Chegamos em casa por volta das 17hs00mim, cheias de sacolas, mochilas, jogos e livros... Sei que eles fariam outra festa de pijamas, então fui direto para o quarto, a fim de tomar banho. Laura acomodou os meninos em um único quarto, ela e as meninas também ficariam juntas.
- Laura, o clima está estranho na cidade... Muito cinzento e sombrio. Disse Dani.
- Realmente, quem diria que tivemos aquela manhã esplendorosa??? Se eu fosse supersticiosa diria que maus presságios chegaram junto com o padre. Disse Sofia.
- Bom alguma coisa não está certa... Achei a mulher do sacerdote muito estranha, muito contida... Sua face não exprimia nenhuma emoção, mas juro que vi seus olhos ficarem vermelhos ao cumprimentar minha mãe. Disse Laura.
- Se ficaram vermelhos eu não sei, mas posso te dizer com certeza que ela parecia uma pedra. Disse Dani.
- Vamos tomar banho, minha mãe disse que vai fazer cachorro quente... Não vamos ficar colocando minhocas em nossas cabeças. Disse Laura separando a roupa que ia vestir após o banho.
Terminei meu banho, me vesti, abri a porta da varanda e sentei na cama a fim de contemplar a tarde, estava olhando distraída para fora quando Laura entrou...
- Mamãe o que aconteceu? Perguntou ela.
- Não quero que você fique sozinha com a mulher do padre. Disse.
- O que ela te disse? Perguntou preocupada.
- Ela me agradeceu dizendo: "a recepção está linda, mas nada nem ninguém vai salvar esta cidade". Respondi.
- Meu Deus! Mamãe o que a senhora vai fazer? Estou com medo. Disse ela.
- Não farei nada. Ninguém vai acreditar em mim, só quero que me prometa que não vai a casa deles, nem mesmo com sua avó... Ela é ruim, tem algo de muito nefasto naquela mulher, uma presença maligna. Disse.
- O que vou dizer a minha avó quando ela quiser me levar lá?? Perguntou ela.
- Diga a ela que são ordens minhas, que não quero você na casa do padre. Ela que venha se queixar comigo. O importante para mim é que fique longe daquela mulher. Respondi sabendo que nesse momento o Armagedom cairia sobre mim.
Abracei forte minha filha e sei que nesse momento ela percebeu o quanto eu estava preocupada. Confesso que o fato de alguma coisa me preocupar ao ponto de preveni-la me deixava em pânico... Desci para fazer o cachorro quente e Laura foi buscar os amigos.
- Laura, fomos só nós que percebemos alguma coisa estranha na esposa do sacerdote, ou você também notou? Perguntou Dani.
- Estranha eu não sei, mas sombrio com certeza. Respondeu ela.
- Acho que disse tudo Laura...Não senti paz nenhuma com a presença dela. Disse Sofia.
- Mamãe me proibiu de ir à casa do padre, mesmo com a vovó... Já viram o problema que vai ser na minha vida né??? Disse ela.
- Vixe, sua avó vai ficar uma fera! Disse Dani.
- E eu não sei??? Quando eu disser isso a ela estarei envolvida na terceira guerra mundial! Disse Laura rindo.
- Laura o que você pretende fazer? Perguntou Dani.
- Não sei, vou deixar para pensar numa solução depois. Vamos descer o cachorro quente já deve estar pronto. Disse ela saindo.
Quando Laura, Dani e Sofia desceram, os meninos já estavam me ajudando a arrumar a mesa, estávamos nos acomodando em nossos lugares quando minha mãe entrou na cozinha e disse:
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O DEMÔNIO EM TERRACOTA
TerrorSINOPSE Terracota era uma cidade pacata, com cerca de dois mil e quinhentos habitantes, tinha um bom comercio e era totalmente comandada pela Igreja Católica. As beatas da cidade tinham uma organização religiosa chamada Irmandade Rosa dos Ventos, qu...