Um momento que transforma tudo

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Acordo com os raios de sol entrando pela janela do meu quarto, ouço pássaros cantando e uma batida em minha porta, me arrasto para fora da cama, caminho até a porta e a abro.

-Bom dia, filha! Pronta para uma vida nova? - meu pai pergunta com um enorme sorriso.

- Bom dia, papis! E ainda não estou pronta, mas irei ficar... - respondo e rio.

- Ótimo, se prepare e desça para tomar o seu café, o dia vai ser cheio de compromissos. - Ele beija minha testa e desce novamente as escadas caminhando em direção a cozinha.

Volto desnorteada para a cama, olho para o relógio no criado mudo e fico perplexa ao ver que são 6 da manhã, mas hoje é minha formatura do colégio e daqui três meses serei uma universitária em Nova Orleans.

Depois de alguns minutos, me levanto, tomo um banho rápido, me visto, termino de me arrumar e desço para a cozinha correndo.

- Pai, eu estava pensando... - antes que eu possa terminar a frase sinto uma mão em meu ombro, tento manter a calma, me lembro do treinamento de defesa pessoal, me viro e acabo derrubando o homem com um golpe.

- Mary! - vejo o homem e percebo que eu o conheço.

- Kayo? O que faz aqui? Ficou maluco? Meu pai sabe que você está aqui? - faço varias perguntas enquanto o ajudo a se levantar.

- Foi bom te ver também, nosso Deus... Seu pai andou te ensinando como matar as pessoas? - eu começo a rir e o abraço.

Kayo é meu único primo por parte da minha família materna e eu não o via há muito tempo.

- Mary? Você está bem? - Meu pai aparece preocupado perguntando.

-Estou bem, mas você poderia ter mencionado que tínhamos visita! - rio e vou para a cozinha largando os dois na sala.

-Era para ser uma surpresa, filha! - meu pai e o Kayo caminham atrás de mim.

- Eu poderia ter machucado ele, Alan Renard! - pego uma maça e começo a comer enquanto olho eles.

-Quando que ela ficou marrenta assim, Tio? - Escuto o Kayo perguntar ao meu pai.

-No último ano ela ficou assim, toda dona de sí... Parece a Katherine quando eu a conheci! - meu pai responde e se senta a mesa conosco.

-Podemos comer em silêncio? - Pergunto pois sempre me sinto desconfortável quando falam da minha mãe que já morreu.

Depois de um tempo o assunto mudou ficando descontraído e muito engraçado, depois de algum tempo, subo para meu quarto, vejo um buquê de begônias minhas flores favoritas em cima da minha cama. Ao me aproximar e pegar o buquê, vejo um bilhete e o abro.

" Sua mãe se mataria se soubesse o quão patética a filha dela se tornou... Aproveite sua formatura hoje, porque amanhã começa a caça as bruxas!
Com amor, H.J.!!''

Ao terminar de ler, vejo algo se mexer em meio as flores, quando passo as abro para ver melhor, ao perceber que é uma cobra venenosa, jogo o buquê com as flores e a cobra na cama, grito e faço com que a cama pegue fogo.

Não sei quanto tempo se passou até meu pai entrar correndo em meu quarto, estava em estado de choque mas pude ouvir ele e o Kayo discutindo sobre alguém ter me descoberto e que estava na hora de segredos serem revelados.

A herdeira da luaOnde histórias criam vida. Descubra agora