seu apartamento? - pergunto e ela se senta do meu lado.

_ Vim convidar vocês para irem na festa de aniversário da minha avó. É uma hora e meia de viagem, mas ia ser legal. Não sai nem dez horas ainda. Chegaríamos na hora do almoço.

_ Se tiver bolo e brigadeiro eu topo! É tudo o que eu estou precisando no momento.

_ Sua mãe vai estar lá, Camila. - a lembro desse detalhe importante.

_ O que é que tem? Eu vou lá para ver minha avó. Minha mãe a gente ignora. - ela diz como se não fosse nada demais.

_ Sua família quase toda vai estar lá.

_ Tá com medo, Jauregui? - Sofia pergunta.

_ Não é medo. É só que...

_ Eu não me importo com o que ninguém falar ou achar da gente, Lo. Tenho certeza que minha avó vai adorar te conhecer. E ela acabou de me ligar me xingando por não ter chegado lá ainda. Vem comigo, por favor! - Ela pede com um olhar que me desmonta inteira.

_ Tá legal. Vamos na festa da sua avó. - digo e ela me abraça e me dá um selinho.

_ O convite continua entendido a minha pessoa?

_ Claro, filhinha! Já vou até colocar sua cadeirinha e seu babador no carro para não sujar sua roupinha com doces. - Camila brinca com a Sofia.

_ Não esquece de levar a sua dentadura, mamãe. - Sofia a zoa também.

_ Lo...

_ Você que começou. Agora aguenta.

_ Olha o papo tá bom, mas eu preciso me arrumar. Poderiam me dar licença?!

_ Você tem cinco minutos, Okay? - Camila diz e Sofia revira os olhos.

_ Por mais que não tenha nada que nós duas já não tenhamos visto, vamos deixar você se arrumar. - digo.

_ Limites, mãe! Aprende por favor! - Sofia diz meio envergonhada e Camila e eu saímos do seu quarto rindo.

_ Você perde a filha mais não perde a piada. - Camila diz enquanto íamos para o meu quarto.

_ Sofia já tá acostumada. Mães uma hora ou outra fazem os filhos passarem vergonha.

_ Nem me fale.

...

Depois de Sofia se arrumar em tempo recorde, (acho que foi a vontade de comer doces), fomos para o carro da Camila e ela dirigiu até a casa da sua avó. Sofia dormiu quase o caminho inteiro.

_ Vamos? - Camila pergunta logo depois de estacionar o carro.

_ Eu estou com fome só para deixar claro. - Sofia diz abrindo a porta. Respiro fundo e faço o mesmo.

_ Qualquer coisa é só me falar que vamos embora. - Camila diz segurando a minha mão.

_ Vamos entrar! - digo, Camila sorri para mim e me dá um beijo.

_ Casal, eu quero comida! Deixa que eu até levo os presentes para não cansar vocês. - Sofia diz pegando as sacolas da mão da Camila e sai andando na frente.

_ Sofia, a casa dela é a outra.

_ Eu sabia. Só queria ver se vocês estavam prestando atenção. - Sofia diz me fazendo rir.

Então fomos andando até a casa da avó da Camila e Sofia apertou a Campainha. Não demorou muito para alguém aparecer para destranca - lo.

E por mais que eu soubesse que havia essa possibilidade, eu meio que fiquei sem reação ao ver a Lucy abrindo o portão.

Fogo e GasolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora