VI

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– Pera! – Will disse, parando no meio do caminho. – O que você quer dizer com "Vocês são meio-sangues"?

O sátiro suspirou. Estava claro que ele já tivera aquela conversa antes, mas não deixava de ser irritante para ele.

– Quero dizer que vocês são especiais e que estão em perigo. E o fato de vocês serem semideuses com um odor tão forte, só piora as coisas. Então poderíamos, por favor, voltar a andar? – Ele indagou, levantando uma sobrancelha.

– Tá... - O garoto murmurou. – Mas com semideuses você quer dizer, tipo, literalmente? Igual a Héracles ou Perseus?

O sátiro sorriu, empurrando Willian para o garoto voltar a andar.

– Tipo eles mesmos.

Will sorriu animado, parando novamente, fazendo o sátiro bufar.

– Isso é tão maneiro! Então isso significa que os deuses são reais? Tipo Zeus, Vênus, Athena, Marte...

– É, os deuses são reais. Agora volte a andar...

– Mas se nós somos semideuses, quem é o nosso pai? E a nossa mãe? Será que é Zeus? Ou Hades? Athena talvez?

– Will, acho que nós já entendemos que você está tão animado, mas vamos andar e parar e fazer tantas perguntas, sim? Daqui a pouco você vai dar enxaqueca no Dennis. – Mel resmungou, pegando o garoto pelo braço e o arrastando.

– E sátiros não tem enxaquecas! – O citado ressaltou, suspirando aliviado ao ter a garota o ajudando com o outro.

Alívio qual não durou muito.

O garoto podia ter parado de fazer tantas perguntas seguidas, mas Anna e Ella continuavam curiosas, e nada podia segura-las quando queriam saber de alguma coisa.

Então fora durante o trajeto todo até o acampamento que o sátiro explicará toda a situação, informando-os da melhor maneira sobre o mundo mitológico. E isso fora o que ele mais estranhará.

Dennis seguia com quatro meio-sangues de cheiros fortíssimos pelas ruas, mas nenhum monstro aparecia. E isso era muito estranho. Mas o ser mitológico nem se preocupara muito, afinal, isso era melhor para ele.

Mas é como dizem, não é? Nunca fale coisas cedo de mais, já que tudo pode acontecer.

Aos poucos o dia era trocado pela noite, e os movimentos da cidade iam diminuído aos poucos, apesar de não totalmente. Eles seguiam em uma rua quase que vazia, pubs e bares precários espalhados por ela. Ao longe, uma boate sem nome era a única coisa que parecia um pouco decente naquele lugar de aparência destruída.

A brisa fresca dava arrepios nos quatro semideuses, como se os alerta-se de um possível problema. Problema na qual se estendia em frente a eles.

Um homem alto e esguio se encontrava parado, de braços cruzados e os olhos bicolores brilhando estranhamente na escuridão, os encarava fixamente, extremamente interessado. Suas roupas pareciam extremamente chiques para um lugar como aquele. Elas eram o tipo de uniforme que os professores de escolas militares usam, com algumas medalhas penduradas ali.

O cara parecia ter surgido do nada, mas como eles tinham parado em frente a um beco, eles só puderam pressupor que ele estavivera ali o tempo todo, o que era estranho, porque aquele beco parecia ser extremamente nojento, e o cheiro que saia dali dava enjoo aos outros cinco.

– Ora, ora, ora... vejamos o que temos aqui... – Ele ronronou. Um forte sotaque francês podia ser identificado em sua voz. – Oui, quatro semideuses e um sátiro.

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⏰ Última atualização: Sep 09, 2019 ⏰

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