Capitulo I - Inglor

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O conselho élfico estava todo reunido no Palácio.
Talanrassë é conhecida por ser uma das mais belas terras de toda sociedade élfica, erguida através grandes monumentos que se sobressaem e retratam a história de peregrinação e descoberta do seu povo.

Por ser localizada acima das montanhas é conhecida por muitos como a grande fortaleza dos céus, pedras em esmeralda e diamantes de diferentes cores deixam um toque de beleza e sutileza em cada parte de Talanrassë.

Adentrando ao palácio, podemos ver grandes esculturas e jardins suspensos lindíssimos sobre a história dos sábios e guerreiros de Talanrassë. Chegamos ao salão do conselho, uma sala elegante com uma grande mesa triangular no centro, nas paredes, bandeiras representando cada uma das raças élficas de Talanrassë.

Hidrad utilizavam como símbolo a runa élfica Cython que representava sabedoria.

Mongar utilizavam como símbolo a runa élfica Lecai que representava coragem.

Soun utilizavam como símbolo a runa élfica Charoi que representava força.

Os sábios já estavam todos reunidos, para discutir sobre o grande avanço que estavam prestes a mudar o conceito de evolução até hoje visto dentre suas gerações.

O primeiro a falar é Aldúm dos Hidrad:

Aldúm era um dos membros mais velhos do conselho, elfo alto de cabelos escuros, olhos negros. Sua túnica ressaltava seu posto de sábio, detalhes em prata com um símbolo dos Hidrad em preto.

— Nos reunimos aqui para discutir o início dos testes sobre a unificação de nossas raças. Após anos de pesquisa, consegui desenvolver um ritual mágico de unificação que pode funcionar, mas só teremos apenas uma única chance de sucesso, pois este processo de unificação utilizará de muita energia mágica de nosso reino para ser concluído.

Como os elfos de Talanrassë são seres de extrema sabedoria e a frentes de seu tempo, era justo que um dia eles chegariam a esta decisão, mas eles não contavam que uma ameaça estava mais próxima do que eles imaginavam.

O segundo a se pronunciar foi o sábio de Mongar:

Torus, um elfo corajoso e sábio dos Mongar, tinha quase a mesma idade de Aldúm porém alguns séculos mais novo, possuí cabelos dourados e olhos verdes. Sua armadura era leve e forjada em couro com escamas de dragão, típica dos Mongar para facilitar sua mobilidade em batalha.

— Aldúm, este será um grande passo para o nosso reino de Talanrassë. A unificação de nossas forças para criação de uma raça superior, será o futuro para evolução de nossa sociedade, nos diga cada detalhe para o ritual.

Após o pronunciamento de Torus, Sibila dos Soun foi a próxima:

Sibila, uma elfa de cabelos brancos e olhos azuis, com lindas tatuagens desenhadas em seu rosto, marca registrada dos Soun, forte e de grande habilidade na forja de armas élficas, sendo conhecida por toda Talanrassë, pela perfeição e detalhes no manuseio de artes mágicas para tal.

Era a mais jovem do conselho, se tornando sábia representante do conselho após o desaparecimento de seu pai Sonir, que desapareceu após partir em peregrinação pela terra de Talanrassë, desde então, Sibila assumiu seu posto, em honraria a seu pai.

Sua armadura era pesada e com detalhes em branco e verde, se percebia a perfeição em cada ponto de sua armadura, parecendo que tinha sido feita por mãos de fada.

— Aldúm e Torus, compreendo o anseio de todos em relação a unificação de nossa raça e acredito que de certa forma este será o futuro para o nosso presente, mas, quais são os riscos deste ritual de unificação?

O sábio então responde:

— Sibila de acordo com as minhas probabilidades, acredito que este ritual de unificação acabe gerando uma anomalia com Malinornë.

Malinornë é o conceito de ligação magica dos elfos com sua terra, cada raça possuía está ligação de forma diferente. Ao juntar todas as forças poderia gerar uma ligação jamais vista em toda Talanrassë.

— Para isto vamos precisar de alguns objetos de contenção mágica, para caso ocorra algum problema — disse o sábio.

— Aldúm..., acredito que tenhamos que pensar melhor nestes riscos, podemos colocar nosso povo em perigo — respondeu a sábia um pouco pensativa.

— É impossível pensar na unificação sem uma forma de correr riscos, para que o nosso povo possa evoluir e nos proteger de futuras adversidades, riscos são necessários — disse o sábio Torus.

Sibila e Torus, eu venho pesquisando e desenvolvendo este ritual durante anos, consegui concluir boa parte das probabilidades de sucesso, com os artefatos que venho coletando durante todo este tempo sobre nossas raças, a probabilidade de sucesso é de noventa e cinco por cento – responde o sábio Hidrad.

O sábio Hidrad mal sabia que por causa daqueles cinco por cento muita coisa poderia dar errado, ao menos isto ele não previu.

— Como se trata de um processo delicado envolvendo a unificação, preciso do consentimento de todos, para detalhar as tarefas de cada um daqui para frente.

Torus e Sibila estavam pensativos, eles tinham completa confiança nas palavras de Aldúm pois além de ser o membro mais velho do conselho, não existia outro sábio com tamanha habilidade nas artes mágicas e rituais como ele.

Após algumas horas de discussão o conselho enfim chega a uma conclusão.

— Eu Torus, sábio dos Mongar portador da coragem, concordo com a unificação.

— Eu Sibila, sábia dos Soun e portadora da força concordo, com a unificação.

— Eu Aldúm, sábio dos Hidrad e portador da sabedoria, concordo com a unificação.

Diante da palavra de todos o primeiro item do ritual de unificação foi selado.

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