Agora é Tudo ou Nada.

5 anos atras...

Aquela era minha chance. Eu não poderia deixar passar!! Enquanto puxava Amanda para que andasse mais rápido, ia ao mesmo tempo tentando manter a calma, mas, estava cada vez mais difícil.

- Isabelly, você tem certeza que quer realmente fazer isso? - olho para Amanda que me olhava com os os olhos cerrados como se eu fosse uma lunática e não sua melhor amiga- Você sabe os riscos que estamos correndo?

Eu paro na hora. Não gosto de agir assim, mas, Amanda estava me obrigando a apelar para o drama.

- Lembra quando tinhamos 15 anos e você pegou o carro dos seus pais e bateu com ele? Você se lembra quem assumiu a culpa por você?

É eu sabia que era jogo baixo, mas, não tinha outra forma. A minha felicidade dependia disso tudo e eu iria lutar por ela! Continuo sem alterar o tom baixo mas inflexível de voz.

- Ou ainda quando você decidiu que seguiria aquele Hippie e inventou para os nossos pais que fariamos uma viajem para"espairecer" antes de voltar as aulas? Você se lembra que eu tive que ficar trancada em um hotel por 3 dias, praticamente vivendo de pão para que pudesse ser feita a tua vontade, Amanda?

Noto como ela fica pálida e respira profundamente.

- Todas as vezes que você precisou, eu estava ao seu lado. Preciso do teu apoio agora. Eu sei que parece locura, mas Eu amo esse homem! Nao interessa, eu vou fazer o que for preciso!

Pronto falei!

Amanda troca o pesso do corpo hora em um pé, hora no outro. Ela realmente fazia isso quando estava nervosa e ver minha amiga assim era muito diferente do normal. Seguro sua mão e tento faze la entender o que estou sentindo.

- Lute comigo, Amanda. Eu juro que preciso do seu apoio agora.

Ela olha para mim pensativa e um segundo depois ergue o queixo como se fosse enfrentar uma batalha.

-Ta certo, amiga. Se é esse homem que você quer, é esse homem que você terá. Só vamos sair rápido daqui, porque, não estou gostando do ambiente.

Olhamos em volta do bar com receio e cautela. As pessoas nos olhavam com curiosidade. Com certeza não era muito normal ver uma garota vestida de noiva e outra de caipira por ali. Chamo a atenção de uma mulher que vem em minha direção e pergunto

- Desculpe, onde encontro o Marcos? -a mulher me olha como que me avaliando e logo aponta para algumas mesas a frente- Vou chama lo para você.

Agradeço e aguardamos, enquanto, observo a garota passar entre a multidão que se juntava na pista de dança. Não demora muito e um homem baixo, com o rosto queimado de sol e algumas tatuagens pelos braços aparece.

-O que as garotas querem? - Ele nos olha interessado e desconfiado.

Tomo a palavra já que, Amanda resolveu ficar muda pela primeira vez em 15 anos.

-Gostariamos de algo que mantenha uma pessoa meio que aérea por um certo tempo. - Vou logo dizendo, antes que perca a coragem. -Nada que possa fazer mal!

-Vocês são da polícia ou algo assim? Quem mandou vocês aqui? - Pergunta desconfiado e apreensivo.

-Moço, olha bem pra gente. Por acaso você está vendo alguma arma ou alguma daquelas coisas que políciais usam? - ouço Amanda retrucar. Com certeza no meio de tanto pano que é o meu vestido, daria para esconder uma, mas me calo não querendo perder mais tempo.

-Estamos com pouco tempo, então, se você não puder ajudar poderia indicar alguém que nos arrume algo do tipo?- Pergunto olhando em seus olhos.

-Calma garotas, são só perguntas que eu tenho que fazer. Preservar a imagem, sabem como é. - ele olha em volta e ergue as sonbrancelhas- Por acaso, tenho algo do tipo. Vou buscar.

Ele não demora e logo aparece com algo na mãos. Pegamos o produto, pagamos e voltamos rapidamente para o taxi que estava nos aguardado. Antes de entrarmos, recebemos do taxista um olhar de reprovação, o que faz com que Amanda gire os olhos. Sabemos o que ele estava pensando.

Assim que voltamos para a festa procuramos algo para beber e disfarçar. Para não dar erro conversamos um pouco com alguns amigos. Temos que esperar o momento certo para por o plano em ação. Guardei o remédio no sutien e decidimos ir para a pista de dança, enquanto, eu o procuro na multidão.

O vejo no mesmo lugar que antes.

Como aquele homem era lindo! O poder que ele tinha de me fazer esquecer tudo com sua presença era surpreendente. Seus cabelos negros, brilhavam de acordo com a luz que era jogado sobre ele. Estava vestido um terno impecável que o diferenciava ainda mais de todos ali. Várias garotas haviam se aproximado, mas, ele não tinha dado atenção a nenhuma delas. Agora ele olhava fixamente para o celular nas mãos e eu podia notar, mesmo a distância que, seus olhos brilhavam com algo como desgosto e repugnância.

Fecho meus proprios olhos e me deixo levar pela batida da musica. Os garotos ali não ousavam chegar perto de mim, pois, sabiam que eu não daria atenção a eles. Tinha olhos apenas para uma pessoa e não o perderia por nada. Logo ganho um cutucão de Amanda que exclama:

- Isabelly, o copo dele esta quase vazio. Vamos! - Sigo seus olhos e noto que realmente era verdade. Quando estavamos saindo, sinto o corpo de Amanda ficar tenso ao meu lado como se estivesse pronta para uma briga e ouço sua voz de desgosto- Que inferno! Estava demorando!

Tento entender o motivo de sua revolta, mas, um segundo depois um perfume masculino invade meu nariz.

Vincent. Aah, não!

- Dança comigo- ouço sua voz proxima ao meu ouvido e sinto seu corpo muito perto do meu.

-É claro que não, Vincent! Você sabe que Isabelly não te daria atenção nem que você fosse o ultimo homem do mundo.

Amanda sai me arrastando, mas, eu ainda posso sentir a furia de Vincent.

Seguimos para um canto e ficamos observando, enquanto, Lorenzo vira o copo de bebida em um unico gole e chama o garcom.

- Realmente é agora, Isa. Temos que ser rápidas, ok? -mesmo a musica estando alta, Amanda susurra e olha para os lados enquanto fala -Não vai enrolar ou ficar com medo. Chegamos até aqui e vamos em frente.

- Então para de falar que você está me deixando nervosa, Amanda!- retruco para ela- Vamos!

Eu sabia que era algo completamente errado e que talvez a consequência seria pesada demais caso tudo fosse descoberto, mas, eu não me importava. Queria aquele homem como nunca quis nada em minha vida e por esse amor eu correria o risco.