Capítulo 141

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- Eu tenho saudades de dormir abraçado a ti; De te beijar ao acordar; De segurar a tua cintura; De apertar as tuas mamas enquanto estamos no sofá e de te ouvir a resmungar.

- Pede ao médico para eu ir para casa, eu quero dormir contigo hoje. - Peço-lhe.

- Beija-me novamente.

E eu beijo-o. Os lábios dele são tão convidativos, quentes, sensuais, molhados... Levanto o meu braço para tocar-lhe nos caracóis, mas não aguento muito tempo.

- Eu vou pedir.

(...)

Enquanto o Harry conduz-nos - a mim, ao Niall e ao Liam - para casa e relembro-me das regras que o médico nos deu. Todas elas resumem-se a ficar deitada. Ele avisou que nunca tinha deixado uma doente sair sem estar totalmente boa, eu compreendo o lado dele, mas o meu  também, acho que, é compreensível. Quero estar em casa, com as pessoas que conheço, não com médicos e enfermeiras desconhecidas. Lá, só estava deitada, posso estar só deitada em casa, é igual. 

Observo o Harry, ele têm-se mostrado tão bem, talvez a doença dele já tenha desaparecido. Foi meio rápido. Pensei que fosse pior.

Harry POV

Tínhamos tanto planos antes daquele dia em que perdi o controle. Eu tentei sempre controlar-me, mas não deu mais, apenas não deu. Não sei o que se passou, ao certo, comigo. Bati-lhe, fiz-lhe mal, Tinhamos . Abusei dos meus limites, mas ainda assim ela, no outro dia, ligou-me, voltou para mim. Quer lutar para que eu seja o mesmo Harry. 

O meu cérebro, agora, está bom. Não sinto nada, nada de doente. Isso deixa-me tão feliz, mas e se depois fico doente? Se depois de ela se entregar a mim, eu ficar doente? Eu vou, com certeza, forçá-la, ela não vai fugir eu não vou deixar. Não mesmo. Eu tenho que pensar no futuro, não posso fodê-la. Não vou, porra, eu não vou. Não sei como vou resistir, visto que, ela quer, ela deixa. Mas eu, enquanto estou bom, tenho que pensar nela. Porque no futuro eu não sei se vou estar bom e se eu não estiver bom ela não vai estar feliz comigo. Se ela não estiver feliz comigo, não vai sentir desejo por mim, mas eu vou sempre sentir por ela, logo eu vou querer, ela não, eu vou forçar e não me irei preocupar com a sua virgindade, visto que, ela já não a têm. Isto é tudo no futuro. Eu posso remediar isso, posso prevenir essa desgraça de acontecer. 

Apenas não a vou beijar dum modo desejoso, tenho que me afastar. Porra, eu vou afastar-me. 

Sento-me na cama, o braço dela está praticamente bom. Esses dois meses foram milagrosos. Os concertos foram todos adiados, entretanto o Niall adoeceu do joelho e teve que ficar de cama. Agora está bom, a Luna também está boa. As malhas de todo o seu corpo foram desaparecendo e com os cremes bons, foi tira e queda. Felizmente ela não ficou com cicatrizes, desde aquele dia ela nunca falou sobre o que se passou. Pelo menos comigo não, preciso de saber quem foi o filho da puta que a magoou. Não acredito que foi por ódio em relação a mim, eu nem imagino porque foi. Não sinto que a Luna tem medo da pessoa que lhe fez aquilo, mas sei que ela está assustada com algo. Em algumas noites, ela acorda a chorar, não me diz porquê. Apenas abraça-me e pede para eu nunca a deixar sozinha. 

Prometo-lhe vezes sem conta que nunca ninguém vai fazer-lhe mal, nem a ela, nem à Nicole. Ela agradece-me e continua a chorar. Isso deixa-me confuso, mas não pergunto nada. Pensando na Nicole, ela dá-se muito bem comigo e com a Luna. Por vezes, chora para vir para o meu colo, isso deixa-me feliz, muito. 

Está tudo bem, eu só estou à espera que a minha doença volte a atacar para fugir até ao Liam e pedir para ele me levar embora, me internar. 

- Dormi por quanto tempo? - A voz da Luna desperta-me. - São que horas?

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