capitulo 12

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Depois de recolocar seu vestido, Katherine sentou-se no sofá apreciando a bebida que ele lhe ofereceu enquanto iria vestir-se. Aproveitou para explorar um pouco da cobertura, havia quadros de pintores famosos espalhados por toda a sala, e todos eram lindos, porém tristes. Perturbada e deslumbrada, Katherine aproximou-se do maior deles, e tentou entender o que a pintura queria lhe dizer.
- Esta é uma réplica de Guernica de Picasso. — Ela assustou-se com a repentina aproximação de Dante.
- Ele parece retratar algo tão triste. — Katherine passou a mão pelo quadro.
- Picasso retratou um bombardeio na Guernica, que quase aniquilou a cidade inteira.— Katherine passou para o quadro seguinte enquanto Dante fora buscar algo na porta.
- Você parece apreciar esse tipo de arte. — Ela olhou as sacolas, e sentiu o cheiro de comida, o que fez seu estômago roncar, comida era um de seus pontos fracos, assim como aquele homem tão lindo.
- Quando existe algo atormentando um artista, é o momento em que ele consegue fazer seus melhores trabalhos. — Katherine engoliu a seco, não queria falar de assuntos tristes com ele, gostaria que Dante sorrisse a ela.
- Seu chef fez comida francesa novamente? — Ele abriu um pequeno sorriso, encaminhando-se para a cozinha extremamente moderna.
- Italiana — ele respondeu e Katherine sorriu, acompanhando-o, contemplando toda a cozinha, possuía tantos utensílios que sequer conhecia. – Sente-se — ele ordenou com aquela voz poderosa.
- Massa é sempre ótimo — Katherine disse e admirou as costas de Dante, ele era tão alto, tão forte, parecia tão poderoso mesmo não sabendo onde tinha nada naquela cozinha. – Você parece perdido.
- Não costumo procurar pratos e talheres. — Ele parecia aborrecido.
- Você tem pessoas que fazem isso. — Katherine foi ajudá-lo pensando em como a vida dos dois era completamente diferente, ele sempre fora rico e ela pobre o suficiente para não ter nem onde dormir. – Deve ser estranho ter que se virar sozinho, quando sempre tem tudo e todos a seu dispor — ela disse quando conseguiu achar os pratos e ele os talheres.
- Geralmente como em restaurantes, não costumo trazer minhas acompanhantes para jantar em minha casa. — Ele pareceu sombrio com o comentário de Katherine, e ela quase se arrependeu por isso, sabia que ele vivera em um inferno quando criança ao lado da tia, mas precisava ouvir a história através dele.
- Devo me sentir lisonjeada, Sr. Dyster? — Ela tentou brincar, enquanto sentava-se a mesa de vidro, ele havia se servido de vinho enquanto para ela, só água.
- Única, talvez. — Ele a encarou daquela forma penetrante que a fazia tremer.
- Está me olhando daquele jeito.
- De que jeito? — ele a provocou.
- De quem deseja foder-me.
- Esta é uma verdade, Srta Svane, no entanto, você esqueceu-se de mencionar que deseja ser fodida — ele provocou, o que fez Kate pensar na possibilidade de deixar aquela comida e pular em cima dele, no entanto, gostaria de manter alguma conversa antes de voltar para a cama dele.
- Eu desejo, Sr. Dyster, assim que saciar a minha fome de comida, eu tenho certa queda por massa. — Ele sorriu com a brincadeira e ela o encarou, nunca vira algo tão lindo.
Dante a ajudou a servir-se e Katherine se deliciou com a comida, nunca havia comido um ravióli tão delicioso, assim como o nhoque, e o fettuccine.
- Essa comida está incrível. — Katherine serviu-se de mais comida.
- Pietro não costuma falhar, e você parece uma daquelas garotas que apreciam uma boa comida que não seja salada.
- Regimes não combinam comigo.
- Isso me deixa contente.— Katherine sorriu e continuou a comer até que decidiu perguntar o inevitável.
- Então foram muitas? Todas aquelas mulheres que a mídia considerava como suas namoradas eram, na verdade, suas submissas? — Odiava o ciúme que lhe corroía por dentro.
- Algumas delas. — Ele tomou um gole de vinho, e esperou por mais de Katherine, as perguntas eram inevitáveis.
- E você tinha relacionamentos paralelos, mesmo estando com uma submissa? — Ela não conseguiu imaginar que ele pudesse ficar com ela e estar com outra, na verdade, não aceitaria aquilo.
- Sexo é uma prática necessária para mim, Katherine, é como comer, dormir, e nem sempre as minhas submissas supriam essa necessidade. — E aquilo a preocupou, como saber se ela supria as necessidades dele? E até quando ele resistiria a outros corpos?
- Então por quanto tempo isso dura?
- Isso dependerá apenas de você. — Katherine engoliu a seco, não podia sentir-se tão segura quanto a ele.
- Preciso de um número. — Katherine bebeu sua água, sua garganta parecia estar apertando.
- Dois anos. — Foi rápido demais, ela pensou.
- Porque terminou? — Aquela era a pergunta chave.
- Acabou confundindo toda a situação. — E Katherine entendeu, exatamente, do que ele falava, todas adquiriram sentimentos por ele, assim como ela.
- Você está querendo dizer que se apaixonaram.
- Tem que me prometer, Katherine, que não fará isso, não cometerá este erro, nunca. — Ele aproximou-se mais de Kate e ela baixou sua mirada, se ele a olhasse bem em seus olhos, veria que ela está perdidamente apaixonada.
- Porque você tem medo do amor. — Não era uma pergunta.
- Porque esse sentimento não existe no meu mundo, o que ofereço é apenas o prazer sexual, a plena satisfação de foder. — Katherine pensou se devia dizer a ele que era tarde demais, que já estava apaixonada, ponderou se devia sair daquele apartamento e da vida dele, no entanto, ela tinha esperança de fazê-lo sentir.
– Vou lhe mostrar. — Dante estendeu a mão para Kate e ela logo soube que aquilo queria dizer bem mais, ela estava escolhendo entrar em um mundo totalmente novo, Kate aceitou e segurou a mão do homem que agora seria o seu mestre, o homem por quem estava tão apaixonada.
Os dois seguiram pelos bonitos corredores da cobertura de Dante enquanto Kate avaliava os detalhes, todas as paredes eram de tons neutros, só havia moveis escuros, porém elegantes, em cada canto daquela cobertura, ela teve a certeza de que Dante era realmente um homem frio e solitário, esperava que pudesse um dia conversar com ele a respeito disso, esperava ajudá-lo e ver mais aquele sorriso que ele havia lhe dado.
– Este é o quarto de jogos. — Kate olhou para a porta de madeira, imaginando o que teria por trás dela. – Entre e veja se é realmente o que quer. — Dante esperou uma atitude, Kate respirou profundamente e abriu a porta do seu destino.
Era um bonito quarto azul, um espaço de requinte e a primeira coisa avistada foi a cama escura, com lençóis escuros, Kate corou ao imaginar as possibilidades do que fariam naquela cama, olhou para o grande espelho no teto que dava ainda mais vida a seus pensamentos insanos, ela tinha ideia da vista que ele teria de seu corpo inteiramente nu naquela cama. Esperava poder ter a mesma visão dele, ao imaginá-lo sem nenhuma roupa, seu corpo esquentou de forma absurda, tratou de não pensar nisso ou acabaria cedendo a ele. Por isso entrou ainda mais no quarto e ao olhar na direção contraria da cama, assustou-se com o que viu.
Kate arregalou os olhos ao ver correntes descendo do teto como em seus sonhos, olhou a mesa sem formato definido e perguntou-se em que momento ela seria usada, iam ter sexo em cima daquela mesa? Preferiu ocultar o pensamento quente e continuar sua inspeção, olhou então para um móvel suspenso contendo vários chicotes, ela não se conteve e foi tocá-los, ela queria sentir a textura de todos, queria saber se era como em seus sonhos, começou pelo de montaria era o único que conhecia entre tantos tipos ali expostos.
Seguiu pelos outros de cerdas macias e outros de mais ásperas, avistou outra mesa que continha vendas, algemas e outros acessórios, que ela não conseguiu identificar, aquela parte do quarto parecia mais um lugar de tortura, não evitou assustar-se com isso, não sabia como era usar todas essas coisas, olhou para outro armário e foi na busca de abri-lo.
– Eu não o abriria se fosse você — Dante falou, tão perto, causando nela um arrepio que ela não conseguia desvendar se seria de medo ou excitação, ela ainda não compreendia o que aconteceria naquele quarto, eles iriam jogar? Iriam transar? Ou ela iria ser castigada como nos tempos na inquisição?
– Sei que está assustada, Katherine, posso sentir isso — ele continuou e ela virou-se para encará-lo.
– Como pode ter certeza disso, Sr. Dyster? — ela perguntou com a voz trêmula, precisava entender na prática como usariam aquelas coisas.
– Eu consigo ler em suas expressões — ele explicou e ela ruborizou. – Isso é normal, Katherine— ele continuou enquanto ela continuava com a expressão interrogativa. – É a sua primeira vez num playroom, tudo se trata de algo novo para você.
– É aqui que pretende colocar em prática o que tem naquele contrato ou vai apenas me castigar aqui? Será sexo quente como já fizemos ou vai usar todas essas coisas em mim?
– Minha Katherine, todos esses instrumentos são usados, unicamente, para o prazer, não haverá nada além de prazer. — Dante foi até o armário de chicotes e pegou o mais simples deles, indo em direção a Kate, que se preparava para o que viria.
– Farei o que eu quiser com você, Katherine, é disso que se trata a submissão, você se submeterá a mim de todas as formas que eu desejar e em troca terá um prazer imensurável, você terá o que busca. — Dante bateu o chicote em sua mão e ela ficou ainda mais nervosa, pensando se ele iria começar a castigá-la neste momento.
– Você deve me obedecer porque sente prazer com isso, Katherine, enquanto eu sinto prazer em comandá-la, em dominá-la, você entende? Ser submissa é apenas uma natureza sua, o seu verdadeiro prazer é servir-me, é agradar-me como eu desejar, você está me entendendo? — Ele agora passava a ponta do chicote pelo rosto dela.
– Sim, eu entendo. — Ela envolveu-se com a carícia e ao mesmo tempo assustou-se por não saber o que viria a seguir, por outro lado ela sabia que toda aquela ânsia de estar perto dele, de obedecê-lo era apenas parte do que ela era realmente, Dante tinha razão, ela era mesmo submissa a ele.
– Você gosta quando lhe ordeno algo, Katherine? Gosta de obedecer-me? — Ele desceu o chicote pelo pescoço dela e a viu arrepiar-se, além de ver a expressão de excitação no rosto dela.
- Sabe que sim. — Ela esperava que ele ordenasse algo que a fizesse ficar sem roupa, mas ele apenas guardou o chicote.
- Boa garota, agora venha comigo tenho que lhe mostrar mais uma coisa. — Sem entender, Kate o seguiu novamente pelos corredores.
Kate entrou no cômodo indicado por ele e deparou-se com um bonito quarto de tons claros, composto pela pomposa cama king size, um armário de espelhos, mesas de cabeceira, além de um sofá, notou as janelas cobertas por cortinas brancas, tudo era de bom gosto. Era um quarto feminino sem dúvida, mas a quem pertencia?
– Você ocupará este quarto enquanto estiver aqui. — Kate sentiu-se triste com a notícia, gostaria de dividir com ele a cama.
- Eu pensei que dormiria com você.
- Acredite, terá momentos que você irá querer um lugar só para você, e eu não costumo dormir mais do que duas horas. — Kate arqueou a sobrancelha interrogativamente. – Aqui poderá ter a privacidade que tanto deseja.— Ela lembrou-se então da discussão que tiverem há uma semana atrás, estava ele abrindo uma exceção?
- Então usaremos sua cama para outras coisas. — Ela o provocou, com um sorriso sensual.
- Seja uma boa garota e olhe o armário. — Kate virou-se de costas para ele, sorrindo, havia conseguido excitá-lo, ela sabia.
Abriu as portas e viu várias roupas dos mais variados estilos
– São todas suas, e não se preocupe, eu as comprei para você. — Kate abriu a boca para protestar, mas a beleza das peças a deixou muda. – Eu sempre acreditei que seria minha, e neste armário tem tudo o que precisa para agradar-me, desde roupas até lingeries, você me acompanhará em eventos, festas, jantares, além de vestir-se como eu desejar, isso faz parte de seus deveres como submissa. — Kate continuou boquiaberta com a quantidade de roupas caras, tocou o tecido de um vestido azul, aquele vestido era puro glamour, o que ela achava que não tinha para usar tal peça, mas Kate não deixava de pensar qual seria sua verdadeira posição na vida daquele enigmático homem, será que ele a apresentaria como sua submissa a todos? Ou seria uma amiga? Ela tinha muitas dúvidas a serem tiradas. Kate ainda recusava-se a acreditar que ele havia lhe comprado todas aquelas roupas, não queria o dinheiro dele, não queria aquilo.
– Tudo o que irá usar dependerá do que eu desejar, eu gosto de lingeries, Katherine, mas terá momentos que eu a desejarei sem nenhuma roupa esperando por mim naquele quarto. — Ela tremeu pelas palavras ditas por ele, mas decidiu concentrar-se em não aceitar aquelas roupas.
– Eu não posso aceitar isso, Dante, eu não quero nada que eu mesma não tenha comprado. — Ela não queria ser comparada a uma interesseira ou algo pior, não aceitaria todas aquelas roupas caras, ela não estava vendendo-se aquele homem.
– Sempre tão orgulhosa, Katherine, mas sinto dizer que aceitará todas, na verdade usará todas. — Dante aproximou-se dela deixando-a nervosa.
– Eu não posso, Dante, isso vai contra os meus princípios, eu não quero me sentir uma completa vadia.
– Pensei que já tínhamos resolvido isso, Katherine, e se a faz sentir-se melhor, você usará as roupas apenas para agradar-me, somente para aumentar o meu desejo por você — Dante explicou, mas Kate ainda não estava convencida. – Eu jamais a compararei com uma vadia, eu sempre a tratarei como merece, você é minha e eu cuidarei de você. — Ele tocou o rosto dela, desde que a tocou pela primeira vez não conseguia perder o desejo de sempre querer sentir a textura de sua pele.
– Podemos discutir isso — afinal concordou, pois no momento ela estava totalmente envolvida por aquele corpo quente e não conseguia refletir sobre mais nada.
– Ótimo, minha Katherine. — Ele aproximou-se e deu pequenos beijos em seu pescoço, Dante não conseguia mais manter-se longe da pele de seda dela. – Agora escolha algo e vista para mim, iremos sair em uma hora.
– Posso saber aonde iremos, Senhor Dyster? — Ela expôs ainda mais o pescoço para que ele a beijasse.
– Irei mostrá-la um pouco mais do meu mundo, agora fique maravilhosa em um desses vestidos. — Ele saiu do quarto deixando-a com seus pensamentos sobre o lugar onde ele a levaria.
Não havendo outra saída, Kate foi até o armário de roupas em busca de algo bonito, ele havia pedido para que ela ficasse maravilhosa e era assim que ficaria. Ela o provocaria, e ao olhar o vestido vermelho não teve dúvidas de que seria aquele o escolhido.
Resolveu assim tomar um bom banho e perfumar-se inteira, se ele a desejava dessa forma, era assim que faria, procurou ser rápida e não demorar demais.
Depois de vestir o vestido de corte perfeito, sem alças e que ainda acentuava seu busto, notou que o tecido caia muito bem em sua pele, colava perfeitamente em seu corpo delineando a cintura fina, era longo e sofisticado como ele havia dito, mas o detalhe mais bonito era a grande abertura que possuía, deixando uma de suas pernas totalmente exposta, dando-lhe ainda mais sensualidade.
Pensou em prender os cabelos, mas acreditava que Dante os apreciava soltos, por isso tratou de arrumar apenas a franja e deixou que seus cabelos caíssem, ondulados, por suas costas. Resolveu fazer uma maquiagem um pouco mais forte, dando ênfase a seus olhos chocolates, depois de colocar o rímel ela olhou-se no espelho e sorriu. Estava linda, queria que sua mãe pudesse vê-la agora, aquela mulher era outra Katherine, a Kate de Dante, era assim que se via agora, não havia assinado o contrato, mas ela o assinaria ainda na noite de hoje, e gostaria que Dante soubesse disso, essa era a chave para entrar na vida dele, ela o faria confiar e tinha que ser desta forma.
Olhou agora seu armário de sapatos e sandálias, e escolheu uma dourada de tiras finas, era alta, mas confortável. Notou também que agora tinha alguns brincos e pulseiras, por isso resolveu usar um brinco grande já que não usaria colar, nesta hora foi inevitável não lembrar-se de que em breve carregaria uma inicial de Seu Mestre, lembrando-a de que ela o pertencia.
Antes que seu tempo acabasse, Kate dirigiu-se a sala com seu casaco na mão e uma bolsa contendo apenas um batom, sentia como se milhares de borboletas estivessem em seu estômago, era como se fosse a um encontro com um carinha do colégio, estava nervosa sobre sua aparência mesmo tendo a ciência de que jamais esteve tão bonita.
Ficou ainda mais nervosa quando viu o Seu Mestre de costas para ela, notou que ele estava num terno escuro deixando suas pernas trêmulas.
No momento em que ultrapassou a porta, mesmo que silenciosamente, ele imediatamente virou-se e a olhou assombrado com sua beleza, Katherine era sim, algo para ser apreciado, ainda mais vestida naquele vestido vermelho, ela era a tentação em pessoa, a sua mais perfeita perdição que agora dava uma volta para que ele a olhasse por inteiro. A vontade de Dante era levá-la imediatamente para seu quarto de jogos e a castigar por provocá-lo daquela forma, vestida na cor do pecado, ele já até podia imaginar o que ela vestia embaixo daquele vestido, só isso já tinha o poder de deixá-lo completamente duro de excitação, ela tinha pleno poder de enfeitiçá-lo ainda mais
– Estou como deseja, Senhor Dyster? — ela perguntou com inocência.
– Venha até aqui, Katherine — ele ordenou e colocou seu copo de uísque em cima da mesa. – Está tentando me provocar com esse olhar inocente? — Ele puxou o ar sentindo o cheiro gostoso que ela estava exalando.
– Estou conseguindo, Senhor Dyster?— Ela o olhou por cima dos cílios tentando a todo custo não enrubescer de vergonha e acabar com toda a sua coragem de provocá-lo como queria.
– Sabe, Katherine. — Ele a puxou pela cintura, chocando os corpos fazendo-a gemer. – Se eu não tivesse prometido que iríamos até o clube, nós não sairíamos daquele quarto de jogos pelas próximas vinte e quatro horas. — Ele esfregou sua ereção na perna descoberta de Katherine, deixando-a completamente desejosa.
– Oh sim, Mestre, seria perfeito — ela já disse, entregue, e se repreendeu por seu corpo ser tão fraco.
– Que lingerie está usando? — ele mordeu uma orelha de Katherine.
– Apenas uma pequena calcinha de renda vermelha — ela respondeu, sem nenhum pudor, e escutou um rugido vindo dele.
– Posso castigá-la mais tarde por tantas provocações, por enfrentar-me e por diversas outras coisas. — Ele afastou-se dela deixando-a confusa. - Vamos, Katherine, nós temos uma longa noite pela frente. — Ele enlaçou um braço em sua cintura e a levou para onde a limusine os esperava.
– Então vamos a um clube? — ela perguntou quando a limusine já estava em movimento.
– Sim, iremos a um clube de BDSM no qual sou sócio, assim você poderá conhecer melhor a submissão e a dominação. — Ele olhava para as ruas de Seattle e Kate perguntava-se o que acharia do clube quando chegasse até lá. Porém, o que lhe chamava mais atenção era a forma como Dante estava agindo. Ele pareceu ficar tão quente quando a viu, mas agora parecia que a máscara fria de indiferença havia voltado.
– Está chateado com algo? Se for comigo ou com o vestido era só ter dito que não gostou, estou vulgar, não é? — ela perguntou preocupada.
– Você está ainda mais perfeita, Katherine, eu não estou chateado com você, na verdade, estou contente com suas ações — ele explicou.
– Então me diga o que aconteceu? — Ela segurou-se para não tocá-lo.
– Trata-se de linhas perigosas, Katherine, e não gostaria que você as atravessasse — ele respondeu, mais uma vez, através de enigmas.
– Eu não estou entendendo.
- Não está entrando em uma relação normal, Katherine, quero que tenha em mente que não admitirei desobediência ou questionamento de minhas ordens, só as minhas regras funcionam.
- Regras foram feitas para serem quebradas, Sr. Dyster. — Ela mordeu os lábios, e tocou uma das coxas musculosas de Dante, não deixaria que o clima entre eles voltasse a ficar pesado. – E eu sou ótima em quebrar regras. — Ela sorriu inocentemente.
– Você não devia provocar um homem dessa forma doce, Katherine. — Ele colocou uma das mãos na perna exposta da garota. – Não quando este homem é seu Mestre e está louco para fôde-la neste vestido vermelho. — Ele apertou a coxa de Kate fortemente e ia beijá-la, quando escutaram a voz de Peter, avisando que já haviam chegado ao clube, quebrando assim mais um momento quente entre os dois, deixando uma Katherine totalmente decepcionada.
Jamais pensou que pudesse existir um clube com aquele tipo de prática sexual, muito menos que seria em um bonito arranha-céu no centro de Seattle, com a ajuda de Peter, Kate desceu da limusine e em poucos instantes estava novamente sendo abraçada pela cintura por Dante.
– Boa noite, Senhor Dyster e Senhorita. — O homem cumprimentou educadamente o casal, enquanto ela respondeu educadamente.
Dante nem se deu o trabalho de cumprimentar as recepcionistas que sempre o devoravam com os olhos, isso deixou Kate contente, além do fato dele segurar-lhe daquela forma, tão forte, como se ela fosse escapar a qualquer minuto, seu Mestre era mesmo possessivo.
– Não permitirei que saia do meu lado, Katherine, e pelo seu bem é melhor obedecer-me. — Ele a olhou daquela forma quente e ameaçadora.
– Não sairei — ela respondeu olhando para os lábios dele, como gostaria de beijá-lo agora, naquele elevador.
Depois que as portas do elevador dourado se abriram, Katherine pode vislumbrar o ambiente vermelho com detalhes dourados, havia uma garota loira vestida numa roupa de couro negra, exibindo-se com maquiagem escura e um batom carmim, a mulher estava cheia de pulseiras e um colar extravagante que mais parecia uma coleira, Kate logo se perguntou se usaria esse tipo de coisa, era assim mesmo que ela deveria vestir-se?
– Mestre Dyster, seja bem-vindo. — A moça curvou-se diante de Dante, mantendo a postura submissa diante ele.
– Abigail, tenho certeza de que Dominik já nos aguarda. — Dante manteve sua postura altiva perante todos ali presentes.
– Sim, Mestre Dyster, devo servir-lhe o de sempre? — Abigail perguntou, ainda submissa, enquanto Kate olhava curiosamente para todo o ambiente.
– Sim. — A resposta foi curta e fria como sempre fazia.
– Senhorita, dê-me seu casaco. — Kate sorriu em agradecimento e lhe entregou o casaco.
– Trate-me apenas como Mestre. — Dante a avisou e Kate assentiu positivamente enquanto os dois entraram no salão.
Kate seguiu olhando para cada detalhe daquele lugar, haviam tantos homens acompanhados de mulheres lindas, que se vestiam elegantemente, algumas estavam sentadas no colo destes homens, que ela julgou serem dominadores.
Havia um palco com vários acoites, amarras, chicotes, correntes e havia duas mulheres amarradas, enquanto participavam de uma cena. Mas o que assombrou Kate foi ver um homem se submetendo ao que ela julgou ser dominadora.
Continuou sua inspeção vendo pequenos palcos onde mulheres que estavam seminuas dançavam, sensualmente, para alguns homens e suas acompanhantes, Katherine imaginou Dante sentado ali, apreciando aquelas mulheres, enquanto bebericava sensualmente seu copo de uísque, perguntou-se quantas foram as mulheres que tiveram o prazer de esfregar-se no corpo dele, não evitou que seu ciúme a queimasse.
Em pouco tempo os dois estavam em um elevador, seguindo para a sala de Dominik, Dante só a fitava e tentava imaginar o que ela estava pensando, Kate estava calada demais e isso o assustava, porém preferiu deixar que ela assimilasse sem a sua interferência.
Kate seguia pelos corredores sentindo o calor do corpo de Dante, estava imaginando o que deveria fazer para agradá-lo, não queria correr o risco de perdê-lo por suas limitações.
Os dois param numa porta escura e Dante entrou sem bater, ainda levando-a pela cintura. Kate logo viu um homem de pele clara, cabelos escuros e um rosto bonito, era elegante e tinha o poder de deixá-la intimidada, logo ela sabia que ele era dominador, assim como Dante, porém o que a fez encarar com olhos raivosos foi a morena de olhos azuis que estava do lado do homem. E Kate tinha um forte pressentimento de que aquela garota lhe daria muita dor de cabeça.

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