Poesias Não Poéticas

você

Subo a escada de dois em dois degraus
Minhas pernas queimam devido ao esforço
Tento tirar minha mente disso para esquecer a dor
Vago pela imensidão do vazio que preenche meu cérebro
A procura de algo bom e a única coisa que consigo ver é
Você.

Olho vagamente para trás
Não percorri um terço ainda então
Com uma dor aguda no peito
Me permito mergulhar nesse
Sentimento confuso que é
Você.

Nós dois juntos andando de mãos dadas
Pelos trilhos de trem abandonados
Seu sorriso me hipnotiza
Lembra do campo de rosas
Que visitamos no meu aniversário?
Eu lembro.
Eu lembro de
Você.

Os pássaros cantando uma melodia doce, As rosas com seu perfume doce,
O céu azul e o sol brilhante
Não chegavam aos pés da sua beleza
Porque não são
Você.

A imagem de uma briga no dia dos Namorados invade minha mente
A discussão durou horas
Eu e
Você.

Minhas pernas falham e eu caio nos degraus frios
Uma força me puxa para baixo
Um bip contínuo invade meus ouvidos
Mas sua voz falou mais alto.

- Não, por favor! Não vá. Volta para mim.

Eu quero
Mas essa escada
Parece não ter fim.

- Por favor. Eu te amo tanto.

Levanto com dificuldade e
Continuo a subir
Por
você.

Agora estou correndo
Não respiro
Um choque no peito me dá forças
Corro até
Você.

A minha volta o mundo
Se torna um borrão.

De repente nada.
Escuro.
Então abro os olhos suspirando com
Força.
E aí vejo
Você.