CAPÍTULO QUATRO.

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QUARTO MÊS.

Se tudo anda bem – bem até demais, pode crer que lá vem bomba!? Sempre vem. É inevitável.

A pedra no sapato de Ayla e Sehun, veio a ser uma colega de trabalho dele.

Mas não era uma qualquer.

Era um furacão loiro, de corpo e personalidade maduros, lá com seus muito bem vividos 33 anos, que veio de Sorbonne (França) para presidir a cátedra de língua francesa.

Sim, a nova tutora de francês da Ulsan University, veio a se tornar a pedra, na qual Sehun fatalmente viria a tropeçar.

Exibia seu muito bem cuidado channel desfiado, que lhe conferia um certo ar de mistério, enquanto que as curvas de seu corpo eram sinuosas, tal qual sua personalidade.

Seu nome era Ivetty Le Maison.

E ela não estava para brincadeira. Até aí, nada de novo. Era uma loira bonita e atraente – mas e daí? Vocês devem estar se perguntando. O negócio, é que quando o diabo atenta, ele não larga o osso fácil, não.

Por mais cegamente apaixonado que Sehun fosse por Ayla – ele sentiu uma atração fatal por Ivy. A srta. Le Maison se infiltrou em seus pensamentos e ele já se sentia um idiota traidor, pelo simples fato de não conseguir, agir naturalmente perto dela.

Era ainda pior ao voltar pra casa e encontrar uma Ayla cheia de amor e afeto.

Sehun estava tão empenhado em dar certo, fazer tudo o que Ayla queria – que ele despercebia algo de suma importância: você não tem controle sobre todos os aspectos da vida. Nem da sua – nem da vida das pessoas que estão ao seu redor.

Ou ele impunha imediatamente um limite.

Ou ia dar merda. Uma daquelas imensas.

Mas como ele confiava demais em si mesmo – e no quão forte era o seu sentimento por Ayla, ele decidiu deliberadamente ignorar os alertas emitidos por sua consciência.

Era sua colega de trabalho, ora essas! Não poderia evitá-la para sempre!

Mal sabia Sehun, que era justamente isso, que ele deveria ter feito.

Evitar a presença sedutora e ostensiva de Ivy Le Maison.

Enquanto isso, Ayla tentava conciliar sua nova rotina de compras pro bebê, idas periódicas e inadiáveis ao médico (Dr. esse, que era um amor de pessoa. Se chamava Kim Minseok e tinha verdadeira paixão por crianças por isso mesmo, tornou-se pediatra) e seu trabalho como nutricionista.

Fora que tinha que se alimentar muitíssimo bem!

Por ela e por sua filha!?

Sim, Ayla esperava uma menina.

Ela e Sehun tinham quebrado a cabeça, em busca de um nome adequado para a pequena que ainda estava por nascer. Foi divertido ver os pais debaterem e descartarem nomes. Porém, enfim ambos concordaram com um nome curto e simples: Oh San Hae.

A pequena Hae, ainda nem tinha nascido, mas já era tremendamente festejada.

Enquanto por um lado as coisas vão bem por outro, tudo desmorona.

Sehun se sentia atraído por Ivy – e não tinha mais como negar.

E para mandar tudo pelos ares de vez Ivy era daquele tipo de mulher predadora, que sente esse tipo de vibração à quilômetros de distância, como um tubarão sente o cheiro do sangue na água.

Sehun se odiava por prestar atenção nela, nos mínimos detalhes.

Sabia com certeza, que se deixasse essa 'fantasia' ou fosse o que fosse, ir adiante – estaria perdido. Além de perder a mulher de sua vida – perderia também sua filha!

Isso ele não poderia aguentar.

Mas a loira simplesmente se recusava a sair de seus pensamentos! Que foram se tornando cada vez mais 'impróprios' – principalmente, em se tratando de um homem praticamente casado.

Como água mole, em pedra dura – tanto bate até que fura.

Ivy decidiu testa-lo.

Usou uma desculpa esfarrapada qualquer, para mantê-lo na universidade até tarde. Sehun tentou se esquivar de todos os modos, mas ela lhe informou, que era imprescindível que fosse ele, que ficasse até mais tarde.

Ele era indispensável.

Sehun mais uma vez, depositou alguma fé, nos bons modos e boas intenções, das pessoas.

E lógico, que deu com os burros n'água.

A teoria que Ivy queria pôr em prática, nada mais era, que comprovar por A mais B, que conseguia seduzir Sehun ali mesmo e dane-se, que ambos eram comprometidos. Ela tinha que saber, se ele era tão 'bem-dotado' – quanto aparentava.

Além do mais, ela nunca tinha transado com um asiático, ou visto um tão violentamente sexy.

E não se deu ao trabalho de lhe explicar nada disso.

No momento em que se viu a sós com ele, Ivy partiu pra ação.

Beijando-o sedutora e demoradamente na boca.

Sehun se soltou do abraço que Ivy lhe deu, e separou-se dos lábios dela, totalmente alerta.

— Eu não posso fazer isso!

— Por que não, mon chèrie? Somos só eu e você aqui.

— Eu vou me casar!

— Vai, mas ainda não casou. Vamos lá.

— Pare com isso! Minha mulher está grávida!

— E eu estou aqui, tesa de desejo por você faz alguma coisa.

— Você é doida!? – E saiu estupefato com aquela cena.

"— O que há de errado com as mulheres?"

Se ele se sentia atraído por ela? Sim, isso era evidente, não? Era homem. Homens se sentem atraídos por mulheres sensuais. Todavia levar aquilo adiante estava fora de cogitação.

Como lidaria com a francesa lasciva a partir dali?

Um problema pequeno, acabara de ser promovido a um 'problema bola de neve'— quanto mais se tenta resolver – maior fica.

Sehun tinha certeza, que aquela não seria a última vez, que teria que lidar com a luxúria de Ivetty Le Maison.

"— Que droga! E ainda por cima me sinto atraído por ela. Acabo de me meter na maior enrascada."

Pode acreditar Sehun.

NOVE MESES 「OH SEHUN ROMANCE 」Onde histórias criam vida. Descubra agora