Capítulo 13 - Manuela

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Oi! 

Cheguei!

Boa leitura!

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Manuela

Os olhos de Nick ainda estavam em mim quando olhei para trás e fechei o portão. Só então ele abaixou a viseira do capacete e acelerou.

Fiquei ali, agarrada a grade, com o coração a mil, quase saltando do peito, olhando-o se afastar.

Ele tinha me convidado para viajar com ele, me queria por perto, nós nos veríamos todos os dias. Cheguei a pensar se seus olhares não teriam segundas intenções. Se, de repente, quem sabe, ele não me desejava, me achava bonita.

Droga! Mas o que eu estava dizendo?

Não era nada daquilo.

Eu não podia confundir as coisas.

Nick era meu chefe, apenas meu chefe.

Ele era lindo, famoso, mulherengo, podia ter as mais lindas mulheres, jamais olharia para uma ninguém como eu.

Puxei o ar profundamente, sentindo seu cheiro almiscarado impregnado em mim, o calor do seu corpo na minha pele.

Apertei meus dedos em volta da grade e fechei meus olhos ao encostar a cabeça no ferro gelado, buscando força para equilibrar meu corpo enfraquecido, ainda abalado pela sensação de o ter tão perto.

Minha cabeça rodava como um espiral, confusa, tentando entender a intensidade de tudo que estava sentindo.

Eu precisava achar meu equilíbrio, com certeza aquilo era carência, eu tinha acabado de terminar um relacionamento, estava sozinha, frágil, necessitada de carinho.

— Posso saber o que falava com aquele roqueiro de merda, Manuela?

Abri os olhos apavorada, sentindo sua mão em minha nuca, segurando forte meu cabelo, puxando minha cabeça, forçando-me a encará-lo.

— Rodolfo... — Meus olhos encontraram os seus, raivosos. Sua outra mão segurando firme o meu braço.

— Responde, sua puta!

— Você está me machucando, Rodolfo.

— Foi por causa dele que não pode me encontrar hoje? Estava trepando com ele, ordinária? — rosnou, colérico, colando meu corpo contra o portão.

Lutei, tentando me soltar, mas agarrou-me com mais força.

— Por favor, me solta — implorei, desesperada, sentindo a ardência em meu couro cabeludo, as lágrimas descendo. Meu medo aumentando.

— Fala, rameira! — Bateu minha cabeça contra a grade, com força e na hora senti o baque.

— Ele é meu chefe, só isso — falei baixo, tentando acalmá-lo, e expliquei: — Fui contratada como sua secretária.

— Eu sou seu chefe, seu dono, seu senhor. — Forçou meu rosto para frente, espremendo-o entre o vão do ferro, sua boca colando na minha, beijando, lambendo. Senti minha cabeça pressionada contra a grade e tentei afastar o rosto, fugir, mas eu estava presa, totalmente encarcerada. — Você é minha, Ratinha.

Perdi a cabeça ao ouvi-lo me chamar pelo apelido odioso, por ser beijada contra a minha vontade, pelo cárcere, e me rebelei.

— Eu não sou mais sua! — gritei alto, determinada a lutar por respeito, por minha liberdade e vontade própria. — Nós terminamos, Rodolfo.

Ensina-me a Recomeçar (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora