IV

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Os quatro que não haviam adormecido entraram em caos. Eles precisavam dos amigos, queriam procura-los mas a noite caia rapidamente, logo aquela floresta seria um breu total.

– Eu preciso encontrar minha irmã! – Anna berrou e tentou correr, mas Will a segurou.

– Anna, não podemos sair daqui, vamos nos perder. Nós podemos acampar aqui e amanhã procuramos eles. Eu sei que tudo isso é assustador mas nós vamos encontrar eles. – Ella consolou a amiga que agora soluçava de tanto chorar, ela falava com calma e segurança mas por dentro estava pirando.

Seus amigos sempre foram alguém em que ela se apoiara para se manter forte, e perder quatro havia a desequilibrado totalmente.

Ella e Will arrumaram as coisas para dormirem, as outras duas garotas não estavam em condições para isso. Mel estava longe de seu namorado, ficava imaginando coisas terríveis acontecendo com ele e os outros três: o monstro os capturando, enfiando os enormes chifres no estômago de cada um, torturando os jovens, e quanto mais pensava, mais lágrimas rolavam pelo rosto.

– Garotas, não fiquem pensando o pior, eles são inteligentes e vão conseguir se virar. Amanhã nós vamos encontrar eles. – Will foi falar com as garotas, entregou a janta para as duas e sentou-se com elas, Ella veio logo em seguida.

Eles não trocaram nenhuma palavra enquanto comiam, o clima estava pesado e nenhum dos quatro ousaria tocar no nome dos amigos desaparecidos. O medo não havia deixado eles perceberem o quão grande era sua fome, comeram aquilo tão rápido que era como se nunca tivessem comido algo na vida.

Quando o sono começou a bater, resolveram ir dormir, precisavam descansar e acordar bem cedo para procurar os amigos.

– Precisamos de alguém para ficar de guarda, depois nós vamos trocando. – Will falou, ele ia se oferecer mas Mel foi mais rápida:

– Eu fico, não acho que vou conseguir pregar os olhos essa noite. Eu posso fazer isso. – A garota disse, queria ser útil para os amigos e ninguém discordou dela. Logo todos dormiam e Mel ficava atenta a qualquer barulho ou movimento anormal.

Enquanto isso...

May tinha acordado. Ela olhou em volta, estava escuro. Eles estavam dentro de uma casa em ruínas, ao seu lado estavam seus outros três amigos repousando em seus sacos de dormir.

A mente da garota estava a mil, quem era aquela voz? O que acontece com a loba? Onde eles estavam? E Anna? A garota lembrou de sua irmã e mais perguntas surgiram, queria saber se elas e os amigos estavam bem, se estavam seguros. Mas ela não sabia, ela não tinha resposta para isso.

Ela acordou cada um, e quando todos já estavam acordados, tentaram criar um plano para fugir.

– Nós podíamos, sei lá, correr. Isso aqui tá abandonado e duvido que alguém... Caralho, que porra é essa na porta? – Trent gritou e apontou para a porta, lá estava a loba que tinha matado o monstro.

– Eu sou Lupa, deusa de todos os lobos, conselheira do Acampamento Júpiter, mãe de Rômulo e Remo. – A loba falou, quando pronunciou o nome de seus filhos adotivos, foi possível sentir o orgulho em sua voz.

Lupa era gigante para um lobo, tinha mais de dois metros de altura, seu pelo era um vermelho chocolate e seus olhos olhos eram pratas, como a névoa.

– Galera, ou eu estou ficando louca, ou acabei de ver uma loba falar. – Falou Camille.

– Mas você nunca bateu bem da cabeça, garota. – Trent debochou da garota, mas aquela não era a hora para dar bola para essas coisas, uma loba enorme estava na frente deles, e com somente um movimento ela poderia estraçalhar eles. Os jovens deviam se comportar.

The Forbidden Breeds - PJO&HOOOnde histórias criam vida. Descubra agora