Escócia, verão de 1877, em algum lugar da floresta
- Eu fiz alguma coisa errada? - Perguntou Ambrose apreensivo. Ele era um doce menino de 12 anos, mas a preocupação no rosto de sua mãe o estava deixando aflito .
- Não, criança. Mas haviam pessoas demais observando. Você já foi avisado de que nós não somos como as outras pessoas. Elas podem entende errado o seu dom.
O garotinho baixou a cabeça, envergonhado, desde que Ynys Ambrose começou a fazer mágicas, o jovem garoto ficou encantando, e, na inocência, ansiava mostrar para todas as pessoas como era incrível. O que ele não sabia era do perigo. Perigo esse causado pela estupidez humana e pela ignorância da pessoas.
-Sinto muito mamãe. Não acontecerá de novo.
Magot, uma bela ruiva, que transferiu para o filho toda seu encantamento e beleza, se ajoelhou e ergueu o rostinho da criança.
- Não quero que você sinta, nem se esconda, eu só preciso que seja mais precavido. Mamãe já te disse que você é um garotinho muito especial. Especial por vários motivos. Só que as pessoas podem não se dar conta do quão especial você é, entendeu? Elas podem interpretar de outra forma.
- Entendi. - disse Ambrose com os olhos brilhantes. Ele ficava todo orgulhoso quando sua mãe dizia o quanto ele era especial.
Ele e sua mãe viviam na floresta, junto com um pequeno clã. Eles podiam se dizer os renegados da sociedade. Ali, eles tinham paz e liberdade para viver tranquilamente, sem o julgamento e sem o falso moralismo que a sociedade impunha.
No pequeno clã existia de tudo, desde casais de homens, a marido que deixou a esposa pra viver com alguma dama da noite. Eles vivam de seus canteiros de ervas, era a principal fonte de renda. Pelo menos uma vez na semana, Magot pegava a única carroça velha, que era do uso de todos, e ia para Street Gardens, vender as ervas no mercado, para assim ganhar algumas moedas.
Nessa última inda ao mercado, aconteceu algo que deixou Magot apreensiva . Ambrose tinha amizade com um jovem garotinho que tinha o sonho de ser pirata. Com o passar do tempo, Ambrose sempre mostrava seus truques mágicos para o outro garoto. Magot não via problema nisso, até que um velha, que vendia maçãs podres naquele lugar úmido , apontou o dedo para Ambrósio. A sorte, é que a velha foi entendida como caduca, e o incidente passou despercebido. Mas Magot sabia que jamais voltaria a levar o filho para o mercado novamente. Ela já tinha muitos segredos que escondia da própria criança, segredo da vida dele inclusive. Ela não arriscaria perde-lo.
Eles viviam em um paraíso, quando chegaram na floresta, ninguém pergunto o porquê de uma jovem mãe estar sozinha com uma criança a tira colo, ela simplesmente foi aceita e bem vinda ao clã. Eles não tinham um nome. Eram conhecido como o clã. Ali, Magot usou todos seus conhecimentos em ervas, e logo passou a ser a curandeira do lugar, sabia que podia viver feliz e acima de tudo proteger seu filho naquele lugar.
- Eu só estava mostrado para meu amigo pirata o truque que aprendi com flores. - disse Ambrose com as mãos no bolso da calça surrada.
- Eu sei meu bem. Mas me prometa que isso não acontecerá de novo.
- Não posso promete mamãe, eu sonhei que é através da minha mágica que vou encontra meu príncipe.
Magot não ficou surpresa, ela, como sempre, sabia que seu filho era especial.
- Mas pra você encontra-lo, precisa estar bem. Por conta disso, decidi que não o levarei mais ao mercado.
- Isso não é justo! - Ambrose estava realmente bravo. - Meu melhor amigo está lá, a gente sempre fala dos nossos príncipes, ele diz que vai roubar o dele quando tiver um navio.
- Ambrose! - sua mãe tentou acalmar a criança. Em vão.
- Me deixa! - Ele saiu marchando bravo, para a pequena casa que dividia com a mãe.
Magot suspirou, e viu que, sorrateiramente, Úrsula a anciã e sábia do clã, se aproximava dela.
- Você se arrisca demais permitindo que Ambrose exiba seus dons para o mundo.
- Não seja exagerada Úrsula, ninguém além daquela velha viu. - respondeu Magot.
- Sim, mas isso gera comentários. E você sabe muito bem até aonde esses comentários levam.
Magot sentiu um frio tomar conta de todo seu corpo, sim ela sabia muito bem até aonde esse comentários levavam.
- Ele não fez nada errado, minha querida. Mas há aqueles que não vão entender.
- Então o proteja, ou do contrário irá perder seu filho.
Magot afirmou com um gesto de cabeça e saiu sentido à sua pequena casa. No caminho, passou pela macieira e pegou alguma maçãs, seu filho amava comer maçãs. E ela tinha esperança de conseguir aplacar a angústia do filho, por ele se afastar do amiguinho.
Ao entra pela porta da casa, ela lançou um olhar terno para seu pequeno que estava adormecido perto da lareira. Ele era tão lindo e inocente, não sabia o tamanho da crueldade das pessoas. E ali, silenciosamente Magot prometeu defender seu filhote, e guardar para sempre aqueles segredos.
🎩
Floresta da Escócia , verão de 1884
Não foi difícil pra Magot proteger seu menino como prometeu a si mesma, mas já dizia o velho e sábio ditado popular. Em algum momento, você precisa voar, e conhecer seu destino.
- Filho você tem certeza disso? - Magot estava apreensiva.
- Eu esperei por esse momento durante toda a minha vida mamãe . - disse o jovem Ambrose de 19 anos.
Magot sabia que seu filho falava a verdade. Durante todos esses anos, Ambrose ficou restrito somente à floresta. Sua mãe não arriscou mais levar o garoto ao mercado, claro que isso não abalou a amizade dele com o pequeno pirata, o garotinho durante todo esse tempo ia para a floresta aos domingos, para brincar com seu amigo mágico. Com o passar do tempo, Ambrose cresceu e se tornou um belo rapaz, de beleza exótica e olhos penetrantes. Se dependesse de Magot, ela guardaria a beleza e o segredo do filho para sempre. Mas isso não estava mais em suas mãos e sim nas do destino.
E foi o destino que fez o Circo Irmãos Fantásticos chegar à Escócia, e segundo Ambrósio, aquele circo não chegou ali por acaso, mas sim pra leva-lo até seu destino.
- Eu sei que esse circo me levará até meu destino mamãe, eu vou atrás dele. - Ambrósio colocou uma bela caixinha de músicas dentro de sua bolsa de lona Preta. Depois olhou pra mãe e acariciou suavemente o rosto dela. - Eu prometo regressar um dia.
Magot, com lágrimas nos olhos, sabia que esse dia poderia demorar muito, mas também sabia que não poderia impedir o filho de ir. Então, sem alternativa, ela precisava protege-lo, e para que isso acontecesse, ela teria que falar a verdade.
- Antes de ir filho, sente aqui. Precisamos conservar sobre algumas coisas importantes.
Oie genteeeeeeee, então é isso. O mágico chegou. Prometo tentar atualizar duas vez na semana. Beijos à todos e até a próxima.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Mágico De Verão ( Disponível Na Amazon)
Fiction HistoriqueEscócia, verão 1887. ( livro completo na Amazon ) Um intrépido e misterioso Mágico, E um Duque que escondia um segredo! Um verão na Escócia. Aodth MacBélgio, o Duque MacBélgio um milionário Escocês, dono de vastas terras e poderosa riqueza. Por tr...