Capítulo vinte e quatro

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Já acordei sentindo o cheiro do perfume forte dele, o que me fez soltar um sorriso bobo.

Mas ai, eu lembrei que pra ele sempre foi apenas transa. Então pra mim também tinha que ser, não ia ser a otária que deixa envolver sentimento.

Eu curtia ele, acho que dá mesma forma que ele gostava de ficar comigo.

A diferença é que eu sou carente, e ele tem várias, e quem vai sair se fodendo? Então né...

Já era óbvio que ele não tava mais ali, então eu levantei prendendo o meu cabelo, que tava solto.

Era uma coisa chata, e ao mesmo tempo interessante, sentir o cheiro do perfume dele no meu corpo. A que ponto chegamos, Milena. Dormindo com um cara, que eu nem sei o nome.

Já tinha perguntado uma vez, mas ele mudou de assunto.

Lavei o meu rosto na água fria pra dar aquela despertada, e passei o meu sabonete líquido, depois sequei meu rosto, e escovei os dentes, calcei a minha pantufa e fui saindo do meu quarto.

"Amiga, eu tô indo visitar o meu pai. Pela tarde eu passo aqui novamente, e como a boa amiga que sou, deixei café pronto pra ti, beijos."

Sorri fraco, olhando pra mesa. Vendo pão francês, pão de queijo, goiabada e mais um monte de coisa.

Olhei meu celular, e vi que não tinha nenhuma mensagem de alguém que fosse importante, então dei de ombros bloqueando o mesmo.

Comi, guadei tudo e limpei a mesa. Depois já aproveitei a minha disposição, pra lavar a louça.

Campanhia tocou, e eu fui atender, vendo que era a minha mãe.

Ultimamente ela tinha parado de pegar no meu pé, tinha dito que se cansou de brigar tanto comigo, e eu achei ótimo.

Ela me chamou pra ir passar o dia no shopping, e como eu só teria outra pessoa pra ficar comigo, mais tarde. Eu aceitei sair com ela, então fui tomar banho pra me arrumar rapidinho.

....

Após um longo dia andando, eu tava mortinha, só querendo ficar deitada, mas pela segunda vez, a companhia tocou.

Abri e o que mais me chamou a atenção, foi ver o Coringa com um cachorro nos braços.

Coringa: Presente pra tu, certo? - Foi colocando o cachorro em cima de mim, e eu olhei sem dizer nada.

Mi: Você pode me explicar o que é isso, Coringa?

Coringa: Eu tô te dando um cachorro, escolhe um nome.

Mi: Eu não posso ficar com um cachorro, Coringa.- Sentei no sofá.

Coringa: Presente não se recusa, pode pá? Pensei em, Erika.

Mi: Aonde você viu uma cachorra com o nome Erika? - Eu ri.

Coringa: Idai? É nós que inventa, pode ser, Jenifer.

Mi: Tá, mas...- Levantei o cachorro.- é macho, e vai se chamar floco, porque ele é branquinho.

Ele riu fraco olhando pra mim, e eu voltei a sorrir pro floco. Era a primeira vez que eu tava tendo um cachorro, minha mãe nunca me deixava ter um, e depois que eu comecei a trabalhar fora, era difícil ter.

Mi: Porque você resolveu me dar um cachorro do nada?

Coringa: Porque eu quis.

Ignorei ele, colocando o cachorro pequeno no chão. Mas depois voltei a olhar pra ele, que balançava a cabeça olhando pro lado, e depois me olhou fazendo careta.

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