CAPÍTULO CINCO.

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QUINTO MÊS.

Sehun não poderia ter sido mais exato, ao constatar que a universidade se tornaria um campo de batalha entre ele e Ivy. A tensão entre eles eletrificava o ar! Porém, as táticas da francesa eram de uma sutileza surpreendente.

Ela nunca o abordava diretamente.

E jamais voltou a insinuar-se ou atacá-lo de forma explícita e direta, como naquele fatídico dia, em que ele a rejeitou com firmeza, ao refrescar a memória dela acerca de seu noivado.

Porém Sehun tinha absoluta certeza de que ela não tinha desistido.

Lembram-se que lá no início, eu disse (a autora louca se intrometendo!) que o Sehun era meio porta, em se tratando de dizer com todas as palavras que AMAVA A AYLA? Pois é, mas o pobrezinho não fazia por mal.

Na real, Sehun é um daqueles raríssimos homens bonitos, que não é afetado.

Sabe, pavão?

Ele beira o outro extremo. Sabe que é bonito, mas ignora completamente o que a presença dele faz com as mulheres do recinto em que ele está. Ele não se dava conta, que o público maciço de suas aulas de sociologia na faculdade, era de garotas. Os alunos eram gatos pingados, em meio a massa de hormônios, penteados, perfumes refinados, fileiras e mais fileiras, de garotas jovens e apaixonadas pelo professor moreno galã.

Se por um lado, as crianças do hospital infantil o enlouqueciam, com sua astúcia e veia arteira própria da infância — as mulheres jovens e ansiosas que assistiam a sua aula, o deixavam paralelamente tão, ou até mais perplexo.

Elas deixavam bilhetes anônimos em meio a sua planilha de aula com convites tais quais:

"— Professor Oh, estou a fim de tirar algumas dúvidas sobre a sua aula. Que tal ao fim das aulas no muro atrás da faculdade. Não vai demorar nada nada."

O convite pro sexo estava implícito, na maneira boba, e no local desleixadamente escolhido. Ele não sabia se sentia pena, ou se dava uma bronca em todas elas, assim, só pra garantir.

Levaram exatos 65 dias para Ivy conseguir o que queria de Sehun. De fato, ela não tinha desistido — não mesmo. A loucura é que ela não queria ter um caso longo e duradouro com ele. Queria apenas provar sua tese de que era uma mulher irresistível — e que sempre conseguia o que queria, não importa como.

E a solução que Ivy encontrou para o desafio Oh Sehun, foi disfarçadamente entortar sua integridade. Ela entendeu muito antes dele, que jamais conseguiria o que queria se não desse um jeito de fazê-lo acreditar que ele estava como que 'trabalhando para um bem maior'.

Ivy era uma trapaceira de pai e mãe. E o Sehun é lindo, gostoso e malhado né mulherada?

Não dá pra esperar, que ainda por cima, seja esperto — não dá.

Pois muito bem. Ivy estava disposta a acabar com a carreira de Sehun – e isso aconteceria de qualquer forma. Explico, ela ficou furiosa por ter sido rejeitada. E teve o cuidado de analisar a rotina dele milimetricamente. Quando saia, com quem, onde fazia a sua residência em psicopedagogia infantil — o que veio a ser um trunfo inesperado.

Crianças.

Um hospital voltado totalmente para elas. Isso seria útil num futuro próximo.

E por fim, viu a maneira abobalhada como ele ficava junto a Ayla — a futura Sra. Oh. Eles formavam um casal adorável. Mas isso era uma desvantagem, a garota Ayla estava com um ventre de cinco meses de gestação e aparentava uma felicidade irradiante.

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