Meu Supremo Lobo Mau

Capítulo 3

Alice

Fico sozinha na sala com a cara de tacho, não entendi o que aconteceu ele saiu correndo e eu não consigo me mover muito bem minha cabeça está atordoada com o que a aconteceu, com esforço volto para minha mesa. O Sr Ferraz vem ao meu encontro.

- Você está bem?- pondero a pergunta pois não estou nada bem.

- Sim- respondo mentindo não quero que ele se preocupe, o Sr Ferraz é um homem muito gentil, sempre me tratou com respeito e elogio o meu trabalho apesar de me pedir para o chama-lo apenas de Rafael prefiro manter a formalidade no meu ambiente de trabalho, exceto pela ju que é minha amiga desde que mudei para essa cidade.

- Então Alice hoje você terá o dia de folga pois como posso ver você ja organizou toda a agenda do Eric, ele não voltará mas hoje para empresa. Mande a agenda para o email dele.

- Certo Sr Ferraz farei isso.- Digo e ele se retira não antes de me olhar e sorrir, como assim ele não vai mais voltar hoje? mal chegou e já saiu. Desde que comecei a trabalhar na empresa essa é a primeira vez que o dono aparece os funcionário me disseram que ele vive viajando, e que a maioria das suas secretarias não duram muito tempo no cargo. Espero que isso não aconteça comigo pois preciso muito desse emprego.

Pego minha bolsa e caminho em direção a saída, já dentro do meu carrinho que adquiri em um leilão por um preço de banana viajo até a minha casa que fica um pouco afastada na cidade. Gosto de estar perto da natureza pois aqui me sinto melhor não sei explicar me sinto protegida, comprei essa casinha de uma senhora que frequentava a lanchonete em que trabalhei quando mais nova. Ela estava caindo aos pedaços quando a comprei, depois de uma bela reforma ficou novinha em folha. Minha vózinha iria adorar morar aqui ela assim como eu sempre gostou da natureza, e morávamos em casas afastadas da cidade grande. Minha vozinha era muito habilidosa com as plantas medicinais sempre aparecia alguém lá em casa querendo uma ajuda dela, alguns a chamavam de bruxa eu simplesmente ignorava minha avó só fazia coisas para ajudar.

Aproveito meu restinho de tarde livre e vou até uma cachoeira que tem aqui perto amo ficar do alto da pedra olhando o pôr do sol. Sigo pela trilha e logo chego a cachoeira , tiro minhas roupas e pulo na agua que ta bem gelada por sinal. Após ver o por do sol sigo de volta para minha casa apesar de estar escuro sigo o caminho tranquila pois já sei o caminho. Me assusto ao ouvir um barulho e apresso meu passo, durante a noite é o horário que muitos animais saem para caçar. Paro meus pés quando sinto aquele cheiro novamente me viro e vejo um animal enorme atrás de mim não sei descrever parece um lobo mas é muito grande pra ser um lobo. Olho nos olhos da criatura e são os mesmos olhos vermelho do meu sonho eu deveria estar correndo mas meu corpo me trai e continuo parada no lugar, ele me cheira e parece apreciar meu cheiro. Eu sinto vontade te tocar em sua pelagem preta e assim o faço, ele se assusta com meu toque mas logo se entrega ao meu carinho, do nada ele sai correndo me deixando sozinha novamente.

Corro em direção a minha casa após um banho consigo relaxar o meu corpo, preparo um sanduíche para comer escovo meus dentes e vou me deitar. Acordo de madrugada sobressaltada o relógio marca 3:30 da manhã, outro sonho mas dessa vez foi diferente. O despertador toca marcando 6:00hrs da manhã me levanto ainda sonolenta e sento na cama, o sonho da noite anterior vem em minha mente, era com minha avó e ela contava as histórias de lobos que sempre me fascinaram quando criança. Eu nunca acreditei pois pra mim sempre foram histórias até ontem a noite quando encontrei aquele lobo enorme na floresta. Aquilo não é normal e aqueles olhos são iguais ao do meu chefe, acho que estou ficando louca ou algo assim isso só pode ser coisa da minha mente devido a tantas historias que minha avó me contava na infância.

Preparo meu café da manhã e sigo em direção a cidade, com a mesma rotina de sempre cumprimento os seguranças da entra, ju na recepção e subo para o vigésimo nono andar. Ao abrir das portas do elevador sinto a presença dele, não sei como explicar isso mas sei que ele está aqui. Meus pelos do corpo automaticamente se arrepiam, no momento em que sento na cadeira o telefone toca.