Capítulo 11 - Honestamente

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Kyungsoo sentiu o sangue ferver, a decepção pelo companheiro está defendo outro era profunda. Além de estar completamente assustado pela forma transtornada e irritadiça que Jongin se encontrava. Era a primeira vez que o via dessa maneira, e isso intrigava.

—Está tudo bem, Jongin... Eu acho melhor vocês irem agora antes que a chuva fique mais forte. —Taemin disse em uma tentativa desesperada de acalmar os dois à sua frente que batalhavam entre olhares ferozes.

O moreno puxou Kyungsoo pelo braço e andou em direção a saída com ele agitado em seus braços, sem paciência alguma.

A chuva havia aumentado e seu carro estava estacionado longe o suficiente para que se molhassem na trajetória até ele. Kyungsoo já não se mexia tanto e mantinha os olhos longe do outro, ressentido.

Jongin o olhou e cuidadosamente colocou o menor na sua frente, impedindo o quanto podia que ele se molhasse ainda mais. Não negava seu instinto de proteção apesar de irritado.

—Kyungsoo? —O Cowboy chamou-o mais uma vez, calmo, sentindo o arrependimento bater ao ver que chorava baixinho, agora, encostado à porta do carro. Jongin suspirou desistindo, depois de várias vezes o chamar, —não obtendo nenhuma resposta do outro, como esperava —ligou o carro começando a dirigir de volta para casa.

Por hora não iria mais invadir o espaço do Kyung, naquele momento isso parecia ser o mais certo a fazer.

Normalmente, bastava um olhar enviesado de sua parte para suprimir qualquer tentativa de desobediência à qualquer pessoa, entretanto isso nunca funcionava com Kyungsoo nem quando eram crianças.

Por isso, sua mente estava uma confusão completa e não importava o quanto tentasse se concentrar em dirigir, simplesmente não conseguia, sempre acabava olhando com pesar o menor retraído ao lado.

Jongin se achava um idiota, e ele sabia que teria que aprender a domar suas emoções rudes para não machucá-lo, pois sentia Kyungsoo se afastar de si a cada burrada que fazia, e isso era como matá-lo lentamente.

Quando estacionou o carro finalmente na fazenda, Kyungsoo desceu apressado e correu para dentro.

O moreno socou a direção em frustração, praguejando inúmeras vezes. Havia deixado o estresse falar mais alto, e só agora se deu conta que Kyungsoo tinha razão em se sentir inseguro e ao invés de acalmá-lo, piorou mais as coisas.

Jongin desceu do carro apressando os passos e se posicionando para dentro da casa. Seu pai lhe olhou reprovador assim que entrou, penalizado pelo estado acabado do menor. E isso o fez se sentir pior enquanto subia as escadas.

—Me desculpa.... —pediu após entrar no quarto retirando a sua jaqueta, a blusa, os sapatos e as meias, observando o companheiro deitado na cama. Ele parecia tão frágil daquele jeito, encolhido como uma criança. —Eu sou um grande idiota...—Confessou depois de um suspiro sôfrego, deitando atrás do menor e encostando seu peito nu nas costas molhadas pela chuva. E assim lembrou que seu pai dissera uma vez, sobre pedir desculpas mesmo que não tivesse errado, pois em um relacionamento não há lados, apenas sentimentos.

Kyungsoo ainda estava com a roupa encharcada e tremia entre os soluços e lágrimas. Sua voz não podia ser ouvida pelo maior, pois ele ainda se negava a respondê-lo, profundamente magoado. Desejando mentalmente ficar sozinho para chorar como se não houvesse amanhã. Tirando sua vontade de gritar para o Cowboy que o odiava... Odiava-o com Taemin.

—V-você é-é um grande idiota mesmo... —Sussurrou com uma voz embargada depois de alguns minutos em silêncio.

—Vem aqui. —O moreno disse.

O coração de um CowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora