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S I N A D E I N E R T

Demoronar.
Essa é a palavra.
Quando você sente que seu mundo inteiro caiu.
Você perdeu o chão.

E agora, aqui estou eu correndo como nunca corri antes, até o hospital, esperando que, de alguma forma, eu consiga trazer a vida de volta à alguem.

×

Ocorreu tudo muito rápido.

Uma hora, eu e Noah trocávamos carícias até o andar de cima da festa e em questão de minutos, meu celular toca e o nome da minha mãe aparece na tela.

---- Mãe? ---- Noah continuava beijando meu pescoço devagar, até se afastar ao ver que levo minha mão à boca, completamente atordoada. ---- Não....

A primeira lágrima desce, o rosto do garoto à minha frente franze em preocupação. Desligo rapidamente, tão rápido que quase deixo cair meu celular.

Minhas mãos tremem.

---- Sina? Meu bem, o que houve? ---- ouço a voz aflita de Noah ao ver que não controlo minhas lagrimas.

---- Eu preciso sair daqui, preciso ir ao hospital ---- tento recuparar minha voz, perdida pela ansiedade e o medo. A adrenalina percorre todo o meu corpo e tudo que penso é que eu tenho que chegar o quanto antes ao hospital.

---- Você não pode ir assim, está nervosa, eu vou com você. Vamos! ---- sinto o garoto me puxar pela mão e atravessamos toda a onda de adolescentes bêbados e festeiros. Consigo ver Heyoon e Sabina me acompanhando com os olhos e suas expressões mudarem de alegres para preocupadas em segundos.

Fecho os olhos desejando que tudo seja um sonho bobo e que passe rápido.

Sou liberta de meus pensamentos ao sentir uma mão quente sobre o meu rosto delicadamente me chamando.

---- Sina? Qual é o hospital? Sabe? ---- falo o nome do hospital, tão atordoada que nem sei se é aquele mesmo. Eu preciso ver ele. Preciso.

Encosto a cabeça na janela do carro tentando afastar qualquer náusea existente. Olho devagar para o Noah e posso jurar que nunca o vi tão aflito antes. Ele corre com o carro e atravessou dois sinais vermelhos.

Ele está fazendo tudo isso por mim?

Não consigo pensar muito, fecho os olhos mãos uma vez, pedindo para todos os deuses que realmente me ajudassem dessa vez. Não posso o perder, simplesmente não posso.

×

Vejo minha mãe e corro para ela com lágrimas nos olhos. Ela toca em meu rosto e me analisa, dando um sorriso singelo.

Ela não fala alto, mas sei que disse "vai ficar tudo bem". Sorrio antes de voltar a chorar.

Olho ao redor, vejo meus parentes chegando rápido e no meio deles, Noah com a mesma expressão de antes, preocupação.

Levanto devagar e vou até ele que me analisa detalhadamente, me examinando, verificando se eu estou bem, conclui que não, já que abre seus braços assim que chego.

Conforto.
É o que eu sinto quando o abraço.

Ele afaga meu cabelo devagar, pedindo para que tudo fique bem logo. Depois de tanto tempo, o cheiro dele não mudou nada.

Sem que eu perceba, já estamos sentados ao lado da minha mãe. E adormeço no abraço de Noah Urrea.

Coisas que olhando para trás, nunca pensaria que aconteceria.

Eu me apaixonando pelo meu maior rival.

E sentada em uma cadeira de hospital, dormindo, para esquecer que meu pai está em uma cirugia de vida ou morte neste exato momento.

Que irônico.

×

capítulo pequeno, eu sei.
semana de provas...

gostaram do capítulo com ponto de vista?

atenção! toda ação tem sua reação, a sina não merecia isso, suas ações na festa nao foram escrotas, ela só queria mostrar que com ou sem o noah, ela estaria bem.

mas todo mundo sabe que nao é bem assim.

até o próximo capitulo

vcs que tem twitter, postei vídeo novo dançando no @jetaimeurrea

tchau anabe :))

sucker {noart} Onde histórias criam vida. Descubra agora