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Pov. Matt

Após percebermos que não havia baile hoje em plena terça feira, decemos o morro e encontramos uma balada aberta. Entramos e subimos para o camarote

-- os PM não vai pegar nos não tio?-- pergunta Tomé agoniado

-- relaxa que com o solo ninguém meche

Ele sorri, aponta na escada e logo desce para pista sumindo entre a multidão.

-- é vai ele cumer cu podre-- solta Tay e eu caio na gargalhada

-- não liga pra ele Tay.. Aqui tem vários paus podres pra você também, é só escolher-- ela me da um tapa e eu dou risada correndo dela

-- Quero o seu

-- se orienta menó, aqui é carne friboi-- agora é ela quem ri

-- vem pau friboi, vamos pegar uma bebida-- ela anda para o bar e eu a sigo

-- dois wiskeys por favor-- peço ao garçom.

Nos bebemos algumas doses de mágica e pimba, já estávamos na pista dançando..

Assim continuamos até as sete quando anunciam que a balada fecharia, então damos meia volta e caminhamos para a saida só o pó da rabiola.

-- me segura caraio-- pulo no colo de Tay e nos dois caímos no chão

Damos risada e nos levantamos

-- vamos tentar ao contrário-- ela pula em minhas costas e caminhamos

-- não muito longe até meu Ap é?-- ela da de ombros

-- achei vocês!!-- grita Tomé se aproximando da gente

-- apareceu foi doidão?!

-- apareci kkkkk. Mano se liga nessa brisa-- fala ele tirando do bolso um plastiquinho transparente com algo dentro-- quer??

-- se é loko, tô de boa..-- recuso oque tinha quase 100% de certeza que era cocaína

-- beleza. Te vejo no morro-- ele novamente some

Com a Tay em minhas costas ando a enorme rua até encontrarmos uma padaria aberta e entramos dando de cara com a Júlia que já estava de saída. Tay desce e sorri a ela que também retribui

-- oi -- ela diz timidamente -- com licença-- ela se esquiva para se retirar, mas é parada pela mão da Tayssa que a segurou

-- espere um pouco mais, sente-se conosco-- diz ela

-- não precisa, obrigada.-- responde Júlia

-- só um café..-- Tayssa insiste

-- okay, só um café-- concorda ela

Eu continuo calado, sigo-as até uma mesa e nos sentamos. Logo o garçom vem até nós

-- bom dia, oque desejam?

-- bom dia, quero um cappuccino com chantilly e algumas carolinas para acompanhar, e vocês?

-- um expresso sem açúcar-- eu e Júlia pedimos ao mesmo tempo, nos olhamos, mas rapidamente desvio o olhar

-- certo.-- o garçom anota o pedido e se retira.

Pov. Júlia

-- o que te trouxe de volta ao Estados Unidos?-- pergunta a morena que havia sido gentil comigo no outro dia

-- voltei para o Estados Unidos porque o meu pai está com um problema de saúde.-- falo e percebo o olhar de Matt em mim.

-- me desculpe a intromissão, melhoras ao seu pai

-- obrigada

-- por isso havia ido ao hospital?-- pergunta Matt. Olho para ele, mas dessa vez ele nao desvia o olhar, assinto a ele que atentamente me observa-- é algo que eu possa ajudar?

-- não sei o que exatamente é, estou apenas rodando em vários hospitais a procura de um milagre

-- leve os papéis do seu pai amanhã ao hospital, prometo encaminhar para o Matt dar uma olha-- pela primeira vez vejo ele deixar alguém o chamar de Matt, ele não gostava que pessoas não íntimas o chamassem assim. A morena sorri a ele e faz um carinho em seu rosto

-- imagine.. não quero incomodar mais vocês-- falo imaginando tudo que ja fizemos ele passar

-- não será um incômodo ajudar o próximo-- repete a morena -- não é mesmo Matt?!

-- claro-- ele assinte

-- obrigada, você é muito gentil, obrigada mesmo-- agradeço a ela-- obrigada-- agradeço a Matthew e dou um gole em meu cafe que acabara de chegar

-- e seu namorado?-- matt muda o assunto, me controlo para não cospir todo cafe que estava em minha boca. Engulo o líquido e respondo

-- não tenho um..-- mesmo sem olhar para ele noto sua sobrancelha arquear

-- e o mauricinho metido a besta?

-- quem? Enzo?-- a morena acente esperando por uma resposta da minha parte -- Enzo e eu não somos namorados, nós somos irmãos.

Os dois me olham, se olham e engole em seco. Como assim ninguém sabia disso?!

-- sempre soube que ele era gay..-- desabafa a morena né fazendo rir

-- mas uma vez se enganou, ele é hetero-- ela abre a boca e não diz mais nada

-- vocês formam um belo casal -- falo roubando uma carolina da minha colega a frente e colocando de uma só vez dentro da boca;

-- nós?-- ela olha para Matt e torna a abrir a boca, mas Matt émais rápido que ela

-- obrigado.-- sorrio para eles, mas bem la no fundo sabia que nao estava nada confortável com aquilo. Acho que esperava por um mal entendido como o meu e o de Enzo, e não pelo obrigado que acabara de ouvir

-- obrigada pelo café, vou pensar um pouco em tudo e lhe darei uma resposta.-- me levanto-- já vou indo, tchau.

Saio de lá em passos firmes antes que seja interrompida na minha fuga novamente.

Contínua..

















ELE- Livro 2 (COMPLETO) não revisado.Onde histórias criam vida. Descubra agora