Capítulo 11

707 95 50
                                    

Se você precisar de mim, estarei lá.

Quando você estiver feliz e quando estiver com medo...

Eu ainda posso ser o seu ombro.

Julia Michaels - If You Need Me

____#____

Krist ainda estava muito abalado com a morte de seu pai, mas estava um pouco feliz por ter alguém do seu lado, ele não aguentaria passar por tudo isso sozinho, ainda mais com a grande maioria dos familiares o encarando com um olhar desagradável ou jogando piadinhas, isso estava se tornando insuportável, ele só queria ir embora dali, mas não poderia deixar o seu pai, tinha que prestrar a sua última homenagem, tinha que ficar e pedir perdão por tudo, por mais que ele não pudesse ouvir.

Quando Krist era mais jovem, ele odiava pensar na morte, principalmente na de seus pais, o medo de os perder era imenso, por isso sempre evitava pensamentos desse tipo. Mas nesse momento, Krist não parava de pensar em quão ruim é a morte, você convive a sua vida toda com uma pessoa e depois ela vai embora, não como uma viagem, vai embora para sempre, você sabe que não vai poder mais vê-la, abraçá-la, conversar com ela, então tudo se torna escuro, você não sabe como será o futuro sem aquela pessoa, não terão mais momentos felizes juntos, só permanecem as memórias antigas, mas que serão guardadas e lembradas por muitos e muitos anos, talvez por toda a vida.

E em meio à esses pensamentos, Perawat viu que seus amigos e os de Singto tinham chegado e antes de dizer qualquer coisa, Off o abraçou apertado, dizendo que sentia muito, logo depois foi a vez de Tay e em seguida os amigos de Singto também o abraçaram.

— Isso foi tão repentino, eu sinto muito... qualquer coisa pode contar comigo. — Gun falou se separando do abraço em que dava em Krist.

— Não somos tão próximos, mas pode contar comigo também, cara. — New sorriu, tentando ser simpático.

— Eu agradeço por todos terem vindo.— Deu um pequeno sorriso.

— Não precisa agradecer, somos seus amigos, claro que estaríamos aqui. — Off disse dando mais um abraço em seu amigo.

Os meninos ficaram ali por mais um tempo e depois foram embora. A noite parecia que não tinha fim, assim como a tristeza que Krist estava sentindo. Em um determinado momento, ele se apoiou no ombro de Singto e disse baixinho:

— Eu posso tirar um pequeno cochilo aqui? — Krist sabia que estava sendo muito invasivo, mas mesmo assim disse isso.

— Oh neném, claro que sim. — Ele se ajeitou melhor e deu leves batidinhas em sua coxa. — Coloca a cabeça aqui, assim conseguirá descansar melhor.

— Tudo bem. — E assim Krist o fez, deitou sua cabeça nas coxas de Singto e logo sentiu uma mão acariciar seus cabelos lentamente, com o maior cuidado possível.

Perawat não sabe como, mas conseguiu cochilar por alguns minutos e quando acordou, viu que Singto ainda fazia carinhos em seu cabelo e não conseguiu conter uma pequena risada.

— Dorme mais um pouco, amor. — Singto continuou fazendo cafuné em Krist.

— Você deve está cansado, né? Vai dormir na outra sala, lá não tem muitas pessoas. — Krist após dizer isso, se levantou e se encostou na parede.

— Não estou tão cansado, vou apenas pegar um café, já volto. Você quer um?

— Não, obrigado. — E sorriu em seguida.

Sweet Destiny (KrisSing // SingtoKrist) REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora