XI

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OLÁAAAAAAAAAAA, EU só venho agradecer pelas 369 visualizações e dedicar esse cap a minha querida (ou não) Rainha louca que me motiva ( ameaça) nessa jornada. Espero que gostem ❤❤BOA LEITURA.

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Viajar pelo ar economizou dias que não tínhamos de caminhada, voávamos de noite e descansávamos de dia, não houve outros imprevistos mortais. Quer dizer, tirando minhas tentativas de assassinato direcionadas a ele nesse instante.

-VOCÊ ME ATIROU DE UM PENHASCO COM A HIPÓTESE DE EU SER COMO UM PÁSSARO? -Grito a plenos pulmões ao manejar a ponta afiada de minha cauda de maneira descontrolada, a luz da tarde reflete deixando-a mais ameaçadora - EU POR ACASO PAREÇO UM PARDAL PARA VOCÊ?

-Me desculpe - Responde tentando se manter fora de meu alcance. - Agora pare com essa coisa, você vai acabar me matando.

-É minha intenção - Rosno me lançando em sua direção.

Ele é rápido e muito esperto, mas meu ser tem 200 anos de experiência caçando, então quando ele mergulha para longe de mim, serpenteio minha cauda que se enrola em seu pescoço, ele cai sentado tentando em vão se soltar do aperto.

-Ca-Calisse - Ele da tapinhas trémulos, afrouxo o aperto, mas não o solto. - É a segunda vez que você quase me estrangula, tem como parar?

-Claro, é só não me dar motivos. - Rosno chegando mais perto - Eu devia fazer a mesma coisa com você sabia?!

-Eu não sei se você percebeu mas eu não tenho asas.

-Isso já é problema seu.

Ignorei com sucessão a enxurrada de ofensas dele, ele tenta varias vezes se levantar mas o aperto de ferro não permitia seus movimentos.

Ele desiste e passa a me encarar, seus olhos cor de oceano brilham com o pedido silencioso, eu quase podia ouvi-lo dizendo algo como "Callise solte-me agora ou eu vou te jogar de um penhasco outra vez!". Sem conter o riso divertido reviro os olhos, ele ergue a mão com a intenção de estapear minha cauda, porém sou mais rápida em solta-lo. A ponta afiada chicoteia no ar fugindo das mãos humanas de Lucian, e antes que eu pudesse recolhe-la por completo ele a agarra, me solto jogando a cauda para cima. Infelizmente rápida de mais. A ponta afiada feita para rasgar tudo que toca corta do inicio do queixo do moreno até um pouco acima da sobrancelha do rosto de Lucian que se afasta pondo as mãos sobre a face esquerda que agora sangrava. Me aproximo apressada.

-O Deuses, eu juro que isso foi sem querer.

Ele não me responde, seu rosto está contraído de dor mas ele nada fala, baixando a mão me permitindo uma melhor visão, xingo. Não acertou o olho, mas o corte não foi artificial e pelos bigode de Volg, quanto sangue. Rasgo um pedaço da blusa do moreno, desculpa tá, o tecido é melhor que o meu, não me julguem. Limpo com cuidado ao mesmo tempo que desenho uma pequena runa sobre seu rosto, ela brilha em vermelho sumindo dentro do corte, o sangramento para pouco tempo depois, limpo o resto do sangue com o pano molhado com água conjurada. Quando termino arfo.

-Tem algo para me dizer? - Por mais dura que sua voz soe, não encontro um pingo de rancor.

-Me desculpe, de verdade não quis, eu... - Paro. Não há muito o que dizer.

-Está muito feio? - Ele pergunta ao perceber o tremor em minha voz que falhei em esconder.

-Não sei, não vou conseguir sumir com a cicatriz. - observo seu rosto, o avermelhado do corte recente enfeita seu lado esquerdo. -Me perdoe.

-Já entendi. - Ele acaricia com cuidado sua nova marca e me olha nos olhos. -Fique avisada que eu a perdoo, mas terá volta certo?

-Justo. -Aceito baixando a cabeça.

Vermelho - Saga De KaronOnde histórias criam vida. Descubra agora