Sweet Destiny (KrisSing // SingtoKrist) REVISÃO

Capítulo 6

Você irá me abraçar agora?

Você me levará para casa?

Jess Glynne - Take Me Home

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Singto não gostava de ir visitar seu pai, porque não suportava ver a pessoa que ele tinha se tornado. Todas as vezes que ele ia em sua antiga casa, seu pai sempre falava algo que o machucava, mas não poderia o culpar, porque talvez no final das contas, fosse tudo sua culpa mesmo.

Como tinha a chave de casa, ele logo entrou quando chegou, as luzes da sala estavam apagadas, assim como as da cozinha. O escritório onde seu pai costumava passar a maior parte do tempo, ficava no segundo andar, então Singto subiu as escadas, contou até três e deu leves batidas na porta.

ㅡ Entra. ㅡ Singto estremeceu ao ouvir a voz de seu pai.

Ele abriu a porta e entrou, se sentando na cadeira que tinha à frente do mais velho.

ㅡ O que veio fazer aqui? ㅡ Seat, seu pai, nem mesmo o cumprimentou gentilmente.

ㅡ Vim ver como você estava. ㅡ Singto já tinha isso decorado em sua cabeça, essa frase havia sido repetidas todas as vezes em que vinha vê-lo.

ㅡ Você ao menos se importa comigo? Você só está fazendo a sua obrigação como filho, fingindo que se preocupa comigo. Não era você que dizia que não iria mais aparecer? Então, por que está aqui? ㅡ Alterou seu tom de voz. ㅡ Me diga.

ㅡ É sério isso? Você fica no seu próprio mundo, agindo como se estivesse bem, eu fui o único a agir como alguém de luto, entendo que cada um expressa sua dor de uma forma, mas afastar todo mundo, não vai fazer elas voltarem.

ㅡ Cala a sua boca! Você não tem o direito de falar assim com o seu pai.

ㅡ Agora lembrou que é o meu pai? Achei que tinha esquecido disso, porque não se importou comigo quando eu estava sofrendo também.

ㅡ Eu estava de luto, não tinha como cuidar de você.

ㅡ É... Você só se importou com a sua dor. Me desculpa por não ver isso e esperar que você pelo menos me confortasse.

ㅡ Te confortar? E quem iria me confortar? Chega. Vamos encerrar a conversar por aqui, pode ir.

ㅡ Nem precisava me mandar embora, eu já estava de saída mesmo.

Singto estava prestes a sair do escritório, quando escutou Seat dizendo:

ㅡ Preferia que você tivesse morrido ao invés delas.

Depois de ouvir isso, ele se apressou em sair daquela casa, não estava conseguindo raciocinar direito, a última frase de seu pai ficava se repetindo várias e várias vezes em sua cabeça, ele queria apenas ficar sozinho, mas ao mesmo tempo queria ser confortado por alguém, precisava de um abraço, mas não tinha ninguém que pudesse o ajudar nesse momento, ele estava sozinho, como sempre. Não gostava de incomodar seus amigos com a sua dor, até porque sentia que já tinha os perturbado demais sobre esse assunto. Chegou um momento, em que ele apenas decidiu enfrentar isso sozinho.

Porém, essa foi a primeira vez que seu pai tinha dito algo assim, eles já tiveram diversas brigas, mas nada que chegasse à esse ponto.

Singto se lembrou de um lugar que ficaria bem, decidiu pegar o ônibus, já que não estava em condições de ir de moto. Durante todo o caminho, ele segurou as lágrimas, não gostava que as pessoas o vissem chorando, achava que era um sinal de fraqueza e as pessoas só sentiriam pena, ninguém se importaria de verdade.