Quem?

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Pov Lauren

"Depois, com pequenos beijinhos e mordiscadas virando e desvirando seu corpo, virando e revirando seus olhos, convenço que os maiores amores se acertam nos erros, quando a loucura e a entrega vencem a resistência e o medo de alguma forma. Começo num beijo no canto da boca, aqueles que cabe a você decidir se acaba, ou prossegue, tá? Então, vamos? Pega na minha mão, entra no meu carro, sobe na minha garupa. Te mostro o quanto dá pra amar no caminho."

Três dias depois...

_ Quando é que você vai parar de correr da Bea? - pergunto para a Sofia enquanto preparo o nosso almoço. Ela estava me contando que a Bea a chamou para sair hoje com alguns amigos.

_ Eu não estou correndo dela. A gente até está conversando mais esses dias. - Sofia diz arrumando a mesa.

_ Você sabe que está. Eu não sei quem tá correndo mais. Se é você dela, ou se é a Camila das mães. - desde aquele dia, Camila ainda não conversou com a Lucy e nem com a Verônica. Ela ainda está muito mexida com a história toda.

_ Mãe eu só não quero ficar atrapalhando os rolos dela. - Sofia tenta se convencer, porque a mim ela não engana.

_ Se ela te liga, ela quer que você atrapalhe os rolos dela. - digo o óbvio.

_ Eu tenho namorado. - ela rebate.

_ Eu sei. Mas se estivesse realmente feliz com ele, você não pensava nela.

_ Eu não quero discutir isso, dona Lauren. Cadê a Camila, que por um milagre não dormiu aqui?

_ Ela vai vim mais tarde. Ela dormiu no apartamento dela hoje.

_ Vocês brigaram?

_ Não. Por que?

_ Acho que hoje foi a primeira vez no mês que vocês não dormiram juntas.

_ Larga de exagero. Nem sempre dormimos juntas. Você que não para em casa e não vê.

_ Que mentira!

_ Tá me chamando de mentirosa, Sofia Jauregui Bieber? - digo desligando as chamas do fogão. Nosso almoço está pronto.

_ Não me chama assim mãe. A senhora sabe que eu prefiro só o Jauregui. - ela diz colocando as mãos na cintura, e me fazendo rir.

_ Somos duas. Eu vivia dizendo que se um dia eu chegasse a casar com o seu pai, eu não mudaria meu nome de forma alguma.

_ Sabe, eu vivia querendo que vocês voltassem e que fossemos uma família feliz. Mas hoje eu percebo que é melhor assim. Eu não poderia fazer metade das coisas que faço se meu pai morasse aqui.

_ Você gosta de viver comigo só por que eu sou liberal? É isso mesmo? - faço um pouco de drama.

_ A senhora sabe que não. Eu gosto de morar aqui porque eu tenho a melhor mãe do mundo. - ela diz e fico emocionada. Fazia muito tempo que eu não ouvia isso dela, desde que brigamos, e isso é muito importante para mim.

_ Te amo, filha! - digo e a abraço.

_ Também te amo, mãe!

...

_ Pensei que não ia te ver hoje, carrapato da minha mãe! - Sofia implica a Camila assim que a vê na sala.

_ Também senti saudades, filhinha! - Camila rebate e Sofia mostra a língua para ela. E eu nem entro nessa implicância das duas.

_ Amor, cadê o tapetinho do pensamento. Sofia tá mostrando a língua.

_ Primeiro é a advertência, mamãe. Você nem sabe colocar de castigo.

_ Eu mudei as regras. – Camila diz e Sofia revira os olhos. Eu só dia das duas.

_ Mãe, a Bea disse que mudou os planos dessa noite e tá vindo para cá. -Sofia diz e sorri. Não sei de quem ela puxou essa lerdeza toda para admitir o que sente pela menina.

_ Vai pedir para eu deixar vocês namorarem? Eu deixo. – digo e a vejo corar.

_ Ela já vai é pedir em casamento, Lo! - Camila diz e Sofia reclama.

_ Parem vocês duas! Ela só vai vir aqui. Não tem nada demais nisso. Somos só amigas! Coloquem isso na cabeça de vocês.

_ São amigas porque você quer! - digo.

_ Porque nós queremos! - Sofia tenta se enganar.

_ Na verdade, querer, querer, vocês querem outra coisa. Só falta a coragem! - Camila diz.

_ Quem? – Sofia pergunta.

_ Vocês duas!

_ Quem te perguntou? - Sofia diz e eu não consigo não rir.

_ Nossa Sofia, magoou! E você ainda ri, amor! Tô de mal! – Camila faz drama.

_ Desculpa, Camz. Eu juro que tentei segurar. Não fica triste, amor! - digo e dou um selinho na Camila.

_ Você tinha que me defender! - ela diz fazendo bico.

_ Da próxima vez eu te defendo! - digo fazendo carinho nela.

_ Se continuarem assim, daqui a pouco o mundo inteiro tá com diabete de tanto doce. - Sofia diz mas nem ligamos para ela.

...

Alguns minutos depois Bea bateu na porta de casa. A menina estava super animada. E depois de nos cumprimentar, elas foram para o quarto da Sofia.

_ Falou com as suas mães? - pergunto fazendo carinho na Camila que estava com a cabeça deitada em minhas pernas.

_ Ainda não.

_ Amor...

_ Eu vou. Só tô me preparando. Não muda nada em relação a gente. É só que mexeu muito comigo.

_ Eu imagino. Só não quero te ver triste.

_ Eu não estou!

_ Camila! - chamo sua atenção e ela se senta de frente para mim.

_ É sério! Quando eu estou com você eu não fico triste! - ela diz e sorrio para ela. Mas antes de eu falar qualquer coisa, Sofia entra na sala com a Bea do seu lado.

_ Mãe, a senhora e a Camila aceitam gravar para o canal da Bea? - Sofia pergunta animada.

_ Sobre o que? - pergunto querendo entender melhor e Camila também parecia curiosa com o assunto.

_ Uma tag! Eu nunca! - Bea responde.

_ Aquela que a Sofia gravou?

_ Sim! Só que agora iria ser todo mundo! Eu, a senhora, a Bea e a Camila. - Sofia responde dessa vez.

_ Eu topo! - Camila diz e as meninas sorriem!

_ Eu tô achando que isso vai dá merda! Mas tudo bem! Eu gravo!

_ Ae Sogrinha! Vai ser divertido. Prometo! - Bea comemora dando um beijo na bochecha da minha filha.

Fogo e GasolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora