A escolha da cabana pt. 2🎈

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"Crianças psicóticas, elas não sabem o que querem
Crianças psicóticas, nós temos que mantê - las sobre controle
Derrube um secador de cabelo na minha banheira
Choques como esse me fazem rir
É divertido rir quando você está triste"

|Para melhor leitura, clique sobre a música na mídia|

***

A cabana é parecida com a de Xao Chin, porte médio, feita de madeira e com duas janelas laterais, mas parece abandonada.
Exceto pelos balões coloridos que estão amarrados no corrimão esquerdo e direito. Subo os quatro degraus, o peso da pistola em minha mão é reconfortante, Jin se aproxima e bate na porta com o punho. O som alto parece reverberar por toda a floresta.

— Departamento de polícia Seul's crimes! — anuncia com a boca próxima a madeira. — Estamos à procura de Kim Taehyung, acusado de assassinato e sequestro, temos autorização do governo para vasculhar as casas desta área. — ele troca um olhar comigo. — Abra a porta ou entraremos!

Quase espero que a porta abra sozinha, a madeira chiando pelo tempo igual a um filme de terror. Mas nada acontece.

Jin bate outra vez e repete o mesmo discurso, trocamos um olhar novamente e assumimos nossa posição. Jin na frente, eu um pouco mais atrás e Yoongi em um dos degraus.

Seokjin toma impulso e quebra o trinco da porta com uma forte coronhada, a violência do golpe faz com que a porta abra. Jin se abaixa rapidamente, minha arma já está apontada para o que quer que saia daquela direção, ou seja, nada.

Tiro a lanterna do bolso equilibrando entre meus dedos, sem soltar a pistola, adentramos o lugar lentamente. Dessa vez, vou na frente.

O cômodo escuro é praticamente vazio. Aponto o facho da lanterna em volta. Há apenas um pequeno sofá perto da parede e ao seu lado uma televisão pequena se encontra desligada.

— Por aqui. — aponto para o corredor silencioso. Jin toca meu ombro em um sinal de que está logo atrás.

Há uma porta na metade do corredor. Sem emitir som, sinalizo para Jin abrí-la. Minha respiração soa alta naquele estreito espaço. Eu não deveria estar com medo, não quando tenho quase certeza que ele não estará aqui, além do mais, estamos em três.

Mas em quantos ele está?

Repetindo o mesmo processo de antes, Jin abre a porta enquanto dou cobertura. Passo a lanterna em volta, mas é apenas um espaço vazio. O chão está cheio de poeira que voa sobre a luz da lanterna.

Yoongi checa o lugar mais uma vez, depois de não encontrarmos nada, passamos para o outro quarto mais a frente. Estamos prontos para fazer o mesmo esquema quando ouço um barulho de buzina. É baixo e parece vir de longe, provavelmente não poderia ser ouvido, mas o ambiente encontra-se em total silêncio e tensão que o som não passa despercebido por mim.

— Estão ouvindo? — sussurro. Os dois policiais olham pra mim. Jin chega a abrir a boca, mas ponho o dedo em meus lábios indicando silêncio.

Ouvimos o som agourento de uma buzina distante ser tocada incansavelmente. Agora tenho certeza.

— Isso é uma buzina? — diz Yoongi coçando a nuca. — Ou o alarme da minha viatura? Alguém está tentando roubar aquela porra?! — diz já dando passos furiosos para fora da casa.

— Yoongi, volte! — Jin tira a lanterna da minha mão e o segue.

E então me encontro sozinho. Minha respiração soa tão alta que parece que alguém respira comigo. Esse pensamento me causa arrepios. O corredor está praticamente escuro, apenas a luz vinda da porta aberta ilumina o lugar. Perco Jin de vista, que desaparece atrás de algumas árvores. Bela hora de se separar.

ᴄʜᴏɪᴄᴇs | sᴘɪɴ-ᴏғғ | + ᴋᴛʜ Onde histórias criam vida. Descubra agora