Bruna Caron
5 anos atrás...Eu odeio com todas minhas forças acordar cedo, mas nem como tudo é como queremos acordei as 6:30AM, o barulho do despertador parecia um martelo dentro da minha cabeça, desliguei me espreguiçando na cama com um suspiro pesado, acabo sorrindo ao lembrar que hoje era meu aniversário de 17 anos, e claro, por ser sexta-feira.
Me levanto depois de me mexer na cama para recuperar meus sentidos, caminho até o banheiro do meu quarto, ligo o chuveiro para o morno já que São Paulo hoje estava frio, antes de entrar vou até meu closet e pego meu uniforme escolar, volto para o banheiro assim que termino de pegar tudo, retiro meu pijama para entrar no box, tomo um banho de 20 minutos, — meio ambiente deve tá me odiando agora — assim que acabo me enrolo na toalha e saio. Faço minhas higienes, escovo meus cabelos, passo máscara de cílios e um gloss qualquer para hidratar os lábios, calço meus tênis e vou até minha mochila pegando meu celular. Caminho até em frente o espelho do meu quarto, me encaro, vendo a calça jeans um pouco solta do meu corpo com alguns rasgos ao decorrer dela, minha camisa escolar que era cinza e vermelha quase vinho. Meus cabelos estavam completamente soltos, a cara de morta era explícita mesmo que estivesse animada.
— Gostosa para caralho. — abaixo o canto dos lábios sorrindo.
Pego minha mochila e saio do quarto, depois de da uma boa volta na casa chego a sala de jantar tendo a visão dos meus pais, do meu irmão amavelmente insuportável.
— Bom dia — dou um beijo no rosto do meu pai.
— Bom dia minha querida — ele responde sorrindo para mim. Senhor Carlos Caron, meu pai, vulgo amor da minha vida. Ta para nascer pessoa que eu mais me dou bem, ainda bem tenho uma boa relação com ele, porque se depender da senhora Caron...
— Bom dia mãe — ando até ela para dá o cumprimento mas antes a mulher se levanta.
— Bom dia — responde friamente. Entenderam? — Tchau querido eu estou indo. — ela da um selinho em meu pai. — Tchau meu amor — ela beija a testa do Pietro, meu irmão e sai sem nem me olhar.
— Por que a mãe é sempre assim comigo? — sento na minha cadeira soltando o ar pesadamente.
Para uma adolescente sempre ocorre várias perguntas, sobre si, sua vida e tudo em sua volta. Mas imagina o quão confuso é para ela não entender porquê sua propria mãe agia de uma forma tão indiferente, ela sempre foi fria e tinha uma ligação mais forte com o Pietro, me sentia muito mal por isso. Em compensação, tinha meu pai mesmo que ainda sim não apagasse o lado vazio que se formava em meu peito.
— Deve ser só um mal dia pirralha — meu irmão mexe no meu cabelo. Eu vou dá um soco na cara desse homem.
— Da pra parar de bagunçar meu cabelo — reviro os olhos — se for mal dia ela só tem comigo, porque com você e o papai é normal.
— É coisa da sua cabeça — não, não era — hoje é um dia muito especial pra você né minha querida.
— Sim pai — sorrio descontraída — finalmente vou fazer 17 anos e o senhor finalmente vai me falar o que tanto esconde — seus olhos movem do meu irmão para mim rapidamente — pode me contar agora?
— Depois do jantar a gente conversa — responde, cerro os olhos mas assinto e começo tomar meu café.
Meu pai tinha um segredo que ele sempre escondeu de mim, nunca entendi para quê isso, até porque ele sempre dizia que deviamos confiar na nosssa familia. Viva a hipocrisia dos Caron. Escondia do Pietro também mas assim como eu, nosso pai contou ao Pietro quando ele fez 17 anos e de lá para cá meu irmão andou atarefado e foi trabalhar com o pai, nem a faculdade ele fez direito.
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A Condenada [REVISANDO]
Teen FictionSim. Eu estou aqui prestes a ser condenada pelos meus erros, pelos meus acertos, pelos meus amores do passado, a única condenada não será só eu, e sim, tudo e todos aqueles que estão ao meu redor! DESCRIÇÃO. Bruna Caron é uma mulher de 22 anos que...