capitulo 18

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Kate acordou com a fraca luz do sol entrando pelas cortinas do quarto, que ficava mais ostentoso ainda durante a luz do dia, era incrível como aquela cortina branca dava um ar de pureza ao quarto, mesmo depois de todos os momentos promíscuos vividos durante a noite passada. Olhou para os moveis caros e bufou incrédula pelo luxo, aquele sofá era bem mais confortável que sua cama, aquele quarto era quase do tamanho do apartamento em que morava, e novamente preferiu deixar estes pensamentos de lado e levantar-se.

Ela tentou arrumar seus cabelos e olhou para a cama a seu lado, onde Dante ainda dormia tranquilamente, Kate levantou-se e fechou as cortinas para que a claridade não atrapalhasse seu sono. Ele com certeza estaria com uma tremenda dor de cabeça ao acordar, podia sentir o cheiro da bebida forte. A noite passada era um borrão em sua cabeça, ele havia aparecido ali tão perturbado, ele não imploraria daquela forma a ela se não estivesse bêbado, ainda o conhecia pouco, mas sabia que ele não estava em sã consciência quando deitou-se a seu lado.

Ela o olhou, mais uma vez, e percebeu o quanto a figura máscula parecia agora indefesa enquanto dormia serenamente, lembrou-se do surto que ele teve pela madrugada ao ver aquele homem no balé. Kate sabia que havia algo a mais para que ele ficasse tão raivoso, havia alguma coisa mais obscura na vida daquele homem e ela estava disposta a descobrir.

Kate aproveitou para tomar um banho e vestir-se com suas próprias roupas, queria sentir-se à vontade sendo ela mesma. Ela procurou ser o mais silenciosa possível, abriu a porta do quarto e foi rumo à cozinha em busca de algum remédio para Dante, procuraria fazer também um café forte e amargo para ele. Sua vontade de cuidar daquele homem que a enlouquecia e que parecia ter uma alma sombria estava cada vez maior.

A casa estava silenciosa, sentia-se a solidão em todos os cômodos daquele lugar e Katherine se perguntava por que Dante vivia sozinho? A causa seria suas escolhas sexuais? Será que ele já trouxe alguma mulher para morar com ele? Uma de suas submissas?

Kate novamente sentiu-se arrepiar ao passar pela porta de madeira escura, onde ficava o "Quarto de Jogos". Foi inevitável não lembrar o corredor que a levou até o piano e onde viveu mais uma aventura sexual, totalmente livre de pudores ou moral, ela se entregava a ele e sentia um prazer imensurável ao vê-lo chegar ao seu próprio, isso era estranho, nunca havia sentido isso com Lian.

Continuou pensando em tudo, inclusive que teria que voltar para sua casa, tinha que ver Spook, seu gatinho deveria estar precisando dela, lembrou-se que era segunda-feira por isso tinha que ir trabalhar, teria também que ligar para Emma, e almoçar com Adam.

Antes mesmo que chegasse ao seu destino, Kate sentiu um cheiro maravilhoso de biscoitos de nozes, ela entrou na cozinha e deparou-se com uma senhora organizando uma mesa repleta de comida que poderia alimentar um batalhão de pessoas.

- Bom dia, Srta. Svane, sou Anne. - A senhora sorriu, simpaticamente, para Katherine, ela era a pessoa responsável por cuidar de toda a cobertura e também de Dante, a pedido de Eve. - Por favor, sente-se, ainda estou assando alguns biscoitos, mas a senhorita pode servir-se, o Sr. Dyster está um pouco atrasado para o café da manhã, mas preferi não incomodá-lo, ele não gosta de ser perturbado. -Anne puxou uma cadeira para que Kate acomodasse-se a mesa, na verdade, ela estava faminta e ao ver tantas gostosuras espalhadas pela mesa não pôde evitar o ronco de seu estomago.

- É um prazer conhecê-la, Anne. - Kate deu gentilmente a mão em cumprimento. - E, por favor, nada de Srta. Svane, apenas Kate, a propósito como sabe meu nome? -Kate perguntou curiosa.

- Peter informou-me sobre sua estadia, desculpe-me se fui indiscreta, Srta. Svane. - Anne ficou contente com a escolha do patrão, essa sim era mulher para estar com ele. Kate era bonita, simpática, e parecia ser a pessoa certa para ajudar seu patrão a sair das trevas, algo naquela menina trazia luz para a escuridão que sempre estava presente naquela casa e na vida de Dante. A velha senhora não sabia do que se tratava a relação deles, mas sabia como o Senhor Dyster tratava as moças com quem mantinha relações.

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