First Contact

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Já fazem 15 anos, 15 anos que estou nesse inferno que chamam de orfanato. Por que estou aqui? Simples, meus pais foram assassinados quando eu era um bebê, meus parentes me acusam da morte deles, então eu fico aqui. Nunca sai desse lugar, não posso sair, somente quando me tornar maior de idade, ou quando for adotado, o que eu acho bem difícil, não me adotaram nem quando eu era um bebê imagina agora. Estou em uma daquelas " amostras " para as pessoas verem quem querem adotar, estou em um canto escuro da sala, jeans pretos skinny, camisa preta, botas de combate e uma camisa preta, quem vai querer adotar o problemático? Ninguém, obviamente, na verdade quando alguém fala de querer me adotar para um dos responsáveis do orfanato, ele responde :

- Não acho que será uma boa escolha, ele é um tanto perturbado, perdeu os pais quando era um bebê e a família o nega, tem diversos problemas psicológicos, já tentou se matar mais de uma vez e se corta todos os dias , ninguém nunca ficou com ele por mais de uma semana, principalmente pelo fato de quase nunca falar. Talvez algum dia, Deus tenha piedade dele.

Era sempre o mesmo papo. Notei que um homem conversava com um dos responsáveis, olhando para mim, o responsável parecia gritar com os olhos " Perigo!! Perigo!! Perigo !!" o que achei engraçado de certa forma, mas o homem não desistiu, tinha cabelos curtos e pretos, os olhos verdes claros e pele também clara, ele se aproximou e se agachou já que eu estava sentado no chão.

- Olá, meu nome é Paul, e o seu?

Me limitei a um olhar, se foi até mim, já sabia meu nome.

- Tá, me pegou, eu sei seu nome- cara esperto - Art, posso chamá-lo assim?

Dei de ombros, me levantando, e olhando para baixo , ele colocou o cabelo que caia nos meus olhos atrás da minha orelha, quando tocou minha pele, eu recuei, olhando no fundo dos olhos de Paul, eram acolhedores, confortantes, mas não demonstrei isso.

- Me desculpe, você não gosta de ser tocado não é?

Somente mexi a cabeça negando, voltando a olhar para o chão.

- Nem de falar, ou rir?

Repeti o mesmo gesto.

- Posso ao menos ouvir sua voz?

Pensei um pouco sobre isso, não falava a muito tempo, mas ele é o primeiro a falar comigo em anos.

- Sim.

Ele ficou um pouco surpreso e sorriu, colocando a mão em meu ombro, e pela primeira vez, eu não recuei, e pela primeira vez, eu sorri.

~

Primeiro capítulo!! Pra quem não leu Luta de Honra, Arthur é um garoto loiro, olhos azuis, cabelos lisos e pele clara. Esse livro é mais ou menos uma versão atual de Luta de Honra, já escrevi sete capítulos, só vou postar o próximo quando tiver 2 votos e 25 visualizações . Okay? Okay.

Bye!

Garoto Problemático (Boyxboy)Onde histórias criam vida. Descubra agora