Nate Westerfield deu um sorriso torto, assentindo para ela. Kiara viu ele abrir a boca, como se fosse dizer algo, e continuará em silêncio. Ele encostou os lábios perto do ouvido da garota, que agora ficara imóvel como uma estátua, rígida na poltrona, ainda examinando Jason no campo.
⎯ Susie Martin faz química comigo. Ela me convidou para sua festa de aniversário temática. Você vai? ⎯ disse ele, naquilo que mais se assemelhava a um sussurro.
⎯ Festa temática? Ah, sim. Susie Martin...ela também me convidou, nós fazemos audiovisual. ⎯ Kiara dirá veloz, dando uma olhada nos olhos grandes de Nate. Eles estavam perto o suficiente para ver os mínimos traços um do outro.
Jesus Cristo, ele é lindo!
⎯ Você vai estar com alguém? ⎯ especulou ainda com os olhos presos nos dela, esperando fielmente que ela o responda.
Ela sabe que o ruivo está se referindo a Jason, por que ele ultimamente estava em todos os cantos que a garota.
Ela sacudiu a cabeça em lentidão, negando. Aquela pergunta havia feito o coração da garota saltar de seu peito, e ela acabara engolindo em seco. Os olhos do ruivo brilham em um azul mais árduo, e ela sorrir.
⎯ Podemos conversar, ou nos diverti. ⎯ propôs ele, um sorriso torto exuberante.
⎯ Claro, nós podemos.⎯ concordava a flamejante.
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Pelo dicionário de Jason Resten, "Conversar e, nos diverti" eram palavras chaves para sexo. E ele irritara Kiara por toda semana sobre isso.
⎯ Sai com pelo menos dez garotas da escola que falavam "Conversar, ou nos diverti" e isso deu em sexo casual. Garotos e garotas usam o mesmo dialeto quando o assunto é pratica sexual. ⎯ Ele apanhava a porção de batatas e enfiava na boca, mastigando com a boca entreaberta.
⎯ Que nojo, Jason.⎯ Embora Kiara se referisse ao jeito dele comer, parte da expressão dela pertecia ao diálogo sexual.
No dia seguinte, Kiara Anderson interceptou o garoto que saia da aula de francês, praticamente se arrastando pelo os corredores.
Heantworth era uma escola canadense e todos os métodos de ensino eram canadenses. Todos os alunos eram forçados a apreender francês, era uma matéria padrão.
Ela puxou Jason Resten pela camisa, anestesiando os passos dele, andando lado a lado do garoto. Jason não dirigiu os olhos para ela, apenas continuou andando. Assim que o sinal do término de mais uma aula foi soado, os corredores ficaram superlotados.
Todos fadados a monotonia escolar, trajando o uniforme de singularidade. Seria errado dizer que era a única coisa comum entre eles, o uniforme e a monotonia?
⎯ Preciso que faça... ⎯ pronunciava baixo, certificando com os olhos impertinentes os outros vagantes, colhendo a certeza de que ninguém, além dele ouvia o que ela dizia.
⎯ Ah...Olá Jason. Gostaria de te falar o motivo por ter deixado-o esperando por 20 minutos na minha porta.⎯ Interrompeu irritado, se distanciando do burburinho dos outros alunos. Um semblante ríspido, não havia sarcasmo, só uma mandíbula pulsante. O que há de errado com ele?
⎯ Agnes, me trouxe para escola, não consegui te avisar. ⎯ respondeu fria, ela nem devia justificativas ao jovem, afinal ele é o submisso. Jason a olha de soslaio absorvendo a resposta, e assente.
⎯ Achei que você estivesse...
⎯ Morta? No dia que eu morrer, você será o primeiro a saber.⎯ Ela deu um tapinha no ombro, o consolando. Não era exatamente aquilo o que ele pensava. ⎯ Agora vamos parar de interromper uns aos outros, é muito disfuncional para a comunicação. Resumindo, é irritante.
⎯ Justo. O que você quer? ⎯ Jason afagou os cabelos, ambos fitando o fim do corredor.
Pela primeira vez ele não acenara, ou distribuiu toques nos punhos aos vagantes.
Estava atento ao que ela dizia.Ríspido, como no dia em que ela apontou o dedo na cara dele. Está agindo de maneira indiferente.
⎯ Quero que me leve na festa temática de Sussie Martin, a sua amiga.⎯ Exigia ela.
⎯ Nunca. ⎯ disse naturalmente, sem nenhuma doze de interesse no rosto.
Jason tem uma das alças da mochila no ombro, e a mão direita enfiada no bolso da calça.
⎯ Como?! ⎯ Kiara voltou a puxa-lo pela camisa, fazendo ele desta vez parar.
⎯ Eu não posso. ⎯ Jason virou-se para ela que tinha os olhos arregalados. Dizendo duro e irreverente. ⎯ Não sou necessariamente um gênio em uma lâmpada, as coisas não funcionam assim.
⎯ Como não pode? Há necessidade de que ele lembre que você é rei desse lugar, você é Jason Resten! ⎯ Articulou fazendo ênfase no que era obvio, indignada com a resposta que ele a deu. A palavra SUBMISSO já estava perdendo o sentido no contexto.
⎯ Sei disso. ⎯ Assegurou convencido. Eles se tratavam com um total descaso. ⎯ Há um porém. ⎯ Jason acrescentou a induzindo virar o corredor oposto ao que dava para a aula de literatura. Levando-a em direção para a zona vermelha. Seus amigos já deviam estar na academia.
⎯ Porém? ⎯ perguntou, revirando os olhos duvidando do que ele dizia. Passou os dedos na testa, odiando o rumo que aquilo tomaria.
⎯ Sussie é muito burocrata em relação as suas festas. Ninguém pode levar ninguém. Tem que ser convidado por ela, é um lance dela. Por que quer ir? ⎯ Ele suspirou audível, não sensibilizando pela causa dela. Os cabelos dela presos dava a ele uma visão mais aguçada da sua face pálida.
⎯ Nate, ele perguntou para mim se eu ia nessa merda de festa. ⎯ Confessou, mordiscando os cantos internos da bochecha, procurando por uma solução.
⎯ É só não ir, e depois dizer que não se sentia muito bem. ⎯ falou em pragmatismo, enquanto os olhos cansados dela o observa friamente.
⎯ E por que eu faria isso, gênio? ⎯ Resmungou, os olhos cinzentos cerrados de maneira violenta.
⎯ Quer um conselho? É melhor você não ir a essa festa, é a maior carnificina sexual entre calouros e, veteranos. ⎯ Ele sussurrou como se estivesse á contando um artigo improprio.
⎯ Não importa, você vai me fazer ser convidada. Além do mais, tenho você e a sua fama de Bruce Lee para me proteger. ⎯ Ordenou, dando mais um tapinha no ombro dele, o fazendo se sentir um lacaio.
E ele não era mais que aquilo, um subordinado. Kiara Anderson, somente o está usando.
Ela toca com os dedos frios no rosto firme do castanho, sentindo o maxilar pulsante anestesiar, então faz um gesto de cabeça que indicava uma ordem.
Os lábios robustos dela, pareciam mais grossos quando ela os estica para concede-lo um sorriso evocativo. Ela está usurpando a sua sanidade.
Ela se afasta em passos coordenados, e vira em seguida para intercalar mais passos para longe. O castanho persegue os fios flamejantes se distanciar desaparecendo pelos corpos, vendo apenas os resquícios de uma imagem flamejante, entre tantas pessoas comuns.
Está mais uma vez parado, permanece com a mão do bolso da calça e a alça da mochila no ombro. Os olhos na figura distante, com corpos desconhecidos atropelando o seu próprio corpo.
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Sem Cores, Sem Dores
Teen FictionKiara Anderson desde criança sofreu com sérios problemas de saúde, por conta de um câncer. No quase fim da adolescência, depois de varias tentativas de suicídio sem nunca conseguir chegar ao final, a mesma decide arrumar todos os preparativos do pró...