Capítulo XXI - Floresça como uma cerejeira

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Eu não tô a fim de falar agora
Só quero ver TV
Ficarei na piscina e me afogarei

Os olhos de Naruto estavam fixos na fumaça que emergia do café quente que estava na xícara diante dele

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Os olhos de Naruto estavam fixos na fumaça que emergia do café quente que estava na xícara diante dele. Os pensamentos corriam uma maratona em seu cérebro, não permitindo que se focasse por muito tempo em algo em específico. Ao mesmo tempo em que acreditava que a solução do seus problemas estava cada dia mais próxima, também pensava que tudo estava longe de ser resolvido. E aquilo o incomodava.

- Por que está tão sério? - Era a voz de Kakashi, questionando sem tirar os olhos do livro que tinha em mãos. Mas quando não obteve resposta, voltou sua atenção para o loiro, que ainda permanecia estagnado com o olhar fixo na xícara de café. Sentado na mesa com a refeição intocada. - Está testando um novo método? Ingerir café via telepatia?

Em um sobressalto, Naruto ajeitou a postura. Piscando os olhos algumas vezes, finalmente voltando ao seu estado consciente.

- Desculpa, disse alguma coisa? - Por fim encarou Kakashi, que o analisava. Desdenhoso.

- Aconteceu alguma coisa? - Inquiriu o grisalho. Ao levantar-se da poltrona na sala, indo até Naruto.

Sentou à mesa, diante do mais novo. Os olhos aguçados conseguiam enxergar o caos que jorrava de Naruto, era nítido que algo estava errado quando ele ficava quieto demais.

Mas tudo se tornava intolerável ao constar uma aparência deplorável no irmão mais novo, que parecia ter vestido a primeira roupa que encontrou e nem ao menos se deu ao trabalho de pentear o cabelo.

- É que...- Naruto divagou, perdurando por alguns instantes. Encarou então Kakashi, que aguardava com extrema paciência. - Não é nada, eu só estou pensativo.

As mãos do loiro abanaram o ar em descaso e em uma tentativa de escapar da conversa, Naruto começou a enfiar pão e café na boca sem a mínima vontade de comer.

- Vocês conversaram? - Kakashi insistiu.

Naruto travou, levantado os olhos do prato. Tentando raciocinar de que se tratava a pergunta, já que havia várias conversas recentes o incomodando.

Uma delas, era Sasuke.

Não podia dizer de fato que havia tido uma conversa entre os dois, até porque ele não obteve nem mesmo uma resposta após indagar o "por quê?" para o Uchiha.

A mensagem ainda o incomodava.

"Não poderei te encontrar por um tempo. Desculpe."

Foi tão inesperado quanto um prego no meio do feijão. Era fato que as coisas não andavam bem, mas ele acreditava que não havia problemas entre ele e Sasuke. Eles estavam bem.

Então isso o levava a pensar que algo poderia ter acontecido na casa de Uchiha e então seu cérebro metralhava doses de possibilidades e situações.

Nenhuma dessas o agradava no fim de cada raciocínio.

Sua Sorte, Meu Azar Onde histórias criam vida. Descubra agora