panicked gay attacks again, but with kisses

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Eddie sorriu, e no puro pânico que Richie se encontrava, não conseguiu identificar o que aquilo queria dizer. Ele estava sorrindo por que? Felicidade? Cinismo? Desespero? Richie não sabia dizer, mesmo que o sorriso fofo de Eddie fosse óbvio e seus olhos brilhassem como se estivesse ele tivesse guardado o céu noturno inteiro dentro de suas íris.

E Richie não sabia dizer o que Eddie sentia.

-Por que você está sorrindo desse jeito?

-Você é muito otário com sentimentos, Richie. -Ele se preparou para rebater, mas Eddie se aproximou rápido demais, dando um rápido beijinho em Richie. -Mas eu também gosto de você.

Eddie sentou na cadeira de volta, sorrindo bobo e com as bochechas rosadas, já Richie estava prestes a soltar fogo pelas orelhas de tanta vergonha. Sentia como se estivesse derretendo e virando geleia, não tinha certeza se estava sonhando ou Eddie tinha mesmo acabado de confessar que seus sentimentos eram recíprocos e lhe dado um beijinho.

Os óculos de Richie começaram a embaçar.

-Eds, você fez isso mesmo ou eu estou alucinando? -Conseguiu dizer com muito esforço, tentando segurar a alma no corpo.

-Sim, Richie, eu fiz. -Ele riu e deu mais um beijinho no garoto. -E posso fazer mais vezes.

O jeito que os dois estavam agindo como duas crianças de dez anos era engraçado, morrendo de vergonha um do outro, completamente derretido e dando apenas alguns selinhos.

-Mais quantas vezes?

-Quantas você quiser.

-Você realmente gosta de mim?

-Não. -Eddie fechou a cara e segurou firme na mão de Richie, que estava suada. -Eu não gosto de você Richie, eu 'tô aqui, te beijando e me declarando e não, não gosto não.

-A ignorância. -Richie riu, puxando o garoto para perto, deixando-o meio sentado na sua coxa e meio apoiado pela perna. -Mas é sério mesmo?

-Richard, pelo amor de Deus. -Tinha um tom de impaciência óbvio, mas era notável o tom de divertimento também. -É óbvio que sim, há muito tempo. E sempre soube que você gostava de mim também, só não queria forçar você a sair do armário, mas você saiu hoje, então aqui estamos.

Richie sorriu, tirou os óculos, mal conseguia ver Eddie, a hipermetropia não permitia, via só um grande borrão, muito similar ao amor de sua vida.

O segurou pelas bochechas e deu-lhe mais um beijo, não era perfeito, era um beijo desengonçado, nenhum deles sabia bem o que fazer. Eddie nunca havia beijado, só selinhos, e Richie havia beijado apenas uma vez, Beverly, ela ainda achava que gostava de garotos e ele estava preocupado de não saber beijar, ela resolveu tentar ensina-lo.

Porém, isso não mudou nada, eles ainda eram desengonçados. Sem mencionar o fator nervosismo que estava esmagando os dois. Richie estava com medo de suas mãos estarem suando muito e molharem as bochechas de Eddie. Esse tinha medo de estar esmagando os ombros do outro, onde segurava -e ele estava.

Olharam um nos olhos do outro, Eddie sorriu largo, espremendo os olhinhos, Richie deu uma risada, mal acreditando que aquilo era real. Desligaram a TV, guardaram o resto da pizza, jogaram fora a garrafa de Coca e subiram de volta para o quarto de Richie. Eddie mandou a mensagem para sua mãe, falando que iria dormir na casa de Bill, junto com Stan, em seguida avisando os dois da mentira d colocou o celular no mudo. voltou a abraçar Richie, que estava na ponta da cama.

-E se seus pais chegarem? -Sentou-se ao seu lado, segurando sua mão e mexendo em seus dedos. -Não tem problema?

-Não estamos fazendo nada. -Abraçou o garoto e se jogaram na cama. -Até onde eu sei, com dezesseis anos ainda se pode abraçar o amigo sem soar gay para os pais.

Boys Boys Boys // ReddieOnde histórias criam vida. Descubra agora