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Pov. Matt

Após um maluco ter pulado em cima de mim e eu ter estourado a cara dele, entro no elevador e bem pleno com o canto da boca cortada e o jaleco sujo com o sangue do babaca, sorrio para as pessoas que me encarava e ando para o estacionamento.

Caminho até me distanciar da vista de todos e me sento no chão acendendo meu beck. Sim, eu havia começado a usar maconha, isso foi no mês passado quando percebi que ela ajudava a esquecer metade dos problemas e tudo o que eu precisava era esquecer isso

Trago um pouco dele e fecho os olhos jogando a cabeça para trás e soltando a fumaça

- oi-- ouço um baixo comprimento vindo de uma doce voz. Não acredito que ela está aqui, abro meus olhos e confirmo que era quem eu pensava ser. Júlia me olhava envergonhada

-- oii-- respondo mutuamente

-- posso?-- ela aponta para meu lado, torno a virar para frente e após pensar um pouco percebi que tinha muito o que perguntar a ela, então assinto e ela se senta no chão ao meu lado

-- por que você voltou?-- pergunto a ela amargurado, por mais difícil que fosse eu já estava a superando, superando a depressão e a crise de ansiedade que tinha todas as noites e do nada ela volta fazendo-me possivelmente ter uma recaída

-- é algo particular..-- responde ela

-- porquê veio me procurar depois de tanto tempo sem sinal de vida? -- eu precisava dessa explicação para me sentir melhor

-- eu vim falar com o dono do hospital, mas não sabia que ele era você-- aquilo me da um mal estar

-- e isso tem a ver com o seu problema familiar?-- pergunto e ela assinte-- você não está doente não é?!-- instantaneamente me preocupo com aquele par de olhos azuis que não parava de encarar meu baseado

Vejo ela sorrir e percebo que me preocupei a toa e pior, ela havia percebido isso. Torno a me recompor e ela fecha o riso

-- não, não estou doente-- ela olha para mim, desvia o olhar e sorri-- obrigada pela preocupação.-- é. Ela havia notado

Torno a olhar para ela, seu olho não saia do que estava entre meus dedos, trago outra vez e ela percebe que eu a observava, então desvia o olhar. Solto a fumaça, ela novamente me olha, eu a ofereço, ela nega na hora, eu sorrio e trago uma última vez antes de apagar o resto e jogar fora.

A olho

-- eai n..-- ao me dar de conta que ia dizer "eai novinha" rapidamente paro e outra vez torno a falar-- bem.. foi muito bom te reencontrar e saber que você está bem, mas o dever me chama e eu devo o obedecer-- me levanto-- até logo Júlia.

Rapidamente saio dali antes que eu cometesse mais algum deslize, entro no prédio e subo para a minha sala no último andar.

-- thew..-- Tayssa vem atrás de mim e entra na sala fechando a porta-- como se sente?

-- radiante-- falo tirando o jaleco velho e o jogando no lixo

-- você fumou não foi?!

-- su memo tio-- falo o mais malandramente possível e ela ri

-- senta aí bobão, vou limpar você

-- não precisa meu amor, vou só tomar um banho e já vamos pra casa belê?

-- vai subir hoje?

-- claro tio, tô chapadão não da pra trabalhar assim não

-- então vai lá, vou pegar minhas coisas e uma roupa limpa pra você

-- belê-- vou para o banho

Após me trocar eu e a Tay pegamos minha moto no estacionamento e subimos para casa.

Normalmente não subimos todo o dia, costumamos ficar uma ou duas semanas seguidas enquanto Tomé ficava no comando lá em cima, é claro que tudo passava por minha autorização.

-- ué, já voltaram?-- pergunta Tomé assim que entramos

-- cala ae zé polviss-- diz Tay a eles antes de iniciarem uma discussão

-- vocês vão acabar casando-- digo a eles e subo para meu quarto.

Me deito na cama e acendo um cigarro para relaxar

Continua...

ELE- Livro 2 (COMPLETO) não revisado.Onde histórias criam vida. Descubra agora