A Fraternidade XIII

Capítulo I

Apenas mais um dia comum na cidade de Boden, na Suécia. Fred, que sempre saía para estudar pelas manhãs, agora descansa no sofá da sala e tira proveito das suas tão esperadas férias de fim de ano. Sua mãe, que antes trabalhava em uma grande multinacional, agora vive em casa, cuidando do seu merecido descanso e curtindo a aposentadoria.

Ao ver a mãe voltar da cozinha, onde preparava o café da manhã para o filho, Fred pergunta - Mãe, você viu o Thresh hoje? Ele ainda não comeu o lanche dele!

Rose logo responde - Não, estava ocupada terminando de fazer o café da manhã e tentando ligar para o Roque, ele anda um pouco sumido ultimamente, quase não liga mais.

- É normal, mamãe. Ele começou a trabalhar no seu novo emprego há pouco tempo. E, além disso, tem o Max e o Rangel. A senhora sabe que nas férias as crianças ficam mais agitadas do que nunca, e que Margareth também tem o emprego dela, logo, eles dois têm que se revesar para cuidar dos meninos.

- Verdade, filho. Talvez eu esteja sendo um pouco egoísta com ele. Mas uma ligação de vez em quando não custa nada.

- Tenha calma, mãe. Ele vai ligar!

- Assim espero, filho.

Roque é o seu filho mais velho, que há pouco tempo morava na cidade, próximo da família, mas agora vive em Sundsvall, com sua esposa e seus dois filhos. A mudança ocorrera devido à grande oportunidade de emprego que surgira, e principalmente devido às pressões da esposa Margareth para ficar mais próxima da sua família, que reside na cidade portuária de Härnösand, que fica a 52 quilômetros de Sundsvall, assim ela poderia visitá-los com mais frequência. Seus dois filhos, Max e Rangel, adoravam o clima e a vegetação de Sundsvall, brincavam no parque da cidade sempre quando Margareth permitia. A mãe era um tanto protetora, já Roque, apesar de amar os filhos, era um homem que sonhava em ascender financeiramente, o que acabava levando ele a assumir uma posição mais distante da infância dos filhos, e mais próxima do trabalho.