Bad Blood

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Algumas semanas se passaram desde o meu novo estilo, minha mãe nem ficou surpresa mais e digamos que ela até se acostumou de eu ter mudado meu estilo várias vezes.

Já Felipe, ficou me chamando de revoltado de emo entre outros. Meus amigos aparentemente gostaram do meu estilo, já eu... Vamos supor que me acostumei, sentia saudades do meu louro mel, ficar quase uma hora passando chapinha todo dia não é tarefa fácil e sem contar do lápis de olho escuro. Não sei como as meninas aguetam está rotina.

Eu estava com meus amigos na arquibancada discutindo o dedão do pé do Conrad, enquanto o time treinava,toda quinta-feira eles tinham treino eu achava desnecessário aquilo pois o próximo campeonato seria daqui um ano, mas na cabeça do Sr. Parker um era igual uma semana, aquele cara prescisava urgentemente  arrumar alguém que o aguente.

       Sr. Parker era um típico treinador americano, barriga de cerveja, calvo e sempre acompanhado de um bone, porém tinha uma coisa a mais no Sr. Parker ele era de Massachusetts mas cresceu e formou em New Jersey, pelo que eu soube ele era de familia prestigiosa, grandes fazendeiros.

      Seus olhos eram azuis, e tinha um cabelo louro ferrugem, oque mais chamava atenção era seu cavanhaque dando-lhe uma pinta de galã dos anos da minha vó.

        Tudo ocorreu tranquilo naquele dia e eu marquei com o Feh de ir lá em casa, estava querendo assumir meu relacionamento com ele.  Não tinha certeza da  reação da minha mãe mas esperava ser tranquila pois ela sempre tratou bem o Feh.

      Como Felipe iria passar a tarde toda com o pai no "momento pai o filho",não quis perrubar e vim andando, coisa que fazia um tempo que não praticava.   Tinha me esquecido de como é bom andar por aquelas ruas, sentir a brisa fresca secando meu suor, as árvores floridas enfeitando cada esquina.

    Porém tudo isso foi por terra a baixo quando avistei Vitor, pensei em dar meia volta mas ele estava sozinho, soltei o ar dos pulmões e voltei caminhar sentido a frente.

    Quando passo por ele, meus pelos arrepiam e minha perna trava com a cena... Espera aí... Ele estava chorando! ? Me virei para ele e ele me olhava com um olhar perdido, seus olhos marejados indicava que ele desabaria a qualquer momento.

    - Você está bem ? - Não sei muito bem o que deu em min para perguntar isso, ele já tentou me matar e eu mostrando solidariedade? Lembrei das palavras da minha vó " seja superior " .

    - Não é nada, agora saia daqui antes que eu o arrebente. - As palavras dele não me intimudaram nem um pouco.

- Tudo bem então. - segui caminhando mas ele segura meu braço, me virei assustado e notei que ele fazia força para não chorar e fitava o chão.

- Me desculpe . - a voz dele saiu fraca quase inaudível.

- Tenho que te pedir uma coisa, e que... - O silenciei e disse. - Não aqui, vem comigo.

     No caminho até o parque ele seguiu silencioso e não me olhava nos olhos.

     Chegando a um banco próximo ao lago me sentei e perguntei o que ele queria dizer, eu o trouxe até o parque pois sabia que ele estava tenso demais para ter aquela conversa na rua.

   - Me desculpe, Vinicius por favor me perdoe. Sei que o que fiz com você não é digno de perdão mas é que... - ele começou a chorar e derrepente todo aquele valentão se transformou em uma criança que chora quando perde a mãe no supermercado, o abracei e pude sentir o cheiro amadeirado do seu perfume, depois de alguém tempo Vitor se recompôs e volto a falar.

    - Minha família não me aceita, o meu pai nos espanca quase todo dia, e eu... - ele volta a ficar com os olhos cheio d'água.

   - Se não quiser não precisa contar, eu vou entender. - eu tentava o acalmar.

   - Eu ... Preciso desabafar isto. Estou a muito tempo carregando esse fardo. - Vitor olhou para cima como se estivesse buscando forçar em seguida volto a olhar para min. - Eu... Meu pai... Abusa sexualmente de min desde meus 11 anos. - Ao escutar aquilo foi como se alguém me acerta-se com uma pá, rapidamente o abracei e senti suas lágrimas molharem meu ombro.

  Ficamos um tempo abraçados até que eu me afastei. Eu estava chocado com tudo aquilo e não consigui falar nada, comecei sentir pena do Vitor e ao mesmo tempo revolta como um pai tem coragem de fazer isso com o próprio filho?

- Obrigado por me ouvir, Vinícius.  - ele se levantou secou as lágrimas e saiu.

- Hey! - o chamei, fazendo o virar-se para min.

- Sim?

  - Vai voltar pra lá?

   - Não tenho escolha, ele que sustenta a casa e banca meu colégio. - nesse momento meu plano de mandar minha mãe prender seu pai caiu por terra, sem o Sr. Kars eles certamente iriam passar necessidades.

  - E também, ele está viajando só volta daqui uma semana, e outra vez me perdoa Vinícius, você é a melhor pessoa que eu conheço.

- Eu te perdoo

  -  Obrigado. - ele virou-se e continuou a caminhar, até eu o perder de vista.

    Neste dia eu havia conhecido um lado até então desconhecido do Vitor, um lado triste um lado que luta pela felicidade um lado guerreiro e principalmente um lado humano...

Hey!
Me desculpem por denotado a postar mas é que eu estava morrendo de preguiça, e também sem ideias.
    Se estão gostando cliquem na estrelinha no canto superior caso está lendo pelo computador e no App a estrelinha fica no canto a baixo.
      Bjos :*

Agora temos problemas

E eu não acho que podemos resolver 'em

Você fez um corte muito profundo

E baby, agora temos sangue ruim, hey

Será que você tem para fazer isso?

Eu estava pensando que você poderia ser confiável

Será que você tem para arruinar o que estava brilhando?

Agora é tudo

Lover's (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora