Ser um bebê é chato.

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Ser um bebê era chato.

Era a constatação que Harry chegou após alguns dias de nascido.

Seus pais passavam mas tempo discutindo planos e táticas do que brincando com ele.

Ele já havia visto guerras o suficiente para perceber que estava no meio de uma. Sua mãe era uma nascida trouxa e seu pai um sangue puro.

Outro lorde das trevas ?

Era a opção mas provável. Qual era a desses magos ? Pareciam pragas, sempre que se matava um aparecia outro para tomar o seu lugar.

De qualquer forma ele não se meteria nisso.

Harry não se lembrava bem do que viu quando teve um deslumbre da vida que estava vivendo atualmente. Havia se passado milênios.

Porém havia coisas que brilhavam em sua mente , como o fato de um diretor manipulador , um lorde das trevas que o traria desgraça e muita falsidade.

Era pouco , mas era o suficiente para o preparar para tudo o que estava vindo.

" Lily ! O nosso Harry é muito sério. Parece até mesmo o seboso."

Quem ?

De qualquer forma, Harry não ligava.

Ele só continuou a encarar seu pai com um expressão séria.

" Deixe ele James !"

As vezes seus pais conversavam sobre pessoas desconhecidas para ele.

Dumbledore, Peter , Remus, Sirius, entre outros.

Isso no máximo o dava fisgadas de curiosidade que logo passavam.

Sua nova vida era chata.

Ou foi até a noite dos mortos , Harry sentia sua magia vibrando em êxtases, o frio familiar nas pontas dos dedos o fez se perguntar se seu dom voltou, porém antes de pôde tocar em qualquer coisa viva a porta de sua casa foi ao chão.

" Lily ! Pegue Harry e fuja !"

O que se seguiu foi muito confuso para acompanhar, sua mãe por um milagre do cosmo conseguiu o pegar sem tocar na sua pele esposta e subiu as escadas correndo.

Há semanas Harry havia sentindo traços de magia negra em seu quarto , mas não soube identificar a origem e como não o fazia mal , ele não colocou muito esforço na busca.

Agora com sua mãe o levando para lá, ele quis ter se esforçado mas. Um som surdo abaixo o fez ter medo, depois de muito tempo.

Meu pai morreu?

Ele se perguntava.

Quando sua mãe o colocou no berço ele notou com olhos afiados a falta de varinha em suas mãos.

Sua mente começou a trabalhar a mil , porém antes de chegar a uma resposta a porta se abriu e uma coisa que já foi humano entrou.

Ele fedia a magia negra e algo mais hediondo e profano.

" Saia da frente. "

" Não! Por favor , Harry não !"

Ele repidiu a mesma ordem três vezes e ela se negou a todas , como em uma lembrança sombria ele observou alguém que amava morrer na sua frente sem poder fazer nada e novamente para o proteger.

Não era pessoal.

Ou pelo menos não era para ser.

Mas quando ele observou sua mãe cair ele jurou com lágrimas que , quem quer que fosse essa coisa ele iria morrer.

" Avada Kedavra !"

Ele não chorou , Harry jamais chorava , porém quando a maldição o atingiu ele sentiu o desejo depois de tanto tempo. O feitiço de sua mãe entrou em ação e o salvou como ele já imaginava e uma coisa que parecia uma alma quebrada e desgastada fugiu , enquanto algo entrou em si.

Foi dor demais de uma fez e ele apagou.

A primeira coisa que ele viu foi alguém entrando no quarto , sem seguer olhar para ele.

(Que por sinal era um bebê sangrando num berçário numa casa que acabou de ser invadida por um lorde das trevas que matou seus pais , cujos os corpos ainda estavam jogados pela casa. Mas beleza , vamos lá.)

E foi até o corpo de sua mãe, a abraçando o estranho chorou sobre seu corpo por bastante tempo até.

Harry estava acostumado com pessoas de luto , mas por favor, ele estava com dor e seus pais acabaram de morrer. Aquele ser não poderia pelo menos vê se ele estava bem?!

A pessoa que Harry agora tinha um grande ranço saiu sem em momento algum olhar para ele e logo outro homem chegou.

Esperendo um tratamento melhor , ele esperou pacientemente o homem entrar em seu quarto, diferente do outro esse foi até ele no mesmo momento e quando seus olhos se encontraram ele quis chorar.

" pa..papa ! Papa !"

O abraçando, Sirius o abraçou com força.

" Desculpa Harry, mas papa não está mas aqui."

Não era o homem abaixo morto que ele chamava e sim o seu pai que o segurava , o seu pai de outra vida.

Harry abraçava Sirius com força e pela primeira vez desde que morreu ele chorou.

Ele finalmente estava com ele novamente, estava com seu pai.

Toque mortal. Concluída. Onde histórias criam vida. Descubra agora