Pessoas iam e vinham de um lado para o outro, a essa altura somente eu estava sóbria haviam pessoas dançando,bebendo, fumando e eu encostada na bancada do bar olhando os loucos dos meus amigos.
- Marcelly vem...dançar! - demoro a entender o que Francesa diz, devido ao barulho.
Por muito custo resolvo ir, dançamos feito loucos. Uma hora ou outra alguns caras me acompanhavam na dança, surreal a adrenalina que percorre pelo meu corpo sentir que sou desejável é uma experiência boa para quem é tímida ao extremo.
- Vamos lá pra fora, gata - o musculoso diz em meu ouvido e eu apenas assinto.
No trajeto sinto algo vibrar em meu bolso e vejo que se trata do meu celular, ligo o visor e vejo o número da nonna.
- Só um minuto - digo e ele balança a cabeça positivamente.
Ligação ~on~
- Alô, nonna o que houve?
- Marcelly, venha para o hospital agora, sua nonna passou mal!! - pera eu conheço essa voz...mamma? - venha depressa ela precisa de você!
Ligação ~off~
Ainda meio tonta cambaleio para trás impedida de cair pelos braços do garoto.
- Ei ei, o que aconteceu?
- Eu preciso sair, preciso ir ao hospital! OH CÉUS onde estão aqueles 3. - o desespero era eminente em minha voz.
- Calma, vem vou te levar, qual hospital!? - ele apresentava preocupação, mas porquê se preocupar com uma pessoa como eu? Uma desconhecida.
- Pode..deixar vou sozinha - a essa altura já chorava nada poderia acontecer a minha nonna.
- Eu quero te ajudar, só pra constar não bebi, agora vem.
- Mas eu sou uma estranha, eu vou sozinha!. - saio sem olhar para trás, procurando um táxi, mas nenhum passava por aquela hora, merda são 2 da madrugada. Pouco tempo depois ouço um carro parar ao meu lado, era o garoto, se não me falha a memória chamado Jhonatan.
- Vem eu te levo, sem maldade alguma, vejo desespero em seus olhos venha eu posso te levar! - acabo cedendo pois sei que o que o mesmo disse era verdade, eu realmente estava desesperada.
- Hospital central, rápido por favor.
Encosto minha cabeça no vidro, a ansiedade é muita, o que ela está fazendo aqui? Mas por que a nonna passará mal do nada? Sua saúde estava boa. São tantas perguntas mas a minha maior prioridade agora é ver como dona Giulia está, coitado do meu velho, deve estar arrasado. Ao chegar na porta do hospital, mais que depressa agradeço e vou ao encontro do balcão.
- Quero saber o estado de Giulia Antonelli de Luca!
- O que a senhorita é dela? - sua voz é enjoativa e irritante.
- Neta, minha nonna está lá em cima, e se eu não a vê-la sou capaz de cometer algum homicídio deixe-me passar!
- Giulia Antonelli está presente na sala 3, corredor 5,da ala 2. Mas não posso autorizar sua passagem.
- Ouviu a moça, sua avó está lá em cima e precisa vê-la, se me dá licença, venha... - sou puxada pela mão adentrando ao interior daquele local.
- Sim, senhor Rizzo. - logo percebo que ele é filho de Marcelo Rizzo dono de grandes hospitais.
- Obrigada, mais uma vez, sr. Rizzo - digo tímida por ter sido tão rude com ele no começo.
- Não precisa agradecer, eu disse que ajudaria e estou cumprindo com minha palavra, e não me venha com essas formalidades bobas odeio isso - diz em um tom brincalhão.
Alguns minutos se passaram e vou de encontro ao corredor , encontrando lá Bianca Antonelli, minha mamma na qual não via anos.
- Qual é seu estado?!
- Estável, ela teve falta de ar... Como está linda minha bambina! - seu abraço de algum modo não tinha significado para mim.
