Pietro narrando.
O sábado tinha até passado muito rápido, não estava acostumado com isso, até porque sempre me encontrava trabalhando nesses dias da semana, mas nessa semana eu não fui, não por querer mas como uma ordem de meu pai. Ele jogava tranquilamente com os seus amigos no escritório como se não tivesse uma tempestade caindo sobre suas cabeças. Bruna, Luiza e Alice passaram o dia dentro do cinema instalado na casa, gente sem preocupações é outro nível, né. Enquanto nossas mães estavam também passando o dia jogando, com algum hobbie perto da piscina, essa casa felizmente não deixava as pessoas de dentro com muito tédio.
Eu e o Vinicius resolvemos se divertir um pouco com nosso amigo que conhecemos no trabalho, ele era muito importante nele, ele mora lá fora mas é brasileiro, tinha vindo visitar o nosso país "maravilhoso".
Eu e Vinicius, que passamos o dia em uma conversa fiada sobre trabalho, — como se fossemos duas pessoas procurando respostas — estávamos nos arrumando para ir em uma balada no centro de São Paulo, ele estava usando uma calça jeans branca rasgada em seu joelho, um sapato preto e uma camisa falsa social que era aberta no terceiro botão indo até os ombros. Eu estava com uma calça jeans preta rasgada, uma camisa branca e jaqueta preta de couro, terminando com o mesmo estilo de calçado.
Decidimos descer as escadas da casa, onde estava minha querida irmã com suas amigas na sala.
— Poxa, pai deixa a gente sair — Alice junta suas mãos olhando para seu pai, estava em frente ao mais velho que olhava para ela com o semblante relaxado.
— Estamos indo, se eu voltar bêbado é culpa do sistema — Vinicius fala com o pai, mas passando por sua irmã e dando um tapa na cabeça dela. A ruiva olha pro mais velho e suspira levantando a mão ameaçando a devolver, mas ele sorrir dando um passo pra trás e sussurrando: curupira.
Moleque hipócrita, ele não é ruivo também?
— Mas eu acho engraçado que Pietro e o Vinicius desde os 15 anos sai de casa para tudo que é festa e sempre aprontou — Bruna se pronuncia — mas a gente que tem 17 anos não pode nem ir pro shopping sozinhas.
— É diferente — Flávio, o pai da Luiza responde olhando para suas pedras de dominó que estava jogando com meu pai e da Alice.
— Diferente, por quê? — a filha responde colocando suas mãos na cintura — Por que eles são homens? Por isso?
Nessa hora eu até perdi o foco, cruzei meus braços e escostei na parede me preparando para assistir o debate.
— Deixem logo as meninas ir, imagina quando elas terem seus filhos, nem vai ter o que contar de sua adolescência — a voz de Márcia surge na escada com as outras mulheres que lhe acompanhavam.
— Minha mãe tem razão — a ruiva cruza os braços com um sorriso de lado.
— Chega — o pai dela responde firme fazendo todos olhares irem até ele — vocês vão sair — lá vem — mas só se for com o Pietro e Vinicius.
Perdemos clã.
— Aff — Bruna bufa cruzando seus braços.
— Eu tô indo para me divertir, não ficar tomando conta de um bando de pirralha — Minha irmã me encara estalando seus dedos.
— É pai, não vai rolar — Vinicius olha pro pai. — é uma balada exclusiva para homens.
Na hora minha mãe que bebia um copo de água se entala, minha irmã sorrir colocando a mão em frente sua boca, Alice olhou para ele com uma cara de paisagem, Luiza que parecia não entender ainda do nada abre a boca olhando para ele.
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A Condenada [REVISANDO]
Teen FictionSim. Eu estou aqui prestes a ser condenada pelos meus erros, pelos meus acertos, pelos meus amores do passado, a única condenada não será só eu, e sim, tudo e todos aqueles que estão ao meu redor! DESCRIÇÃO. Bruna Caron é uma mulher de 22 anos que...