Era manhã da véspera de Natal, o primeiro Natal que passaria com toda a família. Acordei vendo a neve cair pela janela. Me levantei, e me vesti. Coloquei um daqueles suéteres ridículos de Natal. Vermelho e verde obviamente, um pouco grande demais pra mim, mas quem se importa.
Desci com o cheiro de panquecas, e doces. A casa toda enfeitada, viscos em todo lugar. Logo que desci, vi Lucy e Harry se beijando debaixo de um dos viscos enquanto meus pais se beijavam debaixo de outro.
— Já vi que vou ficar de vela nesse Natal.
— Nem pensar.
Leo colocou os braços em minha cintura , e me beijou na bochecha. Ele me puxou pra debaixo de um visco , e se aproximou pra me beijar, mas coloquei um dedo em seus lábios.
— Mais tarde, é só a manhã da véspera de Natal, Leo.
— Só um selinho? — disse ele, fazendo bico.
— Okay, crianção.
Dei um selinho nele.
— Feliz?
— Mais ou menos.
— Eu sinto dó de você, Leo. — disse Harry.
Rimos , e nos sentamos para comer.
— Leo?
— Que foi, Anjo?
— Por que não está com sua família?
— Eles deixaram eu passar pelo menos um pouco da manhã de Natal com você.
— Sério?
— Sim, o que acha de irmos patinar no gelo depois do café? Se seus pais deixarem, é claro.
— Vão logo.
Nos levantamos depois de comer, peguei meu casaco, em parte por que estava frio demais, em parte porque aquele suéter é realmente ridículo . Fomos no carro de Leo até fora da cidade, e chegamos a uma antiga casa no campo, um lago congelado na frente. Leo me deu patins.
— Melhor você saber, eu nunca patinei no gelo.
Ele me olhou, chocado.
— Que raios de infância você teve?! Deixe-me te ajudar com isso.
Disse ele, ajeitando meus patins. Ele me ajudou a me levantar, e fomos até perto do lago. Ele foi antes, e me mostrou como patinar e talz, depois me puxou para dentro do lago, eu me segurando em seus braços.
Ele me puxou para o centro do lago, as mãos na minha cintura. Depois de vários tombos, consegui patinar sem ter que me segurar no Leo.
De repente, Leo me puxou pra si, e uma música lenta começou a tocar, e ele começou a se movimentar de um lado pro outro, sem deixar de olhar em meus olhos. Logo ele me rodava no gelo, e dançávamos sem parar, rindo. Quando a música acabou, ele me puxou pra si novamente, e me beijou, ninguém lutava por dominância, somente estávamos felizes de se render um ao outro. Eu rapidamente, coloquei meus braços em seu pescoço, enquanto ele tinha um braço em minha cintura, e uma mão em minha bochecha. Tivemos que nos separar por causa daquela droga de oxigênio (desculpa, eu tinha que fazer isso) .
— Só uma pergunta, de onde surgiu aquela música?
— É a casa dos meus avós, bom, digamos que mais pessoas shippam Artheo do que imaginávamos.
Rimos, e ele abaixou a cabeça, de forma que nossos narizes se tocavam .
— Eu te amo.
— Também te amo.