Capítulo XVII - Acaso?

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Prove-me, estas lágrimas salgadas na minha bochecha
É isso que uma dor de cabeça de um ano
Faz com você
Eu não estou bem, me sinto tão dispersa
Não diga que eu sou tudo que importa
Deixe-me, já vi isso antes

Prove-me, estas lágrimas salgadas na minha bochechaÉ isso que uma dor de cabeça de um anoFaz com vocêEu não estou bem, me sinto tão dispersaNão diga que eu sou tudo que importaDeixe-me, já vi isso antes

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- Quem está aí? - Uma voz feminina gritou, fazendo com que Sakura se mexesse atordoada.

Abriu os olhos tentando entender o que estava acontecendo e, só então, se deu conta que sua mãe estava parada próxima ao portão, onde Sakura se encontrava caída.

O dia já estava dando as caras e o céu já começava a clarear, sua mão ardia, mas não era o melhor momento para concentrar-se naquilo.

Levantou-se de forma desengonçada tentando sair despercebida, entretanto tudo que conseguiu foi cair de bruços de volta ao chão. 

- Sakura? - Mebuki questionou ao se aproximar do portão e ver de quem se tratava o barulho em frente ao portão.  - ai, meu Deus, onde você estava garota? 

A rosada girou o pescoço para encarar a mulher que tinha o rosto marcado por grossas linhas de expressões, o cabelo loiro escuro estava preso completamente desordenado; entre os dedos estava o jamais dispensável cigarro e na outra mão um copo com alguma bebida alcoólica. O primeiro pensamento que lhe havia ocorrido era que Mebuki mais uma vez tinha passado a noite em claro se entupindo de álcool, a julgar pela aparência cansada e desleixada da mulher que agora soltava a fumaça por dentre as narinas, vendo-a se dissipar no ar para em seguida dar um longo gole na  bebida que pela tonalidade parecia ser licor.

Fez um grande esforço físico e mental para se pôr de pé, ajeitou os fios de cabelo que caíam sobre seu rosto e inspirou fundo.

- Entra, garota! - Ordenou, empurrando o portão e dando passagem para que ela pudesse entrar.

Cemi-cerrou os olhos indignada com a atitude despretensiosa da matriarca que a fitava de cima com desdém e desprezo, essa era uma coisa que talvez jamais se acostumaria.

- Como é? - Sakura cruzou os braços descrente com a atitude de Mebuki - E quem disse que eu quero entrar? - indagou. Sua voz falhou fazendo-a se pronunciar com dificuldade, ainda por conta do efeito do álcool.

- Eu mandei você entrar. Se está aqui é por um motivo, não é? - Falou ela, em seguida deu outra longa tragada no cigarro e deixou a fumaça escapar por entre os lábios. - Sabia que não ia demorar a voltar, é sempre assim, sempre volta. Afinal, não tem ninguém além de mim, não é?

- Você acha que o mundo gira em torno de você? - perguntou, expressando sua ira para a mulher diante de si. Os olhos, de todo o resto, era o que mais incomodava Sakura.

Sua Sorte, Meu Azar Onde histórias criam vida. Descubra agora