Capítulo 21

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Por Cecília

Depois que eu já estava um pouco melhor, eu saí do banheiro, estava indo pra sala, quando encontro Filipe vindo em minha direção.

- Oi linda, onde você estava? To te procurando a um certo tempo.- Ele chega tentando me dar um selinho, coisa que eu impeço.

- Tá tudo bem?- Ele me pergunta.

- Tá sim, eu só não estou afim disso agora, eu não tava passando muito bem, desculpa.- Ele me olha com um olhar preocupado.

- Sem problemas, você está melhor?- Ele pergunta.

- Estou sim, não precisa se preocupar.

- Que Bom, porque eu arranjei um lugar maneiro pra gente ir hoje à noite.

- Sério, onde?- Pergunto.

- Boate Broadway.- Eu nunca tinha ido em um lugar desses, até porque eu sou menor de idade.

- Não sei não, eu sou menor de idade, acho que eles não vão deixar eu entrar.- Falo.

- Sem problemas, eu tenho um conhecido que pode descolar umas identidades falsas pra gente.- Ele fala super animado, mas eu não estou com a mínima vontade de ir.

- Desculpa gato, vai ter que ficar pra outra hora, hoje à noite eu tenho que estudar pra um trabalho.- Minto na cara dura.

- A sem problemas então, a gente deixa pra outro dia.- Suspiro aliviada.

Logo em seguida o sino toca, me despeço de Filipe e vou para a minha sala.

Entrando na sala, vejo Marcela e Pietro, Marcela sentada na cadeira da frente como sempre, e Pietro atrás, ele estava abraçando ela pelas costas, aff pra que tanto grude? Eles estão em uma sala de aula não em casa sozinhos.

Vou direto para a minha mesa, o professor de história e também nosso conselheiro entra em sala.

- Bom dia turma.- O professor fala.

- Bom dia professor!- Toda a turma responde, até Pietro que resolveu finalmente se desgrudar de Marcela.

- Bem, como vocês sabem nossa gincana já está quase chegando.- Putz é mesmo, com toda mudança que está acontecendo comigo, eu havia esquecido completamente da gincana.

- Esse ano o 8° ano B vai ficar com a cor verde limão e a palavra de vocês é: Paz.- Putz como que faz um símbolo de paz numa camisa verde limão?

Vários alunos reclamaram da cor da camisa.

- Infelizmente pessoal, não podemos mudar, mas eu queria ceder logo essa aula pra vocês pensarem em alguma arte pra camisa de vocês.

Nesse mesmo instante, todos nós nos juntamos no fundo da sala, pra discutir ideias, até que Henrique passa para o papel a ideia dele, e realmente ficou legal, já que ninguém tinha pensado em nada.

Ele desenhou a camisa verde, ao centro tinha um círculo branco com detalhes de um verde mais escuro, nesse círculo tinha um homenzinho, ele segurava uma bengala, era moreno, usava um chapéu marrom e uma roupa social, e do lado de fora do círculo, a palavra paz rodeava junto com um trevo de 4 folhas.

O professor gostou da ideia, esse homenzinho que está na nossa camisa é símbolo de um esporte, eles falaram o nome só que eu não prestei atenção direito e acabei esquecendo o nome do esporte.

- Turma, temos que ver também a questão do grito de guerra.- Fala o professor.

- Opa grito de guerra pode deixar comigo e com o meu irmão aqui, somos ótimos na hora de fazer isso.- Castiel se pronuncia.

- Beleza então.- O professor fala.

E quando finalmente ele ia dar continuidade ao conteúdo da matéria dele, a diretora aparece na nossa porta.

- Com licença professor, bom dia, eu vou precisar do líder Henrique e do vice líder Juliano lá na minha sala por favor.

- Sem problemas diretora, meninos podem ir.- O professor fala, e em seguida Henrique e Juliano saem atrás da diretora.

Os próximos tempo passam bem rápido, e o enjoo que eu havia sentido quando Alice me falou aquela notícia, já havia passado, eu estou com fome porém achei melhor não exagerar demais e desse vez só pedi um sanduíche natural na cantina mesmo.

E foi aí que eu vi, que eu não presto pra ser fitness, me sentei em uma das mesas, e na primeira mordida que eu dei, eu já odiei o sanduíche, tinha um gosto amargo, comi fazendo a maior careta porém não desperdicei, claro que tem sanduíches naturais que são deliciosos mas o da cantina da minha escola é a exceção, nunca mais eu peço.

Depois de terminar de comer forçadamente aquele sanduíche, eu fiquei andando por aí, até que eu fui pro pátio da escola, vi um grupinho amontoado em um canto, e aí a curiosidade falou mais alto, fui até eles ver o que estava acontecendo.

Ao me misturar no meio da rodinha, vejo Pietro e Marcela se beijando, pelo visto ele já havia feito o tal pedido, e essa cena não me interessa em nada, saio da rodinha e encontro Alice.

- Ele já pediu né?- Ela pergunta.

- Sim.- Respondo.

- Por favor me diz que tu estava aqui pra tentar falar com ele.

- Alice não viaja, relaxa eu estou bem, já esqueci o Pietro.

- Você não tem jeito mesmo em Cecília.- Ela fala.

Eu me distancio, não gostei do que ela falou, do jeito que ela falou parecia que minha felicidade só vai estar completa se eu tiver com o Pietro do meu lado, ela tá muito enganada, como diria Cristina Yang, eu sou o Sol não ele.

Porém não queria brigar com Alice por causa disso, ela já está bem triste com a possível partida de Henrique.

Volto para o refeitório, pego o meu celular e mando uma mensagem pra Filipe, sei que ele ainda está em aula, porém o mesmo sempre mexe no celular escondido.

Chat on:

Gato, aquela nosso rolê na boate ainda está de pé?

Tá sim minha linda, resolveu ir?

Claro, quero conhecer coisas novas.

Beleza, passo na sua casa lá pelas 22 horas pra ir te buscar.

Tá bom então. 😘

Chat off

Ótimo, agora só vou ter que sair escondido de casa se minha mãe sonhar que eu to saindo de castigo e ainda mais pra uma boate, ela me mata.

Notas:

Fase bem complicada essa adolescência não é mesmo?

Porém se acalmem, essa fase de rebeldia está para acabar.

E é isso espero que estejam gostando. 😍

Até o próximo.

Meu primeiro amor Onde histórias criam vida. Descubra agora