Passado
Kyungsoo não entendia a euforia de seus pais por um simples pedido de namoro. Seu coração se apavorou ainda mais quando sua mãe disse palavras cruéis e mortíferas para Jongin. E por mais que sua mente quisesse fazer algo, seu corpo continuava imerso.
Era nítido o desespero nos olhos do moreno, se mantendo imóvel e mal respirando.
— Você devia ter vergonha nessa sua cara, caipirinha. Deixe meu filho em paz e volte pra sua vida medíocre! Saia imediatamente e nunca mais volte! — Vociferou a senhora Do.
Depois que o jovem peão foi expulso de sua casa, Kyungsoo não sabia como reagir ao momento e sentiu uma enorme dor ao lembrar que viu o moreno sair de sua casa enxotado como um cachorro ou pior, como um lixo.
— Kyungsoo, meu filho você ficou maluco de trazer esse caipirinha pra nossa casa? Ou pior querer namorá-lo? — Silabou a mais velha com uma indignação que o menor não entendia.
Queria perguntá-la o que estava errado nisso. Mas a voz bruta e gélida do senhor Do, fez ele estremecer. O pai chamava-lhe ao seu escritório. E sua mãe o guiou, hesitante, para o local.
ChangSoo estava sentado atrás de uma imensa mesa, com uma expressão muito sombria e ordenou que se sentasse. Tremendo, obedeceu. Pois era tudo o que conseguia fazer. Não era capaz de falar. Nunca teve algum contato com ele, além de reclamações e "Bom dia, boa tarde e boa noite", e o mesmo nunca demonstrou interesse ou carinho por o filho.
— Você deve parar de ver esse garoto — Disse-lhe o pai. — Não fale dele novamente nesta casa. Entendeu? — Sua voz era autoritária e sem nenhuma emoção contida. — Não se junte com os porcos.
— Kim Jongin não é um porco e muito menos lixo para vocês o tratarem daquela maneira! Vocês não podem controlar quem eu amo, e eu não vou deixar de vê-lo! — Kyungsoo bradou enraivecido contra o pai. Todas aquelas palavras lhe saíram pela boca. Não foi capaz de contê-las.
O mais velho ergueu os olhos enfurecido pela atitude do primogênito.
— Você vai deixar de vê-lo sim, ou eu mesmo trato de jogar o lixo fora. — Ameaçou. Kyungsoo estremeceu pelo olhar mais furioso do pai.
— Eu o amo, pai... Por favor! — Mudou de abordagem na esperança que ele lhe entendesse.
Havia um monstro dentro de ChangSoo e o garoto não conseguiu impedi-lo de sair. Ele pegou-o pelo pequeno braço e jogou-o contra o chão, tirando seu cinto.
Os olhos do menor encheram de medo e pavor, sabia que seu pai se tornava violento quando com raiva, mas nunca havia presenciado.
— Você o que? Repete, Kyungsoo, repete... — Disse firmemente enquanto descansava a mão exausta de espancar as costas do menino.
Os criados correram quando ouviram os gritos estridentes, mas não conseguiram tocar a criança; todos tinham plena convicção de que o senhor Do estava possuído por demônios. Ficaram paralisados, congelados pelo horror, testemunhando o herdeiro dos Do sendo espancado. Nenhuma palavra de censura, nenhum som, além de gemidos e choro.
Marcas que ficariam para sempre em sua pele...
Atualmente
— Kim Jongin — Kyungsoo murmurou, batendo de leve o dedo indicador no seu queixo, enquanto repetia o seu nome. — Eu quero você. E estou acostumado a ter o que quero. — continuou, apontando agora para ele.
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O coração de um Cowboy
Fiksi Penggemar( ANTIGA TUDO POR UM COWBOY) Um passado marcado por uma paixão envolvente, um presente cheio de amarguras sobre Ele. Uma escolha. Um caminho sem volta. O ódio. O orgulho. O amor. Kyungsoo poderá entender o que realmente guarda um coração de um cowb...