A Minha Professora é uma Vampira

I - O Estágio

10 De Novembro De 1820

Hoje começa o meu primeiro dia de trabalho, vou estagiar para a universidade, pela primeira vez vou dar uma aula que seja mesmo minha. Cheguei a universidade pelas 7:30 da manhã, estou nervosa como hei-de encarar os meus alunos? Será que eles vão gostar da minha maneira de ser?

Entro na sala, é grande, em forma de anfiteatro. Os alunos começam a entrar, o ambiente começa a ficar tenso e começam a sentar-se aleatoriamente.

Forma-se um silêncio constrangedor, e aí eu decido quebra-lo:

"- Bom dia a todos, chamo-me Marie e vou ser vossa professora de Filosofia peço-vos a todos que escrevam num papel os vossos nomes e ponham sobre a mesa."

Ouve-se um rasgar de folhas, começa uma agitação por parte dos alunos. Reparo nas caras dos alunos um a um, uns com cara de sono, outros com cara de quem esta aqui por obrigação... De repente começo a ver os nomes a surgir: Xavier, Afonso, Tiara, Damon, ... Comecei a aula:

"- Bem agora que já tenho os vossos nomes, pergunto-vos, o que é a Filosofia para vocês?"

Destaca-se um aluno que levanta o braço:

"- Damon, pode falar." Digo após observar o seu nome no pequeno papel em cima da mesa.

"- É o estudo de problemas fundamentais relacionados á existência, ao conhecimento, á mente e á linguagem ou seja questionamos-mos a nós próprios sobre certos assuntos."

A campainha tocou impedindo-me de obter uma reacção, todos se levantam rapidamente saindo a correr da sala, todos menos o Damon que arrumava as coisas lentamente. Enquanto metia os meus livros na mala pensava em como ele obterá aquela resposta tão rapidamente e como fora tão preciso. Direccionei o meu olhar para o seu lugar mas ele já não se encontrava lá, que estranho nem dei pela sua saída.

Preparo-me para sair da sala, mas assim que me viro dou um pequeno salto como se tivesse tido um pequeno ataque cardíaco. "Damon..." murmuro ao observa-lo a milímetros de mim.

"- Professora Marie, queria saber se me poderia dar uma ajuda a filosofia, tenho muitas dificuldades em percebe-la."

Arregalo um pouco os olhos, surpresa com o que Damon acabara de dizer tendo em conta a resposta que dera na minha aula.

"- Claro Damon mas não acho que será necessário, esclareceste tão bem o significado de Filosofia que acredito que para ti Filosofia seja fácil."

De seguida Damon responde olhando-me nos olhos, tornando o momento um pouco intenso:

"- Mas professora, a Filosofia é como uma carta de amor, simples, e como o sentimento, complexo, deixando-a num misto de emoções, que a tornam bela."

"Uau", penso para mim - " Este rapaz..."

"- Então está bem, depois combinamos o sitio e as horas. Até amanhã Damon."

"- Até amanhã."

Dirijo-me a saída da escola, olhando em redor procurando o meu carro, pois não me lembrava de onde o tinha estacionado. Após o avistar aproximo-me do mesmo entro e conduzo até casa.

Entro em casa ainda surpreendida com o meu primeiro dia, não esquecia aquele misterioso e estranho Damon. A pensar nele vejo em cima da mesa um papel ao qual não me lembro de o lá deixar. Aproximo-me e vejo uma carta com o nome: "Damon".