Capitulo II - Eöl

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Alguns meses se passaram e tarefas foram definidas para cada um dos membros do conselho. Aldúm, ficou encarregado de preparar os glifos élficos para o ritual.

Os glifos élficos, são escritas mágicas de Talanrassë utilizadas para desenvolvimento de novas runas e rituais mágicos, como agora se tratava de um ritual extremamente complexo, Aldúm precisou de alguns meses para desenvolver corretamente os glifos de forma perfeita para o ritual.

Torus ficou encarregado de treinar novos soldados para a guarda e segurança do local, caso alguma coisa desse de errado.

Talanrassë possuía sua guarda do conselho e soldados para proteger a população de possíveis adversidades, durante séculos nunca foi registrado nenhum tipo de ataque ou roubo em Talanrassë, por ser uma sociedade pacífica e evoluída a educação era um de seus principais pilares, sendo passada de geração a geração. Todos elfos respeitavam seus mentores, desigualdade e qualquer tipo de preconceito era considerado um retrocesso para história e evolução de seu povo.

Sibila ficou responsável por forjar novas armas e os equipamentos mágicos de contenção para Aldúm. Sempre habilidosa e precisa na arte da forja de armas élficas e equipamentos mágicos.

Os Soun eram conhecidos por serem extremamente habilidosos nessa arte, mas Sibila se destaca entre eles sendo a mais habilidosa em manusear tais equipamentos, era conhecida como Sibila mãos de fada, cada arma forjada por ela emitia uma onda de magia e se tornava tão leve ao manusear que parecia ter sido feita pelos Deuses.

— Aldúm, estou com dificuldades em entender este item de contenção que você solicitou. Até hoje nunca vi nada que precisa se desta quantidade de poder, meus forjadores estão exaustos. — Disse a sabia Soun já cansada.

— Realmente Sibila, tive que projetar cada um destes item para aguentar uma quantidade magica imensa de Malinornë, por isto eles devem ser forjados com esta quantidade absurda de magia. Veja, é aqui que você deve aplicar os itens que lhe pedi, acredito que desta forma no momento da forja exigirá menos de seus forjadores — O sábio Hidrad apesar de não ter o mesmo conhecimento na arte da forja, não ficava atrás quando se tratava de questões mágicas.

— Obrigado Aldúm, irei informar aos meus forjadores, até o pôr do Sol lhe entrego o último item para o ritual. — A sábia então retorna a sua torre de forja.

Eis que chega o grande dia, o sol está nascendo em toda Talanrassë e todos do conselho estão a postos no salão central do palácio.

Torus, está de guarda na entrada do palácio do conselho, com seus soldados formando um cordão de isolamento para segurança de todos ali presentes. Sibila, está com Aldúm no grande salão, terminando de ajudá-lo a colocar os objetos em seu devido lugar, para que nada dê errado. Aldúm, verifica todos os glifos e a ordem dos objetos ao redor do círculo de magia.

— Aldúm estamos prontos para começar o ritual de unificação? — Pergunta a sábia Soun.

— Sibila, estamos quase prontos, vamos aguardar apenas o sol atingir seu ponto mais alto, assim podemos começar o ritual de unificação, precisamos que todos estejam em seus postos e aguardem minha ordem de início, preciso que todos se mantenham calmos pois será um momento muito delicado para todos nós. — O sábio Hidrad estava terminando de alinhar um dos últimos itens.

Sibila um pouco aflita com a resposta de Aldúm responde:

— Tudo bem Aldúm, vou informar a Torus que estamos quase prontos para o início.

Sibila então segue até a entrada do Palácio, onde Torus estava alinhando a formação dos soldados para segurança de pontos estratégicos do palácio.

— Finir, quero que você lidere o pelotão leste do palácio, Hilda vá para o lado Sul e Guildarin para o lado Oeste. Eu cuidarei do lado norte com o meu pelotão — disse Torus.

— Torus, os preparativos para início do ritual de unificação estão quase prontos — disse Sibila — Torus, ficarei junto com Aldúm na sala do ritual, qualquer problema nos informe.

O Sol já estava quase atingindo o meio dia quando Aldúm indagou.

— Vamos começar o ritual! — Todos a postos — começou a ordenar o sábio Hidrad.

Então o sábio começa a proferir as palavras mágicas escritas em seu grimório.

(— Hidrad, Soun e Mongar — Sabedoria, Força e Coragem — Da harmonia nós vivemos e o equilíbrio do mundo compreendemos — Unificar nossas forças nós queremos, para um novo ser se tornar o futuro de onde vivemos

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(— Hidrad, Soun e Mongar — Sabedoria, Força e Coragem — Da harmonia nós vivemos e o equilíbrio do mundo compreendemos — Unificar nossas forças nós queremos, para um novo ser se tornar o futuro de onde vivemos.)

Trovões começam a se formar e todo palácio começa a estremecer de forma estrondosa.

— Parece que acordamos algo – disse Aldúm se segurando entre as paredes do grande salão.

Uma luz forte começa a se formar no centro do salão do ritual, Sibila e Aldúm começam a olhar de forma fixa sem ao menos piscar.

— Esta luz está emanando uma força que eu jamais senti antes, parece que estamos completamente conectados com Malinornë — Aldúm estava aflito, pois os equipamentos de contenção começavam a chegar no seu limite.

A luz começou a emitir uma ressonância cada vez mais forte, até chegar a seu ápice.

— SIBILA, ESTA LUZ VAI EXPLODIR!!! — Sem pensar o sábio Hidrad dá um grito.

Aldúm estava perto para ser atingido pela explosão, em fração de segundos Sibila aparece e joga Aldúm para longe do ponto de impacto.

— SIBILA!!!!!!! — O sábio Hidrad dá um grito que ecoa em todo salão.

Quando a luz se dispersa, Sibila está caída no centro do salão onde a luz havia se iniciado. Torus, neste momento entra no salão, perguntando a todos o que havia acontecido.

— Aldúm o que houve? — Quando os trovões começaram a aparecer e o chão a estremecer, eu mobilizei meu esquadrão para verificar se todos estavam bem — O que houve com Sibila? — O sábio Mongar estava espantado com tudo que aconteceu.

Aldúm mal sabia o que dizer, porém algo lhe dizia que o ritual havia sido completado.

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