Capítulo 148

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Não me matem com o que vão ler, eu precisava disto. E, ouçam a música ao lado, se não o capítulo não tem piada nenhuma.

Não sei ao certo quanto tempo passou. Não sei se estamos em Setembro ou Outubro, sei que já passou vários aniversários, várias festas, várias noites sem dormir, várias noites em que, por acaso, dormi bem, vários dias em que não saí do hotel porque tinha uma malha na bochecha, vários dias, os quais, não discutimos, muitos dias, os quais, ficamos super zangados um com o outro... Já se passou tanta coisa e não sei em quanto tempo, 

Provavelmente passaram-se meses, pois a Nicole está muito maior, já anda de um lado para o outro e está sempre a passear com o Harry. Enquanto, eu, choro no quarto ou vou passear com eles. Muitas vezes passo as folgas com o Niall, levo horas a desabafar, por vezes, ele desabafa, mas, quase sempre, não tem tempo, os meus problemas ocupam as horas todas. Já não tenho a Gemma para desabafar, não falamos há meses. Ela e o Niall zangaram-se e foi por minha culpa, ela não se mostra zangada comigo, mas sei, perfeitamente, que está. A Anne, fogo, as saudades que tenho dela, ela nunca mais me ligou ou atendeu às minhas chamadas. 

Sinto que estão todas a fartar-se de mim, não sei... 

O Louis não parece o mesmo comigo, está mais distante, nunca aparece nos bastidores quando lá estou, só chega dez minutos antes - tempo suficiente para se arranjar. O Zayn, bem, esse sim, continua o mesmo, fala comigo, sorri, dá-me alguns abraços... Eu gosto muito dele. Infelizmente, para mim, o Liam também está diferente, nem sei explicar, acho que, também, deixou de gostar de mim. 

Acho que já não me acham perfeita como disse à Ellen. 

Estamos em Paris e aproveitei para visitar o Jon. Ele anda a viajar pelo mundo, disse-me que ia viajar para um sítio - o qual já não me lembro -, mas foi para o Japão e agora está aqui. O seu namorado é muito gentil, ambos foram ontem visitar a Torre Efiel, fiquei com inveja, gostava de ir lá com o Harry. Ele nem menciona isso e vamos embora em breve. Já não me importo. 

Ontem passei a noite com a Eleanor e a Sophia, são adoráveis. Ambas ficamos no quarto do hotel, dormimos no chão - para não haver injustiças com a cama - e assistimos vários filmes. Para ser sincera, não prestei atenção a nenhum. Um deles era de violência, o homem batia na mulher, quis fechar os olhos e chorar, mas aguentei-me. Quando fomos dormir chorei em silêncio. A Shopia desabafou que a sua relação com o final vai de bom para muito bom, a Eleanor disse que esteve mal com o Louis, mas já passou e ele levou-a novamente à Torre Efiel. Chorei por isso também, será que o Harry me quer levar lá?

Antes de ontem recebi uma chamada, era o Jonson. O casamente dele já foi há dias, foi muito bonito. Ser a madrinha foi fantástico. A sua namorada é a pessoa mais querida do mundo e eles ficam tão bem juntos. O Harry estava tão bem nesse dia, adorei acompanhá-lo. Ele ligou-me para dizer que está a adorar a lua de mel que o Harry lhes ofereceu no Dubai. Obviamente ele disse: "Adorei a vossa oferta.", mas não foi "vossa" foi do Harry, ele, sempre, que paga tudo. Chorei quando o professor me disse isso, não tenho nada. Apenas 19 anos e uma vida ao contrário. Desejei-lhe as melhores felicidades e desligamos.

A cena mais cómica deste tempo todo que se passou foi quando recebi notícias da Jeniffer: Ela está grávida e gorda. Encontrou alguém que realmente ama, está de dois meses e pesa oitenta quilos. Nunca pensei que ela ia deixar-se engordar trinta quilos. Foi engraçado e neste tempo todo foi uma das vezes que, realmente, sorri. Ela disse numa revista que tinha sido uma cabra para mim, e que pedia-me desculpas por tudo. Aceitei-as, afinal de contas já passou. 

