PRÓLOGO

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A HISTÓRIA FICARA COMPLETA ATE 31/8. APOS ESTA DATA ELA SERA RETIRADA DA PLATAFORMA.
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O dia estava nublado, rajadas de vento frio batiam em seu rosto, mas ele precisava sair de casa, precisava espairecer e esquecer tudo de ruim que havia acontecido durante toda sua maldita existência. Era assim que ele se sentia, um maldito.

Há dias o sol não aparecia, embora fosse verão, um desses fenômenos que fazem o tempo mudar resolveu aparecer, mas dessa vez parecia diferente, era como se o tempo fizesse parte da sua vida: escura e sem luz. Alexander Mason Salvador, estava passando por um momento difícil em sua vida. A vida toda ele havia sido maltratado pelo avô e agora enfrentava um processo jurídico, onde poderia ficar recluso por até oito anos. Ele perdeu tudo. A família, o emprego e principalmente o amor de sua vida. Isso era o que mais lhe doía. Ficar sem ela era como se seu coração tivesse sido tirado do peito, era difícil até para respirar.

Mas o que ele poderia fazer? Ela já não o amava mais — parte disso era culpa sua — e iria se casar com outro. Alex pensou diversas vezes em fazer algo para atrapalhar o casamento, mas ele não era um monstro. Não era o mocinho, mas também não era o monstro que todos pensavam e ela merecia ser feliz depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que ele fez. E atrapalhar, seria descer ao nível do avô e isso ele não permitiria mais, nunca mais.

Naquela tarde, Alex não tinha destino, ele queria apenas caminhar, até seu corpo não aguentar mais de exaustão. Mas ele foi atraído a uma praia que ficava a poucos quilômetros de sua residência. O mar estava revolto, ondas gigantescas cobriam as pedras que ladeavam a praia. Aquela era a praia mais bonita que ele conhecia, mas hoje, especialmente hoje, ela estava tenebrosa.

Ali, havia um penhasco onde diversas vezes ele assistiu ao pôr do sol com sua noiva. Como ele queria caminhar, resolveu ir até lá e reviver os momentos que teve com ela. Lembrou-se dos piqueniques, dos sorrisos, das juras de amor, dos abraços, dos beijos. Como seu peito doía. Estar ali era uma tortura, mas ele precisava reviver aquelas coisas para se sentir vivo. Ah, como ele queria que o tempo voltasse para que pudesse consertar todo esse estrago!

Lá de cima, a vista costumava ser linda. Ver as ondas batendo nas pedras, lhe fez pensar na morte. Não que ele quisesse morrer, mas se ele pulasse de lá, seu sofrimento iria acabar, ou não.

Alex ficou ali, admirando as ondas, as pedras, totalmente imerso em seus pensamentos que quase não viu. E quando entendeu o que era seu coração quase parou. Um caminho levava a parte mais baixa do penhasco e lá ele avistou uma silhueta pequena. Seus cabelos loiros desgrenhados, voando por causa do vento, não permitia que ele visse seu rosto.

Alex correu em direção à loira, e por pouco, quase não conseguiu impedi-la.

O Homem que me Salvou - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora