Capítulo 1° "My Way"O som barulhento das buzinas do Cadillac CTS-V soava na rua, o motor arrancando firmemente. O jovem fitava a porta da residência, ansioso. As orbitas vermelhas, oscitação, e os cabelos revoltos apontava a noite mal dormida. Kiara atravessava a sala, abrindo a porta rapidamente. Descera os degraus da varanda, sendo apressada pelas buzinas ensurdecedoras. Mas antes de conseguir chegar no último degrau, foi impedida, o seu braço direito fora agarrado impetuosamente.
— O que estar fazendo?! — Dereck tinha uma reprovação no tom, olhara de soslaio para o jovem impaciente do outro lado dos portões, e depois para a garota que franzia o cenho.
— É bem evidente. — Kiara Anderson fez um gesto com as mãos enfatizando o uniforme escolar que ela trajava, e apontou para Jason.
Jason destruí-o a calçada dos Anderson duas vezes naquele ano, em sua defesa o mesmo argumentou que "Pensei que era a minha casa, é bem idêntica" e no Halloween passado ele, e o grupo de amigos havia urinado nos portões da vizinhança, e no argumento ele usara a mesma frase.
Dereck assim como todos, começara a pensa em quando o garoto de um primor admirável, transformou-se no jovem impudente. Kiara por outro lado via como um trunfo, algo a ser explorado.
— E Alyssa?
— Doente, ou provavelmente transando com Peter na casa dele.⎯ ela argumentou, fazendo uma careta de decepção.
Derek censurou ela com os olhos depois do contexto sexual, como se a palavra fosse algo perturbador.
— Eu vou leva-la, Resten! — Ele gritou do alto da varanda, puxando a filha delicadamente num ato controlador.
— Não. Eu vou com Jason, ele é confiável. — Dissimulou uma ingenuidade. Sua voz suave, parecia até engraçada ao seu ouvidos. Ele paralisou, ficou como uma rocha, até retormar uma expressão desconfiada.
— Isso não é um dos seus joguinhos, certo? — Especulou, os olhos curtos como de um gato que examina o cão.
— Ele é meu amigo, conheço Jason desde do meu nascimento. Talvez eu só tenha prestado atenção agora, mas ele e eu somos iguais. ⎯ ela diz.
— Brancos, ricos e imprudentes? Jason, não é um jovem correto. — disse com o ar protetor de um pai, fazendo transparecer as rugas no meio da testa, que indicava sua exaltação. Ele ainda segura o braço da filha, sentindo o batimento, calmo, e rítmico.
— Eu sei. Confie em mim, nem eu sou. — Ela disse ríspida, puxou os braço das garras paternas, e dará as costas ao pai. Com firmeza andou em direção aos portões, sem preocupação alguma.
— Kiara, eu posso leva-la. — falou Derek outra vez imperialista. Notando os cabelos flamejantes cortar os portões.
Ele a olhava um tanto decepcionado, os esforços no qual tentou para afasta a garota não funcionou.
Kiara era teimosa, e com o tempo a arrogância desabrochara dentro dela. Ele culpava a doença, e em grande parte si mesmo, por ter deixado ela torna-se aquela pessoa que desprezava a vida, que tinha como hábito a ignorância.
— Kiara. — ele gritou, em mais uma tentativa de intervi, mas a garota entrou no carro, acenando em um adeus. Os olhos azuis dela reluziam a intrepidez. Ela parecia ter esmagado o coração dele entre as mãos, pois, sentia um aperto muito forte no peito.
A veia na testa de Derek formava-se, expirou profundamente esfregando os dedos na fronte.
Pelo seu conhecimento sabia que Kiara fara aquilo para o deixar frustrado. Pensou em notificar o ocorrido para a esposa, mas bem, não havia motivos para contar.Além do mais deixaria a mulher da mesma forma que ele. E o seu momento de irritação era passageiro, poderia lidar com mais umas das crises que a filha adorava provocar.
Jason só era um "Bad boy" não o Al Capone. — Posso lidar com isso.
Ela inalava o cheiro do couro do estofado do automóvel, um cheiro agradável de limpeza e ao mesmo tempo o um cheiro irritante do ar quente do umidificador.
A pequena miniatura de saturno presa no retrovisor flutuava inquietamente, percorrendo a sua orbita fictícia. Nunca havia notado aquele objeto lá, talvez na última vez que estivera no carro não teria o visto.
Kiara começara reparar furtivamente cada canto do automóvel, armazenando em sua memória, e criando teorias. Jason era um jovem organizado, mais do que queria demonstrar, ela conseguia ver a dificuldade dele ao tentar não se importar com as coisas fora do lugar, o quão incomodado ele evitava transparecer em situações desconcertantes.
Nem a música conseguia enaltecer o silêncio constrangedor que pairava, eles cortavam pelos carros em uma velocidade considerada perigosa. Ele sentia a necessidade de livrar-se da vizinha com urgência.
— Eu sou tão aterrorizador? — diz dando um fim no silêncio, que Kiara começava a apreciar.
— O quê? — questionou tirando os olhos do trânsito, para o observar.
— O seu pai, ele parecia ter entregue o seu primogênito a um nazista. — Ele parou diante a faixa de pedestre, enquanto o conjunto de pessoas passavam.
— Digamos que, sim. Os fanáticos do Resten, talvez tenha a imagem ao seu respeito como um ser divino. Entretanto a sociedade paternal ver você como uma figura perniciosa. — respondeu num suspiro inaudível. Ela vizualisou novamente a miniatura, e depois reparou em Jason de soslaio.
— Eu estou na lista negra paternal? ⎯ ele não havia compreendido ao certo o que a garota havia o dito. Figura perniciosa?
Jason tamborilava os dedos na coxa impaciente, hesitando o pé no acelerador aguardando a senhora que passava desanimada na rua.
— É quase isso. ⎯ ela balançou a cabeça com vigor, á assentir. Kiara transparecia estar segura do que dizia.⎯ Você é uma linda sereia, que encanta todos com sua beleza, e os atrai para o seu oceano da perdição... é mais ou menos assim que eles veem você.
Ele quase pode ouvi uma risada dela, mas ela tinha uma veemência na face.
— Uma sereia da perdição, sério? — ele ergueu a sobrancelha. Aquilo é uma piada. — Não havia outra figura perniciosa para comparar? Tenho toda certeza que seu pai não me ver assim, e que você tem um senso de humor horrível.
— As estatísticas não metem é "Uma sereia da perdição". Eu vi isso num site de teste sobre personalidades perniciosas. — Ela disse sem afeição.
— Teste de personalidade?! ⎯ inquiriu na defensiva. ⎯ Essa sua teoria louca é baseada em um teste de personalidade?⎯ ele bufou, movendo a cabeça em ceticismo.
— Eu ficava bastante entediada no hospital.⎯ Ela explicou.⎯ É um daqueles quiz que você responde, e eles dizem...
— Sei o que é um "Quiz", e são falsos! — Interrompeu rude. Seu rosto ganhou uma armadura, pela sua expressão granítica. — Não sou um predador sexual.
— Você transa com garotas em uma noite, e na outra fingi que nunca as viu, somente pela simples necessidade hormonal. Convenhamos dizer que você é de alguma forma, um predador sexual. — Recriminou ela, apontando uma ocorrência óbvia.
— Eu não obrigo ninguém a abri as pernas para mim, meu bem. — justificou indelicado. Ela não aquieceu, apenas fitava-o com um olhar implicante. — Elas que se entregam, e eu não prometo nada futuramente. As garotas se conformam com a ideia do simples prazer momentâneo. Não sou um predador, ou sei lá o que dá perdição.
— Claro que você não é, Jason. — Diz irônica.
Ele encarou a expressão cômica que ela tinha no rosto, mas ela nem se quer dará uma risada.
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Sem Cores, Sem Dores
Roman pour AdolescentsKiara Anderson desde criança sofreu com sérios problemas de saúde, por conta de um câncer. No quase fim da adolescência, depois de varias tentativas de suicídio sem nunca conseguir chegar ao final, a mesma decide arrumar todos os preparativos do pró...