Não sei, mas este tempo fez-me mais flexivél para perdoar esse tipo de coisas e mais fria para os outros. Já não sorrio tanto, ando calma, os meus pequenos sorrisos são para a Nicole e os grandes para o Harry. Quando estamos bem pareço a mesma Luna. A que conheceu o Harry. Aquela que tinha uma vida atarefada, pouco dinheiro, mas uma boa relação com o pai. 

No outro dia, ganhei coragem e liguei-lhe. Ele atendeu e pareceu feliz por me ouvir viva, disse: "Como estás? Tenho estado para te ligar, mas não tenho arranjado coragem, espero que estejas feliz com a escolha que fizeste." Até ele dizer-me isso a conversa estava boa, se bem que a única conversa que houve até isso foi: "Olá, pai.", não me apeteceu falar mal, apenas disse que estava bem e desliguei, Preciso de apoio, não de alguém com intuito de dizer: "Eu avisei-te!"

Entro na banheira cheia de água, não me importando se derramou para o chão ou não. Só tenho um objétivo ao ver esta banheira. A coisa mais deprimente que me tem acontecido são as ameaças da rapariga que me tentou matar. Elas não param e são constantes e, sempre que recebo uma alguma revista também. Eu sei que ela. Ela contou tudo, como me maltratou na casa de banho, com todos os pormenores, fiquei roxa de vergonha. O Harry esteve sempre ao meu lado a polícia veio ter comigo, os bilhetes nunca têm impressões digitais, ela diz que ainda me vai matar e que não se importa de ser descoberta, só quer que Larry fique junto. 

Estou entrando em loucura, o Harry contratou dois seguranças, Mark e Zack. Eles são tipo máquinas, ninguém encosta em mim, eles protejam-me e sinceramente estou tão cansada deles. De todos. Afundo-me mais na banheira, preciso de ir. 

Estão todos, todos mesmo a afastar-se de mim, o Harry é o que me dói mais. Todos os dias, ao anoitecer, fazemos amor, ele é tão perfeito. Parece que os nossos problemas desaparecem, mesmo zangados fazemos. Não usamos o sexo para descarregarmos a nossa raiva, é sempre calmo e amoroso, romântico. A nossa primeira vez foi selvagem, mas foi a única vez e, ainda assim, teve amor presente. Eu amo-o, isso nunca está em questão, mas é a nossa vida, os nossos problemas... Já cheguei a pensar que o dinheiro resolvia tudo, quando não o tinha, mas agora não. Na minha carteira o que não falta são cartões carregados para gastar, cheques e dinheiro. Não me anima. Ele diz para ir dar alguma volta enquanto trabalha, mas tenho sempre de estar acompanhada. Nem à casa de banho vou só, eles estão lá dentro, há só aquela porta entre a sanita e o lavatório que nos separa e, eles sempre vêm se há algo suspeito no compartimento. Sinto-me sufocada, mas quanto a isso o Harry não abre exceção. Eles estão ali, no lado de fora do quarto, mas disso não me podem proibir. Eles não vão entrar, ninguém vai e quando o Harry entrar já vai ser tarde demais.

Ele será mais feliz sem me ter. Sem ter a chata da Luna para se preocupar, aquela que só lhe gasta dinheiro e arranja problemas. Antes de me afogar até aos ouvidos ouço a voz da Nicole:

- Papá Harry, mamã Luna...

Baixo-me e sei que ela ainda deve estar a cantarolar. Devia ter-lhe dado um beijo antes de fazer isso. Não vou voltar atrás. 

Fãs, oh meu Deus, imagino o quão elas vão ficar felizes e quero abaixar-me mais só para que elas sejam felizes durante mais tempo. Acredito que o Harry vai ficar abalado, mas ele vai se recuperar e vou adorar ver de lá de cima ele feliz com outra rapariga e tomando conta da Nicole. Ele sabe fazê-lo melhor do que eu. Eu não presto. Tornei-me numa dependente dele, totalmente. 

Suspiro e baixo-me de uma vez, há tanta coisa para eu pensar, devia de chorar primeiro e só depois baixar-me, ia mais descansada, mas se é para sofrer, que seja tudo de um vez. 

Amo-te Harry.

Não me perguntem nada. Beijinhos...xx



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