Fred já havia saído do quarto quando acordei após aquela noite. Mas deixou-me um bilhete de agradecimento com uma observação sobre nunca mais me dar paz. Sorri e o guardei no bolso interno da mala.
Passei alguns minutos daquela manhã procurando pelos outros, descobrindo que nos reservaram um salão exclusivo para tomarmos café.
A porta fazia um ruído ligeiramente alto e os saltos de minha bota se chocavam freneticamente contra o chão. Freddie, quiçá o hotel inteiro, pôde me escutar adentrando aquele cômodo isolado e cheiroso. Hortelã.
Bri e Rog jogavam tênis numa quadra aos fundos do salão. Discutiam também, por conta das brincadeiras de mal gosto que um dirigia ao outro.
Sentia o olhar de Freddie queimando minhas costas enquanto eu pegava algumas torradas e café.
- O que somos, John? Eu preciso saber para ficar em paz.
- Uma noite apenas. É isso que somos.
- De desejo reprimido por muito tempo. - Retrucou.
- Tudo bem, está certo. O que você quer de nós?
- Eu não quero expor nada. Acho que não devemos satisfações. - Sorri diante da resposta. - Por que está sorrindo com esses olhinhos apertados?
- É que você fala as coisas que eu penso.
- Você pode ser menos carinhoso comigo hoje à noite? Mais canalha. - Assenti.
(...)
Envolvi seus cabelos negros em meus dedos, puxando sua cabeça para trás. Ele se encontrava de quatro na beirada da cama. E, obviamente, não estávamos rezando.
Encaixei os dedos indicador e médio em sua entrada. Penetrei. Seu gemido não foi nada contido. Inclinei-me sobre suas costas, sussurrando:
- Esse lugar não tem isolamento acústico.
- Encontre logo minha próstata, está doendo. Por favor. - Disse com a voz fraca.
- Você está implorando. Eu gosto. - Movimentei mais, procurando por seu ponto G. Fred encolheu os ombros e abafou seus ruídos no lençol. - Sua dor vai valer a pena.
- Por favor. Está me matando. - Beijei toda a extensão de suas costas e o estimulei.
- Ah, porra! Seu farsante, você já sabia onde estava. - Falava entre gemidos me fazendo sorrir.
Senti que seu corpo estava pronto para fazê-lo gozar, então retirei os dedos e lhe penetrei rapidamente.
Atingimos o ápice juntos.
(...)
- Por que Brian ganhou um microfone para fazer vocais de apoio e eu não? - Questionei enquanto ele se ocupava em explorar meu rosto com suas mãos. Traçava uma trajetória por cada parte mínima, mas meu nariz parecia ser sua parte predileta após as sobrancelhas.
-Porque eu estou dividindo meu microfone contigo.
Estávamos dividindo. Especialmente em "Liar". O danado fazia questão de se aproximar bastante.
- As pessoas podem suspeitar, Freddie.
- Ninguém nunca vai acreditar no que dizem. Mas sua calça apertada evidencia bastante certas excitações. - Sorriu. Gargalhei.
- São consequências.
Voltamos para nossos quartos antes que qualquer um acordasse.
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Virgo.
FanfictionO romance proibido que, no fundo ou escancaradamente, sonhamos em ter acontecido de fato.