Capítulo 3

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Estou morrendo de sono, e eu pensando que Priscila Brandão, pegaria leve conosco e nos deixaria faltar à aula. Ficamos até as três da manhã, acordados e ainda levamos uma bronca na hora do café da manhã de tia Glória, por causa da bagunça em sua cozinha. Apesar de a mamãe nos ter feito limpar tudo, ainda não estava perfeito para ela.

— Olha a estranha. — Escuto um comentário e quando olho vejo Vitor conversando e rindo seu olho está roxo e vejo que Arthur não brincou quando disse que deu um murro na cara dele, resolvo ignorar e vou direto para a minha sala.

As aulas correm tranquilamente até o intervalo, saio e vou para o meu habitual lugar ouvir música, me sento e quando vou colocar o fone escuto alguém me chamar.

— Liv? — Olho e vejo Lucas ele está abatido, caminha lentamente até chegar e senta o meu lado, de cabeça baixa tem olheiras.

— O que aconteceu? Você sumiu, eu fiquei preocupada. — Falo olhando para ele, que me olha por um tempo e começa a chorar.

— Você ficou preocupada? — Pergunta entre soluços.

— Claro que fiquei você é meu amigo, amigos se preocupam.

— Liv, posso te chamar assim?

— Pode só a minha família me chama assim, e você é meu amigo então, está autorizado.

— Obrigado.

— Agora me conta o que aconteceu. — Mais uma vez ele me olha e as lágrimas descem livremente pelo seu rosto, meu coração se aperta, quero abraçá-lo, mas tenho medo de reagir da mesma forma que ontem.

— Liv, minha mãe. — Ele volta a chorar desesperadamente, me aproximo um pouco mais, e passo a mão em suas costas em sinal de conforto.

Vejo uma sombra a nossa frente e quando desvio meu olhar de Lucas para ver que está parado nos observando vejo Vitor e seus amigos me encarando com um sorriso debochado no rosto.

— Olha se não são os dois estranhos?

— Vai embora Vitor. — Digo firme.

— Sabe o que a princesinha aqui fez ontem? — Ele diz ainda me encarando, esse garoto está testando a minha paciência. — Gritou até o papaizinho vir protegê-la.

— Gritei? Agora fala o porquê eu gritei seu idiota. — Olho para os amigos dele que me encaram. — Vocês são um bando de babacas andando atrás de um idiota que está pouco se lixando para vocês, porque para ele vocês não passam de capachos, e sim eu gritei porque você tentou me beijar a força, não te ensinaram a respeitar o limite das pessoas Vitor?

— Todas as garotas dessa escola querem ficar comigo, deveria se sentir honrada por isso.

— Me sentir honrada? Sério? Honrada porque um filho de papai tentou me agarrar à força? Você contou para os seus amigos que o seu olho roxo foi porque o meu irmão de onze anos te bateu? Suponho que não porque seria vergonhoso um garoto de quinze apanhando de um de onze. — Ele me olha com raiva e eu não me importo, eu estava na minha e ele que veio me provocar.

— Olha aqui garota, quem você pensa que é para falar comigo assim? — O pânico do toque dele começa a me tomar "respira Lívia" "respira Lívia" repito uma, duas, três vezes.

— Solta ela seu idiota. — Sou tirada do meu desespero pela voz de Lucas que agora está entre mim e Vitor, quando foi que ele se levantou? O aperto de Vitor aumenta no meu braço, Lucas o empurra e logo a confusão está armada. — Eu mandei você soltar ela. — Meu amigo diz com muita raiva.

— Quem é você pirralho?

— Não é da sua conta. — As pessoas vão se aproximando vendo a confusão que está acontecendo, não sei como, mas Vitor consegue me puxar para perto dele, e no momento de desespero eu dou uma bofetada na cara dele, a diretora da escola chega bem na hora, isso não vai prestar.

A Descoberta (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora