*Colors For Jennie * ShortFic *Jenlisa*

VIII- Laranja

"Querida Nini

Eu te envio mais uma das cartas bobas de alguém que sonha em te ver sorrindo mais vezes. Laranja é uma bela cor certo? Lembra calor, quente, diversão e lembra de certa forma seu sorriso, seus olhos e seu rosto. Laranja me lembra alegria. Eu tenho a minha maior alegria em te observar todos os dias, mesmo que de longe. Laranja é uma bela cor. Porém não tão bela quanto o seu sorriso. Sorria mais para mim Nini, sorria mais para si e para os outros, mostre como o seu belo sorriso é lindo.
A foto é algo que eu achei no soltão, pareciam bonitos, especiais e interessantes. Parece repetitivo mas também me lembra sua linda áurea.

Sorria mais. L/M"

Poderia parecer clichê, idiota e bobo mas Jennie não ligava. A tempos não ligava para mais nada além das cartas que tocavam em seu coração pequeno e frágil. Se sentir especial era a melhor sensação que ela já havia experimentado, era como algo novo, como está sendo protegida e zelada. Ela se sentia tão feliz que poderia sair pulando pelos corredores, poderia sair gritando toda a sua felicidade para que todos soubessem.

Andava pelos corredores atraindo olhares estranhos e engraçados ao seu vê. Olhares de pessoas espantadas ao vê-la andando no corredor tão feliz e leve, como se uma explosão de cores saísse de si a cada passo. Um sorriso que nunca ninguém havia a visto dar, um sorriso que arrancaria qualquer outro sorriso.

E isso havia acontecido. Jennie andava tão calma, tão feliz que mal se importava com os olhares ou as pessoas, sua alegria era grande o suficiente para fazê-la andar em pequenos pulinhos. Não se importava nem em passar despercebida. Apenas queria demostrar sua felicidade tão grande, tão brilhante, tão pura e genuína. Seus olhos pousaram no entanto no rosto que a olhava a alguns segundos de onde estava.

Parar a caminhada foi imediato. Seu corpo estático parado no meio do corredor era empurrado por adolescentes eufóricos e mal educados mas ela não se importava. Seu corpo não recebia mais nenhum comando de seu cérebro, seus movimentos pareciam congelados ao avistar o rosto tão conhecido e ao mesmo tempo tão desconhecido a encarando entre as pessoas. Seus olhos brilhantes a chamaram como pequenas constelações.

O resto era apenas resto ao seu redor, tudo era em câmera lenta e desfocado. Era tão ridículo que parecia mais uma cena de algum filme clichê adolescente, mas ela não poderia evitar encarar a sua frente a pessoa mais bonita que poderia existir.

Lalisa Manoban a olhava e isso parecia tão surreal. O tempo parecia caminhar mais devagar, alguns minutos pareciam horas ao olhá-la e ao fazê-lo mais e mais em um instante algo cresceu em seu lábios. Um lindo sorriso que se destacava mesmo com sua camiseta laranja, um sorriso que fez seus coração parar por segundos antes de pulsar rápido e descontrolado.

Aquilo não seria amor, seria?
Mas ela não estava preocupada era apenas algo bobo e passageiro.

Como laranja nos tornamos mais felizes juntas. Seus olhos cintilantes, seu sorriso vacilante. Eles queimaram o frescor, a quentura a mais pura e ingênua felicidade.