Éramos muito parecidas peles brancas como neve, cabelos loiros e longos com leves ondulados nas pontas.
- Responsáveis por Giulia Antonelli?
Assenti impaciente. O mesmo nos disse que nonna passava bem, só teria passado por ato de nervo, que levou a sua baixa pressão, que já poderíamos entrar no quarto. Jhonatan não saia de perto de mim, sempre me dando apoio quando necessitava, eu realmente não estou acreditando nisso, mas não reclamarei.
- Nonna como estás?
- Estou bem bambina, seu avô e sua mamma me ajudaram, e já receberei alta amanhã minha linda.
Todos abraçaram e Bianca agradeceu ao garoto que deu um sorriso maroto em resposta. Depois disso tudo precisava saber o motivo pelo qual ela estava aqui.
- Bem Marcelly, eu preciso ir meu pai me espera na sala dele, foi um prazer poder te ajudar, até mais ver - ele sorri e deposita um beijo em minha bochecha, me fazendo corar.
- Obrigada mais uma vez -dou um sorriso tímido, e logo depois ele vai embora sorrindo.
Porra e que sorriso, Jhonatan é lindo realmente, seus músculos era grandes e parcialmente exagerados mas não deixava de ser bonito, possuía olhos castanhos e um sorriso de molhar calcinhas.
- Aposto que está tendo pensamentos impróprios com o jovem rapaz - gargalhadas ao meu lado.
- Nonno!! - sinto minhas bochechas queimarem.
- Minha criança está crescendo - deposita um beijo em minha testa - e com isso terá que ter mais responsabilidade.
- Mais do que já tenho? Impossível - rimos - nonno por que ela está aqui?
- Bem...bambina vamos lá para casa, precisamos conversar sobre isso.
Sem entender nada, apenas assinto. O caminho foi extremamente cansativo e silencioso, muitas lembranças dolorosas foram trazidas ao ver Bianca, depois de 17 anos ela vem sem mais e nem menos e aposto que o real motivo pelo qual dona Giulia ter passado mal foi por causa dela!
- Sem mais extensão sobre o assunto, gostaria que você se sente Mah. - assim fiz - Bem sua mamma vai lhe esclarecer o real motivo pela sua vinda.
- Marcelly eu sei que não foi certo o que fiz com você - lá vai começar seu drama - e ao longo desses anos venho tentando adquirir condições melhores para cuidar de você...
- Não, você não pensa em ninguém além de si mesma! - me exalto, meu nonno pede calma e me abraça.
- Nunca! Continuando eu deixei você com seus avós por não saber como cuidar de você, tive você com 15 anos Marcelly, não sabia nem como me sustentar ainda mais uma criança! - seus olhos se enchem de lágrimas - eu fui para os Estados Unidos com ajuda de meu pai, precisava mudar minha vida, fui estudei e por lá conheci o Henry Joseph. - pronto só o que me faltava.
- E se resolveu ficar por lá todos esses anos, por que veio para cá? Ficasse por lá com o ricasso.
- Você está me ofendendo.
- Chega eu não quero mais ouvir.
Adentrei ao meu quarto seguido de nonno.
- Bambina tente entender, minha figlia quer ter uma segunda chance, dê essa chance a ela, vamos sempre visitá-la, prometo.
- Nonno e minha vida aqui? Meus amigos? Minha família são vocês. - deito em seu colo.
- Nem para todo sempre eles também vão permanecer aqui, pense no seu futuro, não se preocupe conosco tenho certeza que vamos todos visitar você.
- Ta bem nonno irei pensar, te amo muito - ele afagou meus cabelos até eu adormecer.

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Amor Proibido
RomansCriada pelos avós e deixada pelos pais, Marcelly vive uma vida bastante tranquila e pacata na sua cidade natal, Florença, Itália. Desde pequena soube o motivo do paradeiro de seu pai, porém não esperava que a mãe, Bianca Antonelli mulher de um dos g...