16. I have nothing to do with him

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Lilly Adams

O tempo estava frio e eu não poderia pedir coisa melhor. Andava pelos corredores devagar,como alguém sem preocupações. O casaco de Zayn fazia a sua maravilhosa função de me deixar confortável e bonita,ao mesmo tempo.

A nossa conversa da noite anterior ainda estava fresca em minha mente e eu tinha certeza que ficaria por um bom tempo. Insegurança era algo que eu esperava de mim nesse relacionamento. Não dele.

Mas já que os papéis foram trocados. Era meu dever fazer de tudo para que déssemos certo,sem nada no meio.

Passei pela quadra de basquete e vi Zayn concentrado em acertar a cesta. Nossa. Ele ficava muito lindo visto daquele ângulo,na verdade,seria lindo até se estivesse do avesso.
Mas tinha algo de estranho ali.
Só ele treinava,o resto do time estava sentado e ao menos falavam algo.

Me virei antes que me vissem e ia seguir meu caminho para a cafeteria mais próxima,afinal,estava frio demais para se negar um chocolate quente. Mas alguém me chamou.

Era Parker. Um garoto do time.
Quando eu passava meus minutos de descanso encarando Justin Bieber treinar,eu percebi que eles eram próximos. Talvez,até um dos poucos com quem eu via Justin conversando de verdade.

–Você tem notícias do Bieber? – ele perguntou e eu o encarei confusa.

Eu?

–Err,por que eu teria? – perguntei confusa e ele suspirou.

–A última vez que eu o vi,foi na sua casa e ele saiu de lá acompanhado por você,deduzi que soubesse – Parker disse e eu assenti.

–Bom,já tentou ligar pra ele? As vezes ele só quer um tempo sozinho – disse e ele negou.

–O celular está desligado,mas se você encontrar com ele por aí,diz que temos um jogo importante hoje à noite – ele disse e logo voltou para a quadra.

Suspirei e logo voltei a caminhar também. De repente,eu tinha algo a ver com a vida de Justin?

Minha parte tinha sido cumprida.

O que eu poderia fazer? Nada.

Fui até a biblioteca pegar alguns livros para estudar e devolver um que tinha pego. Fazia tempo que eu não dava aulas particulares e os meus créditos estudantis estavam quase zerando.

Precisava arrumar novas aulas ou teria que recorrer pra quem não queria. Meus pais.

Nossa relação foi por água abaixo quando eu decidi fazer história ao invés de direito. E eu me culpava até hoje. Não que a culpa fosse minha de verdade,mas era um saco saber que frustrei todas as incríveis expectativas que eles tinham criado pra mim.

Eu era filha única e talvez fosse o meu dever,prover em um futuro próximo,o sustento da família. Mas isso não iria acontecer,pelo menos não com o salário estimado para um historiador.

Passei pela prateleira onde ficavam os livros sobre guerras e acabei esbarrando em alguém. Essa pessoa estava sentada no chão.

Ai. Era o Justin.

Seu capuz cobria a maior parte de seu rosto mas ainda dava pra ver que era ele. O moletom rosa combinava com ele mas dessa vez,não parecia ter sido escolhido por essa razão. E sim porque era grande o bastante para o esconder.

E isso era triste.

–Ei – chamei e ele olhou pra cima. Vi um meio sorriso nascer em seu rosto e estendi minha mão. Mas ele negou.

Respirei fundo e me sentei ao seu lado.

–Por que está aqui? – perguntei baixo e receosa pela resposta.

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